Ecodebate

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Agroquímicos: Os venenos continuam à nossa mesa

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Kansas - Dust in the Wind

Reflexão...

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César Chávez

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Waiting for Superman

Ato contra o aumento da tarifa do ônibus

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O último ato contra o aumento da tarifa reuniu mais de 4 mil pessoas no centro. Ao final da manifestação, os vereadores receberam uma carta de reivindicações e firmaram o compromisso de convocar uma audiência pública com o secretário municipal de Transportes. A convocação deve ser votada na primeira sessão do ano, dia 2/02, às 15h, e nós precisamos estar lá em peso pra fazer pressão pela aprovação!!!

Convidem todos que puderem. Precisamos estar lá em grande número para mostrar força e pressionar de fato os vereadores!

VAMOS CONCRETIZAR ESSA AUDIÊNCIA PÚBLICA!
VAMOS BARRAR ESSE AUMENTO!

Levem apitos, cartazes e faixas (de preferência sem apoio de madeira) pra fazer bastante barulho!

E, no dia seguinte, haverá o 4º grande ato contra o aumento tarifa:http://www.facebook.com/event.php?eid=150552785000657


A História dos Eletrônicos (2010)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011



Mais um vídeo pedagógico e divertido de Annie Leonard em sua campanha para fazer um mundo mais justo, habitável e despoluido.
Story of Elctronics mostra que os nossos computadores, celulares e outros eletrônicos são projetados para durarem pouco. Peças de substituição para algo simples não são vendidas separadamente e quando sim, são vendidas a um preço abusivo.
Qual a implicação para o meio-ambiente, para os trabalhadores, para os países em desenvolvimento, para os lucros das corporações?
Assista ao vídeo e filosofe sobre isso.

Obs.: Para ver as legendas, vá diretamente ao Youtube e clique no ícone "Transcrição Interativa" (que fica abaixo do número de visualizações.

Veja também:

Visite o Site Oficial


Postado originalmente no blog Docverdade

Seja apenas quem você é

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Seja apenas quem você é e não dê a mínima para o mundo.

Então você sentirá um imenso sossego e uma profunda paz no coração. Isso é o que os zen-budistas chamam de "face original" — sossegada, sem tensão, sem pretensão, sem hipocrisia, sem as assim chamadas disciplinas acerca de como deve se comportar.

E, lembre-se, a face original é uma belíssima expressão poética, mas não significa que você terá um rosto diferente. Essa mesma face que você tem se livrará de toda tensão, ficará descontraída, não julgará ninguém nem coisa alguma, não achará que ninguém é inferior.

Essa mesma face, sob esses novos valores, será sua face original.

Osho, em "Coragem — O Prazer de Viver Perigosamente"

Considerações sobre o sistema educacional contemporâneo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Um video muito interessante sobre a influência capitalista sobre o sistema educacional em que somos submetidos. Um influência que nos atinge e levamos consigo na carreira profissional que escolhemos:


A segunda parte do video é muito interessante também, e vale a pena ver:


O video foi feito pelo "vlogger" Denis Lee.

E agora José? A Justiça decidiu: Prefeitura tem que respeitar o Dia da Consciência Negra

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A partir de representação apresentada ao Ministério Público por integrantes do PSOL São Caetano, José Roberto de Almeida e Thiago Cavallini (http://www.psolsp.org.br/saocaetano/?p=71), foi instaurado Inquérito Civil contra o Prefeito municipal para que este respeite a data exata do feriado do Dia da Consciência Negra, 20 de Novembro.

Pois agora, com o término do processo legal, ficou decidido pela justiça que NÃO é mais possível a alteração da data do feriado, sob pena de multa à prefeitura.

Em breve publicaremos a decisão judicial na íntegra.

Viva o Dia da Consciência Negra em São Caetano do Sul!


Fonte: Psol

Florianópolis terá primeiro samba-enredo em homenagem a Cuba

União da Ilha da Magia traz pra avenida: “Cuba sim! Em nome da verdade".


Pela primeira vez no Brasil, uma escola de samba vai tratar do tema Cuba durante o desfile do Carnaval de 2011. A iniciativa é da União da Ilha da Magia e o samba-enredo é “Cuba sim! Em nome da verdade”.

