Ecodebate

Ecodebate
Agroquímicos: Os venenos continuam à nossa mesa

Música

Música
Kansas - Dust in the Wind

Reflexão...

Reflexão...
César Chávez

Filme

Filme
Waiting for Superman

Governo vai disponibilizar novo RG com chip a partir de dezembro.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


A nova carteira de identidade do brasileiro, chamada de Registro de Identidade Civil (RIC),passará a ser emitida com chip em dezembro deste ano. Segundo modelo definido pelo Ministério da Justiça na semana passada, o documento poderá reunir, em uma única carteira, o Registro Geral (RG), o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)e o título de eleitor.


Nome, sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, impressão digital do indicador direito, órgão emissor,local de expedição, datas de expedição e de validade são dados que vão constar obrigatoriamente no cartão.


O número do antigo RG, título de eleitor, e CPF são optativos, ou seja, não serão dados essenciais para a emissão do RIC. Haverá ainda um campo de observações, também facultativo, que poderá trazer outras informações, como tipo sanguíneo e se a pessoa é doadora de órgãos.



De acordo com o Comitê Gestor do RIC, a substituição do RG pelo RIC será feita de forma gradual ao longo de nove anos. A expectativa é de emitir 100 mil cartões ainda em 2010. Outros detalhes como as etapas de implementação, o procedimento, custeio e os Locais que irão receber os primeiros cartões estão na pauta da próxima reunião do Comitê, que acontecerá nos dias 14 e 15, em Brasília. O investimento do Governo Federal será de R$ 1,5 bilhão.


O documento continuará a ser emitido pelos institutos de identificação estaduais,mas a reunião de dados em um cadastro único vai evitar fraudes, já que impedirá que o mesmo número seja registrado mais de uma vez em estados diferentes.O chip conterá a foto e a impressão digital.


Na última quinta-feira, o Comitê Gestor do RIC aprovou ainda que o cartão seja emitido com um código chamado MRZ, seqüência de caracteres de três linhas que agiliza o processo de identificação da pessoa e das informações contidas no chip.


Trata-se de um padrão seguro já utilizado em outros países. “Com esse código, o RIC terá um padrão internacional e será compatível com mecanismos de identificação de outros locais do mundo. O objetivo do MRZ é tornar mais rápido o trâmite de identificação das pessoas e, por isso, o RIC poderá ser utilizado para ingresso em estádios, aeroportos e postos de imigração”, explica o coordenador do Comitê, Rafael Favetti.


A Tribuna


O mito em quadrinhos

Muito bacana a biografia em quadrinhos do líder revolucionário e ícone da esquerda mundial, Ernesto "Che" Guevara, feita pelo sul-coreano Kim Yong-Hwe.

Ela retrata a vida e a luta de Guevara. Da infância na Argentina à captura e execução em La Higuera, na Bolívia, os eventos que levaram Che Guevara a se transformar no símbolo que é hoje são recontados nos quadrinhos de Kim Yong-Hwe, um dos grandes talentos coreanos da HQ.

O mais legal dessa adaptação é o fato do autor criá-la como se fosse um livro didático, para crianças mesmo, mas sem ser bobo ou infantil. Entre um capítulo e outro da história, ele se dá ao trabalho de fazer um pequeno resumo dos eventos, contextualizar as situações dentro da História e tecer pequenos comentários sobre alguns termos usados no texto, como "imperialismo", por exemplo.

Interessante também o paralelo que Yong-Hwe traça entre Guevara e o personagem Neo, da trilogia "Matrix". Afinal, ambos eram considerados "terroristas" (sic) pelas autoridades e pela mídia corporativa, mesmo lutando pela liberdade e pela igualdade entre as pessoas. Já vi profissionais da opinião dizendo que essa comparação é absurda, mas absurdo mesmo é que mais gente não a tenha feito antes (para vocês verem como tem gente que
aindanão entendeu nada do que "Matrix" é feito). Veja abaixo reproduções das páginas que mostram o Neo-Che (clique nas figuras para vê-las em tamanho maior).




