O projeto vai custar nos próximos dez anos 9,4 trilhões de dólares e reduzir desde sua entrada em vigor até completar uma década, o déficit avaliado em 1,38 trilhão de dólares.
Alex Wong/Efe
Obama e Biden: aprovação da reforma da saúde é uma vitória do democrata
“A votação responde às orações de todos os norte-americanos que esperavam ansiosos que se fizesse algo sobre o sistema de saúde, que funciona a favor das companhias de seguro, mas não em favor de gente comum”, disse Obama. “Isso é como a mudança deve ser”, afirmou, em referência ao slogan de sua campanha presidencial.
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Uma das inovações da nova lei é a proibição às seguradoras de rejeitar cobertura a quem sofra de doenças pré-existentes. Essa medida teria efeito imediato para as crianças e se estenderia a toda a população em 2014. A lei, cujos benefícios excluem os imigrantes ilegais, também impõe mais limites aos lucros das companhias.
Todos os congressistas republicanos na Câmara, 178, e 34 democratas, se pronunciaram contra a medida. A maioria democrata assegurou os 216 votos necessários para aprovar a reforma depois que o líder de um grupo de congressistas antiaborto que se opunham à medida, Bart Stupak, anunciou que tinha chegado a um acordo de última hora com a Casa Branca e os líderes de seu partido.
Stupak reivindicava garantias de que a reforma não permitiria o uso de fundos federais para a prática de abortos. O congressista se ergueu para defender a medida e pedir o "não" à emenda republicana contra o aborto, uma iniciativa que lhe valeu um grito de "assassino de bebês" proferido por um dos legisladores presentes na sala.
Para o site norte-americano Politico, especializado em política, a aprovação da reforma representa uma vitória retumbante para Obama. “Quase impossível há um mês, a passagem da reforma dá combustível a Obama, que havia amparado sua presidência na aprovação da lei e tem outros dois objetivos no Legislativo: a reforma no sistema financeiro e a nova legislação trabalhista”, escrevem Glenn Thrush e Carol Lee.
Educação
Tema que movimentou o cenário político recente nos EUA, a reforma agora precisa ser aceita também por aqueles que ela deve auxiliar: mais de 30 milhões de norte-americanos que vivem sem cobertura de saúde. Para isso, a partir de hoje, uma coalizão de organizações progressivas – de sindicatos a apoiadores da reforma – dedicará seu tempo a arrecadar dinheiro para propagandas televisivas e eventos informativos.
“Diremos que estamos ao lado de todos os norte-americanos”, afirmou o presidente da AFSCME (Federação Estadunidense de Empregados Estaduais, Comarcais e Municipais) Gerald McEntee. “Esperamos que em três meses o povo entenda a lei e fique contente com sua aprovação.”
Fonte: Opera Mundi
1 comentários:
Uma reforma que já é necessária há tempos, espero que esse tipo de lei (para o povo) continue sendo o foco do governo Obama e que ele repense também outros problemas como o aumento na deportação de imigrantes e a política de guerra imperialista.
22 de março de 2010 às 16:31Postar um comentário