Para o sucesso dessa empreitada, a escola já está desde maio do ano passado, através de ensaios reservados, se preparando para fazer bonito na Passarela do Samba Nego Quirido, local onde as escolas de samba da capital catarinense desfilam.

Os ensaios para o público começaram na primeira semana de dezembro do ano passado e acontecem todas sextas-feiras e domingos, a partir das 20 horas, na Praça Bento Silvério, da Lagoa da Conceição.

No domingo 16 de janeiro, a praça ficou pequena para abrigar todos os foliões, turistas e admiradores da escola. A noite teve ainda a apresentação da rainha de bateria, Catarina Andrade, do casal de mestre-sala e porta-bandeira, e de integrantes das alas das baianas e das passistas. Até mesmo os representantes da escola Consulado do Samba fizeram uma visita de cortesia.

Já estão agendados também dois ensaios técnicos na Passarela Nego Quirido antes do desfile: 22 de janeiro (sábado) e 19 de fevereiro (sábado) - nos dois dias às 20 horas. Esses ensaios servem para organizar as diversas alas entre si.

Está programado ainda um desfile-ensaio na Praça XV, no Centro de Florianópolis, no dia 23 de fevereiro (quarta-feira) para apresentar a escola, gratuitamente, para o público de Florianópolis.


Fotos: Babi Balbi


Samba-enredo: Cuba

A identidade com a Revolução Cubana é evidente em cada parte da escola, desde a música que conduz o samba-enredo até as fantasias, passando pelas camisetas de propaganda e o discurso em defesa da autodeterminação cubana.

Para desenvolver o tema, uma delegação da escola e da Associação Cultural José Martí de Santa Catarina visitaram Cuba em julho do ano passado para conhecer melhor o país e trocar experiências culturais com autoridades cubanas da área. O grupo conheceu museus, monumentos históricos e casas de shows.

Segundo o presidente da escola, Valmir Braz de Souza, um dos motivos da escolha do tema é a proximidade cultural entre Brasil e Cuba. "A alegria cubana e brasileira são muito parecidas", compara. Além disso, a diretoria da escola quer aproveitar a oportunidade para mostrar a realidade do país caribenho para o Brasil. O presidente também esteve em Cuba em janeiro de 2010, participando da Brigada de Solidariedade, quando teve oportunidade de conhecer de perto o país.

As 17 alas estão representando diversos momentos do período anterior e posterior à Revolução Cubana, em especial as conquistas e a cultura, como exemplo: Tio Sam; Ditadura comprometida; Paraíso de ricos e milionários; Sofrimento de muitos - o povo; Nacionalização das empresas estrangeiras; Saúde para todos; Reforma agrária; Esporte - conquista de medalhas; A pesca; Indústria farmacêutica e biotecnologia; A Santeria; O carnaval de Cuba; Cabaré tropicana; e Rumba - Música e Dança.

O sucesso do escola já ficou evidente durante a escolha do samba-enredo. Depois de escolhida a temática, a União da Ilha da Magia recebeu 28 propostas de sambas-enredo de todo país. No ano passado, foram apenas oito. Para se ter uma idéia, a carioca Estação Primeira de Mangueira, a maior escola do Brasil, recebeu menos de 20 propostas.

No barracão da escola, localizado em Palhoça, os carros alegóricos estão sendo preparados para surpreender o público que vai comparecer na passarela ou assistir pela televisão. Segundo o diretor de Carnaval, Joel Brigido da Costa Junior, as peças vão emocionar o público, principalmente aqueles que acreditam em um mundo diferente através da transformação social.

A escola

Formada no bairro Lagoa da Conceição, um dos principais pontos turísticos e tradicionais de Florianópolis, a União da Ilha da Magia é a mais nova escola da cidade. Em maio de 2011, comemora apenas três anos de vida. No Carnaval do ano passado, a União ficou em segundo lugar.

O financiamento da União é o mesmo que das demais escolas: patrocínio dos governos municipal e estadual. A diretoria também vai buscar apoio com a Lei Rouanet, através do Ministério da Cultura. Além disso, o desfile é financiado com a própria venda das fantasias, camisetas e com o dinheiro levantado com os ensaios.