A leitura é leve e chega a emocionar em alguns momentos - como quando "Che" encontra uma menina morta depois do ataque de um bombardeiro a um bairro pobre na Guatemala ou quando a população carente de Cuba ajuda os guerrilheiros dando seus alimentos a eles.

Os desenhos são feitos no estilo dos mangas orientais, mas isso não chega a incomodar, pois o autor ao menos tenta adaptá-los à feição de cada personagem.

Obviamente, a turma da direita e seus papagaios de pirata vão malhar a obra dizendo que é pura e simples mitificação de um "baderneiro profissional", enquanto outros vão afirmar que eles não fizeram nada de bom, apenas retiraram um ditador (Fulgêncio Batista) para colocar outro no lugar (Fidel Castro).

Entretanto, para quem tem um mínimo de conhecimento de História (especialmente a cubana) e costuma buscar informações além do que é mostrado (e omitido) pela parcial mídia corporativa, este "Che" é uma pequena jóia que presta uma bonita homenagem a esse ser humano exemplar, o qual continua influenciando corações e mentes mesmo 40 anos depois de seu assassinato na Bolívia, pelas mãos de mercenários financiados pela CIA.

Um trabalho que vale a pena conhecer e disseminar, principalmente entre os mais jovens.





Fidel, “ressuscitado”, pede que “mundo de loucos” evite guerra nuclear

Fidel, “ressuscitado”, pede que “mundo de loucos” evite guerra nuclear

Líder cubano Fidel Castro, em foto divulgada pelo site Cubadebate, em conversa com o diretora do jornal mexicano "La Jornada" (Foto: Revolution Studios/Cubadebate/Handout/Reuters)

O líder cubano Fidel Castro concedeu entrevista ao diário La Jornada, do México, sobre sua recuperação física e os rumos do mundo. Na conversa de cinco horas, publicada na edição desta segunda-feira (30), o ex-presidente afirma que está se recuperando aos poucos e comemora o fato de, naquele dia, ter dado 600 passos sem auxílios.




“Minha doença não é nenhum segredo de Estado”, afirma, para adiante acrescentar: “Cheguei a estar morto (…) Eu já não tinha aspiração de viver, nem muito menos... Me perguntei várias vezes se essa gente (os médicos) ia me deixar viver nessas condições ou se me permitiriam morrer.”

Fidel chegou a pesar pouco mais de 60 quilos graças ao agravamento de seu quadro de saúde, composto por diverticulite e alguns acidentes. “Quero te dizer que está ante uma espécie de ressuscitado”, afirma à repórter Carmen Lira Saade, que perguntou com o que Fidel tinha se deparado quando ressuscitou. A resposta foi forte: “Com um mundo de loucos... Um mundo que aparece todos os dias na televisão, nos jornais, e que não há quem entenda, mas que eu não gostaria de perder por nada neste mundo.”

Nuclear

Fidel está certo de que o mundo corre o risco de uma catástrofe nuclear. Ele aponta que o episódio mais claro é o do Irã, acusado o tempo todo pelos Estados Unidos de tentar a fabricação de armas nucleares. O governo de Mahdmoud Ahmadinejad aceitou todas as condições apresentadas na negociação intermediada pelo Brasil, mas o Departamento de Estado da Casa Branca conseguiu aprovar no Conselho de Segurança das Nações Unidas uma nova rodada de sanções contra a nação asiática.

“A princípio pensei que o ataque nuclear se daria sobre a Coreia do Norte, mas rapidamente retifiquei isso porque ponderei que isso seria parado pela China com veto no Conselho de Segurança.” Por isso, Fidel acredita que é preciso convocar a uma concertação global para evitar o problema e cobra que todos sejam racionais. “Temos que mobilizar o mundo para persuadir Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, a evitar a guerra nuclear. Ele é o único que pode, ou não, apertar o botão.”