O desfile

Cerca de 2.500 moradores da Lagoa da Conceição vão participar do desfile. Entre esses foliões também estão incluídos admidores da escola de outros bairros e até pessoas de outros Estados ligadas ao movimento de solidariedade à Cuba.

Todos esses integrantes, divididos em alas, vão ter apenas uma hora e vinte minutos para desfilar. Além de fazer de desenvolver uma temática inédita, a escola quer fazer um desfile tecnicamente primoroso - e vai brigar pelo título. De acordo com o presidente Valmir Braz, a ideia é não cometer erros para fazer um "desfile perfeito". Joel Brigido também promete empenho no quesito harmonia da escola.

Todos aqueles que defendem a autodeterminação de Cuba e os amantes da cultura e da liberdade estão convidados a participar, ou mesmo assistir, do desfile da União da Ilha da Magia.


Ouça:“Cuba sim! Em nome da verdade"


Baixe aqui o samba-enredo da União da Ilha da Magia

http://www.4shared.com/audio/HwKRYJR2/SAMBA_18_-_JLIO_MAESTRI_E_VINI.html

Cuba sim! Em nome da verdade


Compositores: Júlio Maestri e Vinícius da Imperatriz

Uma forte emoção,

No meu coração…

Liberdade!

Eu sou União

A voz de um povo pela igualdade

Sonhos… de um poeta ecoam no ar

Cuba… o desejo de se libertar

Conquistou a independência

Do Tio Sam sofreu influência

Momentos de luta estão na memória

Fidel e Che fizeram história

Me levam na busca por um ideal

Que vai embalar, nosso carnaval!

Guerreiros unidos na Revolução

Pelo bem de uma Nação

Um preço a pagar, não vou negar

Mas a Comunidade em primeiro lugar

Os sonhos se tornam verdade

Trazendo pra muitos a felicidade

Com saúde, educação

A base pra um cidadão

Esporte, cultura, na arte… mistura

Riqueza, o Mundo se encantou

No Cabaré Tropicana,

Carmem Miranda deu um show!

Ilha de pura Magia

Vem sambar…

Verde, Branco e Ouro

Na Avenida vai brilhar


Por Alexandre Brandão ao Brasil de Fato

Bakunin sobre as autoridades


Segue abaixo um trecho do livro Deus e o Estado, de Mikhail BAKUNIN (teórico político russo, principal expoente da ideologia anarquista). Neste trecho será possível perceber claramente a perspectiva contrária a toda e qualquer forma de dominação hierárquica na relação entre os homens. O desprezo pelas formas de governo, que limitam as capacidades dos cidadãos, reprimem suas opiniões e forjam padrões a serem seguidos. Num sistema capitalista, como o que ainda vivemos, há a sobreposição de uma elite (minoria) abastada que vive em dependência da miséria de muitos e, diante desse fato, Bakunin destaca sua rejeição a qualquer posição de privilégio que possa fazer um homem crer que é melhor, mais rico, importante ou capaz do que outro.

"Decorre daí que rejeito toda autoridade? Longe de mim este pensamento. Quando se trata de botas, apelo para a autoridade dos sapateiros; se se trata de uma casa, de um canal ou de uma ferrovia, consulto a do arquiteto ou a do engenheiro. Por tal ciência especial, dirijo-me a este ou àquele cientista. Mas não deixo que me imponham nem o sapateiro, nem o arquiteto, nem o cientista. Eu os aceito livremente e com todo o respeito que me merecem sua inteligência, seu caráter, seu saber, reservando todavia meu direito incontestável de crítica e de controle. Não me contento em consultar uma única autoridade especialista, consulto várias; comparo suas opiniões, e escolho aquela que me parece a mais justa. Mas não reconheço nenhuma autoridade infalível, mesmo nas questões especiais; consequentemente, qualquer que seja o respeito que eu possa ter pela humanidade e pela sinceridade desse ou daquele indivíduo, não tenho fé absoluta em ninguém. Tal fé seria fatal à minha razão, à minha liberdade e ao próprio sucesso de minhas ações; ela me transformaria imediatamente num escravo estúpido, num instrumento da vontade e dos interesses de outrem." Mikhail Bakunin.


Para os interessados, download do livro na íntegra, disponível aqui.




Os gringos querem a Amazônia?


Você certamente já recebeu um e-mail como seguinte alerta de dar calafrios: boa parte da Amazônia não pertence mais ao Brasil e hoje é uma área internacionalizada. Boatos de uma conspiração americana para ocupar um dos maiores tesouros ecológicos mundiais são antigos. Mas, com certeza, nenhum deles fez tanto estardalhaço como esses e-mails, que divulgam mapas doBrasil supostamente adotados em instituições de ensino americanas e que mostram a região amazônica e o Pantanal irremediavelmente como “áreas de controle internacional”.
Segundo os conspirólogos, americanos estariam doutrinando estudantes para uma guerra de posse de parte do território verde-amarelo. As mensagens espalhadas pelo correio eletrônico trazem anexa uma cópia de um suposto livro chamado An Introduction to Geography (“Uma Introdução à Geografia”), de autoria de David Norman, mostrando o Brasil sem a Amazônia, que é tratada como área internacionalizada.
O jornal O Estado de S. Paulo, na edição de 2 de dezembro de 2001, apurou os fatos e descobriu que o e-mail era falso. A matéria diz que a mensagem partiu de estudantes universitários e que não existe nenhum livro com tal título registrado na Biblioteca do Congresso. No entanto, tem muita gente que ainda teima em afirmar que estão nos ocultando a verdade.

YANOMAMIS
O burburinho da Amazônia anexada ganhou notoriedade através do site ultranacionalista brasil.iwarp.com, mantido por militares brasileiros na reserva. A página expõe uma carta geográfica similar ao tal mapa americano usado em aulas de geografia de colégios públicos dos Estados Unidos. O site afirma que o plano começou quando o FMI “forçou” o então presidente Fernando Collor de Mello a demarcar um imenso território de 94 000 metros quadrados como reserva yanomami. Esse seria o primeiro passo para que, no futuro, a Nação Yano-mami proclamasse a independência – ou entrasse em guerra com o Brasil pela liberdade – exigindo intervenção da ONU na região.
Muita gente garante que existe a tal República Socialista Yanomami no exílio. Seu presidente se chamaria Charles Dunbar, um americano supostamente “naturalizado” yanomami. O vice-presidente seria um alemão. De índio mesmo só haveria um entre eles, de nome Akatoa.
A aglomeração de ONGs na região também ajuda a alimentar as teorias conspiratórias. Ao todo, estima-se que haja mais de 500 organizações não-governamentais, muitas delas estrangeiras, espalhadas ao longo de 12 918 quilômetros da fronteira amazônica nacional, que é vigiada por pouco mais de 22 000 homens.