Democracia

O ex-presidente negou que exista censura sobre a população da ilha. Ele argumentou que a comunicação é fundamental e elogiou as possibilidades abertas pela internet. Fidel aponta que não há conexão de banda larga na ilha devido ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos, que além de impor dificuldades tecnológicas, torna muito caro o pagamento do serviço. “Cuba se vê obrigada, em função disso, a baixar o sinal de um satélite, o que encarece muito mais o serviço que o governo cubano tem de pagar.” A questão, segundo ele, será resolvida em breve por meio uma parceria com a Venezuela.


Rede Brasil Atual

Migrantes nordestinos são escravizados em Mato Grosso do Sul

Empregados da Fazenda 3R, em Figueirão (MS), não recebiam há meses. Sem salários, acabavam se endividando para comprar alimentos e itens básicos na cantina de área em nome da Itararé Administração e Participação Ltda.


Recrutados para "limpar" a área e formar pastagem, trabalhadores aliciados pela empreiteira Sadomil Empreitadas entre novembro de 2009 e março de 2010 nos estados nordestinos do Maranhão, Piauí e Pernambuco foram libertados da Fazenda 3R, no município de Figueirão (MS).

O grupo de 14 pessoas foi encontrado em condições análogas à escravidão junto com um casal local e um adolescente de 16 anos, morador de Campo Grande (MS), pela comitiva formada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho em Mato Grosso do Sul (CPI/FCT). Ocorrida entre 18 e 19 de agosto, a operação foi motivada por uma denúncia feita à PRF. A propriedade pertence à Itararé Administração e Participação Ltda. e possui cerca de 10 mil hectares de extensão.

Risco: Trabalhador improvisava luva com meias velhas para aplicar agrotóxico (Foto: MPT/MS)

As vítimas chegaram à fazenda sem registro na Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS) e sem a Certidão Declaratória, que deve ser emitida pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) mais próxima do local de origem dos contratados. "A ausência de registros dos contratos de trabalho priva os trabalhadores de seus direitos sociais", afirma Simone Rezende, procuradora do trabalho que coordenou a ação.

Os empregados estavam sem receber salários há aproximadamente três meses. Diante disso, viam-se obrigados a comprar alimentos e outros itens básicos na cantina da fazenda. Os produtos eram comercializados por preços muito superiores aos de mercado. Uma caixa de suco, por exemplo, chegava a custar espantosos R$ 20. A fiscalização apreendeu o caderno de anotações das dívidas dos trabalhadores como prova da irregularidade.

Além de impedidos de retornar aos seus lares pela falta de recebimento regular dos salários e ainda por conta das dívidas contraídas junto à cantina, os empregados corriam riscos de contaminação. Eles aplicavam agrotóxicos sem nenhum Equipamento de Proteção Individual (EPI).

As jornada exaustivas também faziam parte da lista de ilícitos cometidos pelo empregador. A rotina diária começava às 4h30 da manhã e se estendia até às 17h. A pausa para almoço era irregular e o descanso semanal também. Não havia pagamento de horas extras.

Degradação: alojamento era feito de lona e a cama, de restos de madeiras (Foto: MPT/MS)

De acordo a procuradora Simone, os alojamentos eram barracos de lona preta. As camas era feitas de forma improvisadas. Os empregados tinham que comprar os próprios colchões, que custavam R$ 150 na cantina. "Eram colhões de espuma, finos e fora dos padrões de densidade mínima".

Não havia instalações sanitárias no local, só uma fossa cavada há pouco mais de um mês pelos próprios trabalhadores. Os empregados tomavam banho em uma bica da represa, mesma fonte em que o gado bovino saciava a sede e da qual era retirada a água para consumo e preparo dos alimentos.

Após a ação, as carteiras foram registradas com data retroativa e os auditores realizaram a rescisão indireta dos contratos. O empregador pagou mais de R$ 124 mil, incluindo valores referentes ao dano moral individual e às passagens de retorno dos empregados aos municípios de origem.

Os responsáveis também se comprometeram, por meio da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), a pagar R$ 15 mil em danos morais coletivos. O montante será destinado para a compra de em equipamentos médicos e móveis para três entidades beneficentes: a Sociedade de Proteção aos Idosos de Camapuã (MS), à Associação Beneficente de Camapuã (MS) "Casa de Amparo a Criança Menino Jesus" e à Associação de Pais e Amigos de Crianças Excepcionais de Alcinópolis (MS).