BIG BROTHER
O reforço no sistema de segurança da floresta brasileira também supõe tentativas de prevenir possíveis articulações pela posse da região: acompanhamento 24 horas, via terra e ar, dos 5,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia, por seis satélites; 18 aviões especiais; sete radares fixos, seis transportáveis e 20 secundários; e outras 70 estações meteorológicas de superfície, que integram o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Apesar do avanço tecnológico, a concorrência para fabricação e instalação dos componentes do Sipam foi feita pela mesma empresa americana responsável pelo abastecimento das forças armadas dos Estados Unidos. Dessa forma, as informações passariam pelo Pentágono antes de chegar ao Brasil.
Estranhas movimentações na Amazônia não são novidade. Em 1967, o bilionário americano Daniel Ludwig comprou uma fazenda de 16.000 quilômetros quadrados na divisa do Pará com o Amapá, o Projeto Jari. Ludwig queria vender celulose para o mundo todo e investiu 1,3 bilhão de dólares na fazenda, mas, por alguma razão, a iniciativa naufragou. Nacionalistas acusavam Ludwig de ser parte de uma ação conspiratória para criar uma Amazônia internacionalizada.
Todo esse interesse pela região não é à toa. A Amazônia tem potencial para transformar o Brasil na nação mais rica do planeta. Abriga 30% da biodiversidade da terra, um terço das florestas latifoliadas e a maior bacia de água doce do mundo. Segundo estimativas de pesquisadores da Universidade de Maryland, os benefícios criados pela floresta verde-amarela corresponderiam a 1,1 trilhão de dólares anualmente. Vivem na Amazônia 67% do total de mamíferos do mundo. “Caso o Brasil resolva fazer uso da Amazônia de forma que ponha em risco o meio ambiente nos Estados Unidos, temos que estar prontos para interromper esse processo imediatamente”, afirmou Patrick Hugles, chefe do Órgão Central de Informações das Forças Armadas americanas.
Uma das primeiras mostras públicas de interesse estrangeiro de ocupar o território amazônico foi a campanha deflagrada por um tenente da marinha americana, Mattnew Fontaine Maury. Ele defendia a idéia de que a Amazônia era parte do complexo geográfico constituído pelo Golfo do México, sendo assim uma extensão natural do Mississipi. Por isso, acreditava que a América meridional deveria ser transformada em uma dependência dos Estados Unidos. “É o paraíso das matérias-primas, aguardando a chegada de raças fortes e decididas para ser conquistado científica e economicamente”, afirmava a respeito do território onde se encontra uma das maiores reservas mundiais de minerais.
Em 1853, o governo americano enviou ao Congresso um texto em referência à Amazônia com os seguintes dizeres: “Uma região que, se aberta à indústria do mundo, ali se achariam fundos inexauríveis de riquezas.” Já por volta de 1960, foi a vez de ficar famosa a proposta do futurólogo americano Herman Kahn, do Instituto Hudson. A idéia era a construção de sete barragens para criar cinco lagos gigantescos na Bacia Amazônica, com o objetivo de estimular o intercâmbio econômico entre os países da América do Sul, e o investimento estrangeiro em pesca, mineração e petróleo em toda a região.

EM CORO
Em 1983, a então premiê britânica Margareth Thatcher compactuou com os rumores de internacionalização de parte do território brasileiro, ao declarar: “Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas externas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas”. Alguns anos depois, o presidente francês, François Mitterrand, fez coro: “O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia”.
Mais recentemente, em 2000, durante sua tentativa frustrada de chegar à Casa Branca, o candidato democrata Al Gore declarou: “Os brasileiros pensam que a Amazônia é deles. Não é. Ela pertence a todos nós”. O senador Robert Kasten fez eco à afirmação de Gore, acrescentando: “Assim como o ozônio, as chuvas, o oxigênio etc., a Amazônia deve pertencer a todos”. Gore, como se sabe, foi derrotado pelo candidato republicano George W. Bush, mas não exatamente por ter externado em público essa posição que, segundo os conspirólogos, é defendida por muitos cidadåos americanos.

Eu acredito!
"Muito se fala sobre o futuro da floresta amazônica, mas o fato é que, se não prestarmos atenção no que está acontecendo, corremos o sério risco de perdê-la para os gringos. Se cruzarmos os mapas de localização das sedes das principais ONGs que atuam na região com os mapas de localização das principais reservas de riquezas minerais, veremos que eles coincidem. Será que essas ONGs estão lá para cuidar dos nossos índios e animais em extinção ou para monitorar e mapear essas riquezas subterrâneas para, no momento oportuno, tomarem-nas de nós, como estão tomando o petróleo dos árabes? Será que é pura teoria conspiratória ou existe um pouco de verdade nisso?"

Felipe Xavier é humorista da rádio 89FM. Fez parte do programa Sobrinhos do Ataíde e comanda hoje o quadro Chuchu Beleza

Por Giselle Vanessa, edição 205a da Revista Super Interessante

Surpresa: a Tunísia era uma ditadura

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Quando eu ingressei como redator na editoria de assuntos internacionais da Folha de S.Paulo, um colega veterano me ensinou como se fazia para definir quais, entre as centenas de notícias que recebíamos diariamente, seriam merecedoras de destaque no jornal do dia seguinte. "É só olhar os telegramas das agências e ver o que elas acham mais importante", sentenciou. Pragmático, ele adotava esse método como um meio seguro de evitar que o noticiário da Folha destoasse dos jornais concorrentes, os quais, por sua vez, se comportavam do mesmo modo. Na realidade, portanto, quem pautava a cobertura internacional da imprensa brasileira era um restrito grupo de três agência noticiosas -- Reuters, Associated Press e United Press International, todas afinadíssimas com as prioridades geopolíticas dos Estados Unidos.

Passadas mais de duas décadas, a cobertura internacional da mídia brasileira ainda se orienta por diretrizes estrangeiras. A única diferença é que agora as agências enfrentam a competição de outros fornecedores de informação, como a CNN e os serviços de empresas como a BBC e o New York Times, oferecidos pela internet. Mas o conteúdo é o mesmo. O resultado é que as informações internacionais que circulam pelo planeta, reproduzidas com mínimas variações em todos os continentes, são quase sempre aquelas que correspondem aos interesses de Washingon.

Quem confia nessa agenda está condenado uma visão parcial e distorcida, uma ignorância que só se revela quando ocorrem "surpresas" como a rebelião popular que derrubou o governo da Tunísia. De repente, o mundo tomou conhecimento de que a Tunísia -- um país totalmente integrado à ordem neoliberal e um dos destinos favoritos dos turistas europeus -- era governada há 23 anos por um ditador corrupto, odiado pelo seu povo. Como é que ninguém sabia disso?

A mídia silenciou sobre o despotismo na Tunísia porque se tratava de um regime servil aos interesses políticos e econômicos dos EUA. O ditador Ben Ali nunca foi repreendido por violações aos direitos humanos e, mesmo quando ordenou que suas forças repressivas abrissem fogo contra manifestantes desarmados, matando dezenas de jovens, o presidente estadunidense Barack Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton, permaneceram em silêncio. Não abriram a boca nem mesmo para tentar conter o massacre. Só se manifestaram depois que Ben Ali fugiu do país, como um rato, carregando na bagagem mais de uma tonelada de ouro.
O caso da Tunísia não é o único na região.

No vizinho Egito, outro regime vassalo dos EUA, Hosni Mubarak governa ditatorialmente desde 1981. Suas prisões estão lotadas de opositores políticos e as eleições ocorrem em meio à fraude e à violência, o que garante ao governo quase todas as cadeiras parlamentares. Mas o que importa, para o "Ocidente", é o apoio da ditadura egípcia às posições estadunidenses no Oriente Médio, em especial sua conivência com o expansionismo israelense.

Por isso, a ausência de democracia em países como a Tunísia e o Egito nunca recebe a atenção da mídia convencional, ao contrário da condenação sistemática de regimes autoritários não-alinhados com os EUA, como o Irã e o Zimbábue. É sempre assim: dois pesos, duas medidas.


*Artigo publicado originalmente no Brasil de Fato. Igor Fuser é jornalista, doutorando em Ciência Política na USP, professor na Faculdade Cásper Líbero e membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato.

Fonte: OperaMundi

O jovem se interessa por política?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011



O desinteresse da maioria dos jovens pela política já é uma realidade. Segundo o analista Alfredo Caseiro, as causas são o desgaste da imagem dos políticos brasileiros e o próprio sistema político. “Enquanto não houver uma profunda reforma política que reverta essa grave crise de corrupção, o jovem não deve voltar a se interessar”, avalia.

Caseiro observa uma mudança na atitude e na escala de prioridades da nova geração. “O jovem se tornou mais cético, prioriza outras coisas. A carreira profissional é mais importante do que a militância política em algum partido.”

A indiferença dos jovens tem consequências no curto e médio prazos e o fenômeno não é privilégio apenas do Brasil. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Akatu, em 23 países, a juventude do Brasil foi considerada a menos politizada.

Foram entrevistadas pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos, sendo que apenas 10% desse público revelou que realmente se preocupa com o panorama político na sociedade em que vive.

Segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a primeira vez, desde 1998, que cai o número de eleitores entre 16 e 17 anos de uma eleição para outra. Em relação ao último pleito, disputado em 2006, houve um decréscimo de 7% de votantes nessa faixa etária.

Levando-se em conta todas a votações desde 1992, quando os menores de idade puderam começar a votar, esse número é assustador. Na primeira eleição eram 3,2 milhões e, em 2010, o número será 2,2 milhões, uma queda de 31%.