Segundo a procuradora Simone, a fiscalização deve prosseguir em busca de informações das empresas ligadas à Fazenda 3R. "Por causa da gravíssima situação dos trabalhadores, nossa preocupação era garantir a segurança e os direitos das vítimas. Mas a investigação ainda não acabou".

A Repórter Brasil não conseguiu encontrar representantes da fazenda.

Notícias relacionadas:


Por Bianca Pyl ao Repórter Brasil

USP lança hoje Plebiscito Popular pelo Limite da Terra

Ocorre hoje, segunda-feira, dia 30 de agosto, um ato de lançamento do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra na Universidade de São Paulo (USP). A atividade será realizada a partir das 18h na Escola de Aplicação da instituição.

A mesa de abertura será formada por representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e pela professora de geografia da USP, Valéria de Marcos.

O comitê de articulação local organizará por toda a universidade bancas para a votação entre os dias 3 e 6 de setembro. O comitê ainda informa que no "Bandejão" da universidade haverá um local fixo para o recolhimentos dos votos durante o almoço e jantar.

O Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra ocorre em todo Brasil entre os dias 1 e 7 de setembro, junto com o Grito dos Excluídos. O evento é uma iniciativa de mais de 50 entidades, organizações, movimentos e pastorais sociais do campo e da cidade que fazem parte do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo.

O plebiscito ainda conta com o apoio das Pastorais Sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic) e da Assembleia Popular (AP).

por Assessoria de Comunicação FNRA



Alienação: O Mal Atemporal

segunda-feira, 23 de agosto de 2010







A preferência por manter-se alheio à realidade pode encontrar-se em diversas situações e ultrapassa os limites temporais.


A grande quantidade de informações oferecidas pela mídia garante a muitas pessoas o sentimento de pleno conhecimento sobre os mais variados assuntos, e seus programas de entretenimento asseguram a permanência do telespectador em frente ao televisor, atrapalhando as relações familiares, e principalmente, impedindo análises e discussões acerca do conteúdo e de sua forma de abordagem pelos veículos midiáticos. Esses fatores contribuem para a alienação das massas que, muitas vezes preferem manter-se distantes da verdadeira realidade por pura preguiça de procurar novas informações ou pelo medo da rejeição do grupo ao qual pertencem por possuírem ideias diferentes das dos demais.


A percepção dessa situação não é recente e pode ser encontrada no “Mito da Caverna” de Platão, no qual os três prisioneiros julgavam como única verdade as sombras que enxergavam (já que eram sua única “visão” do mundo exterior) e caso algum escapasse da prisão e tivesse real conhecimento do que o cercava iria preferir manter-se calado a ser julgado como diferente ou até mesmo ser morto.


Mesmo após muitos séculos do mito, o homem encontrou outros meios de permanecer preso “olhando as sombras”, através da mídia e sobretudo da televisão, que lhe oferece notícias prontas e comentadas, diversão, conforto, etc. A facilidade com que essas informações chegam até o público, e a veracidade com que são transmitidas servem para que a grande massa as tenha como verdades absolutas, sem questioná-las por temerem conflitos e julgamentos que podem surgir, além disso, a força das mídias é grande e tenta silenciar aqueles que dela discordam, utilizando todas as armas de que dispõem, inclusive a censura e a coação que ficam encobertas por belos comerciais, novelas, seriados e noticiários de credibilidade que estão presentes e enraizados há tanto tempo nas famílias mundiais.


Cabe à população romper com essa visão conformada e atentar-se mais e questionar, criticar e investigar aquilo que lhe é transmitido, saindo de sua “zona de conforto” e de sua ignorância para assim construir países mais justos, políticos mais honestos e adquirir um papel mais ativo e fundamental na sociedade, pois sem grande revoluções ideológicas não seriam alcançadas tantas medidas hoje consideradas básicas.


Por: M. Beatriz

 

2009 ·Axis of Justice by TNB