Os números refletem o mau momento vivido pela política brasileira. “A participação tem diminuído, o que mostra que o jovem tem tido menos interesse”, disse Caseiro.
A socióloga formada pela PUC-SP, Deise Amaral é coordenadora do Ensino Médio em um colégio particular da capital paulista e deu seu parecer sobre a postura atual dos jovens.

Quando perguntada sobre a distância entre a população mais jovem e a política, Amaral declarou: “Atualmente não vemos mais o jovem participando politicamente da sociedade. Ele está muito mais informado, isto é, ele recebe muita informação, mas se distancia das questões sociais e políticas. O jovem hoje está mais preocupado com seu lazer, é um agente consumista, mas cada vez mais distante da política.”

A respeito do desinteresse sobre os assuntos parlamentares, a socióloga ponderou: “Acredito que com o acesso fácil e rápido da tecnologia no mundo contemporâneo, o jovem é mais cobrado pela sua participação nas redes sociais do que na vida em sociedade. A acomodação pelas questões políticas, muitas vezes vem de casa onde são educados a não gostar de política, visto que não serve para nada. Essa é a visão de muitas famílias.”

Na opinião da coordenadora, a solução para esse problema existe, e deve começar a ser trabalhada nas instituições de ensino. “Na verdade, a mudança deve ter início na escola. Desde cedo precisamos educar nossas crianças para a consciência social e política, precisamos educá-las a questionar e lutar pelos seus interesses e direitos, e mostrar-las que uma sociedade justa se faz com educação, respeito e participação.”

O eleitor, jovem ou não, deve escolher bem os seus candidatos e depois de eleito ter a responsabilidade de cobrar pelas suas promessas e ações. Só assim o país poderá modificar esse status tão negativo que vem sendo apresentado.

O interesse da juventude na política é de extrema importância para renovar o ambiente, trazer novas ideias e construir diferentes maneiras de pensar sobre o assunto. A nova geração não pode ficar omissa, tem que bacreditar no poder de seu voto como instrumento de transformação da sociedade. Não pode ficar ausente das discussões que envolvem o futuro da nação.


Por Diogo Miloni e Luiz Felipe Fogaça à revista EMFOCO, boletim elaborado pelos alunos de jornalismo da Faculdade Rio Branco.

A história da água engarrafada

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011




Video: The Story of Bottled Water
Ano: 2010
Legenda: Português
Duração: 8:04 min
Escrito por Annie Leonard, Jonah Sachs, Louis Fox
Produzido por Free Range Studios
Dirigido por Louis Fox
Traduzido por Guilherme Machado, Michèle Sato e Patrícia Fish

Um ótimo vídeo de conscientização social e ecológica, que alerta a população em relação às estratégias das grandes corporações para lucrar dinheiro, mesmo nas coisas mais simples e essenciais, como a água. Através dessa história será possível entender uma grande mensagem de responsabilidade ambiental para combater a incessante busca predatória das empresas por lucro e dominação de mercado.



Conheça os desafios de Dilma Rousseff no Entrevista Record Mundo

domingo, 16 de janeiro de 2011


Rodrigo Vianna analisa a posse de Dilma Rousseff e os desafios que ela terá na área da política externa. Para debater o assunto, Rodrigo recebe o jornalista e cientista político Igor Fuser da Fundação Escola de Sociologia e Política e Guilherme Casarões da FAAP e das Faculdades Integradas Rio Branco.

Fonte: R7


Em SP, protestar por transporte de qualidade é crime

Com as chuvas que estão levando a vida de centenas de pessoas e lavando a incompetência de nossos governantes, alguns assuntos não tiveram o destaque que deveriam. Um dos assuntos é a operação montada contra o transporte coletivo na cidade de São Paulo. Sim, porque se não foi coisa orquestrada para dificultar a vida de quem não tem ou não quer usar carro, isso é claramente um indício de falta de competência e de senso de política pública. Como sei que nossos administradores, de hoje e de ontem, foram pessoas da mais alta competência e dedicação à res publica, boto fé na opção do conluio…


A tarifa de ônibus saltou de R$ 2,70 para R$ 3,00 no dia 05 de janeiro – 11% de reajuste quando a inflação, em 2010, em São Paulo, foi de 5,83%, de acordo com a Fipe. O metrô, que oferece um serviço nitidamente superior aos seus usuários, custa menos. E não estou nem falando dos atrasos, da superlotação, do desconforto ou de quão obsoletos são os coletivos. Vamos para algo mais básico: baratas. Isso, baratas, como aquelas que os usuários dos ônibus da Zona Leste são obrigados a matar roteineiramente, conforme matéria da Folha de S. Paulo publicada no mês passado.


Aí, quando a população resolve sair da toca e protestar o que acontece? Balas de borracha nos estudantes (que é para aprenderem, desde cedo, quem manda e quem obedece), gás de pimenta (lembrando que o Estado usou o mesmo expediente, no ano passado, em um protesto de moradores do Jardim Pantanal que haviam perdido tudo o que tinham, tragados pela merda nas enchentes) e outros apetrechos usados pela nossa democracia para respeitar a cidadania. Entre as centenas de manifestantes, houve feridos, presos, enfim, o caos. Poucas horas depois, ouvi da boca de um proprietário de um carrão novo o seguinte comentário sobre o ocorrido: “Tem que botar esses vagabundos para trabalhar. O que eles querem? Que a cidade custeie o transporte deles para a balada?”


Ai, ai, nessas horas é que contar até dez e responder com educação, repassando para o sujeitoum ótimo vídeo do genial Marcelo Adnet.


Sim, a cidade tem que manter uma política de subsídios para o transporte coletivo a fim de estimular seu uso em detrimento ao transporte individual. Se não garantirmos opções boas e acessíveis, não conseguiremos conseguir desarmar uma das piores bomba-relógio da maior cidade do país que algum momento vai estourar.


(Cotidiano – São Paulo, 16 de janeiro de 2051: A prefeitura de São Paulo fará, neste domingo, um show para comemorar a retirada da última carcaça de automóvel do Grande Congestionamento de 2044. Na ocasião, o trânsito da capital paulista travou por 24 horas. Os motoristas abandonaram seus carros e a prefeitura considerou que seria mais simples depositar concreto sobre os veículos, construindo vias expressas mais modernas e tirando 18 milhões de carros de circulação.)


E não é só evitar que o preço da passagem suba, e sim garantir qualidade e conforto para trazer o público não usuário de transporte coletivo para dentro deles (e aos poucos, é claro, porque não tenho tanta esperança na classe média paulistana assim). Enquanto isso, encarecer o transporte individual a ponto de ser um mal negócio usar carro a todo o momento – destinar os recursos de taxas e afins à ampliação da rede pública.


Com esse reajuste do dia 05, combinado com o do preço dos táxis (+18%), seguimos na toada de incentivar o transporte motorizado individual (porque novas ciclovias que é bom, neca, só de final de semana para as famílias passearem). E vamos incentivando a compra tresloucada de carros – durante a crise econômica global, quando se discutiu contrapartidas trabalhistas, sociais e ambientais às montadoras que receberam benefícios de bilhões, chiaram as velhas e boas carpideiras do mercado, dando entrevistas às rádios pelo viva-voz de seus SUVs, bradando que o papel do Estado não é impor condições. Por que, afinal de contas, todos nós sabemos que o papel do Estado é dar tiro em estudante para proteger a integridade do status quo.


Isso sem contar que mantemos o metrô com grandes inaugurações apenas em anos pares (quem advinhar o porquê ganha um bilhete múltiplo de 17).


Em se tratando de metrô, temos que ficar com dois pés atrás. Ou com os dois olhos no chão. Por aqui, cidadãos comuns morrem em acidentes ocorridos em obras sob responsabilidade de empreiteiras contratadas pelo governo, como foi o caso da linha 4, em que o chão se abriu e engoliu quem estava perto. Em Salvador, a construção do metrô de tão lenta virou piada padrão entre taxistas. Em Brasília, as obras passaram anos atoladas na lama de denúncias.


Fui guardando ao longo do tempo aqueles folhetinhos do metrô com a malha existente e a projetada. No mundo da fantasia, a população, que passa perrengue com o transporte público, tem uma malha metroviária fantástica à disposição. Será que se juntar todos esses folhetinhos, posso processar o Estado por propagando enganosa?


Melhor não. Do jeito em que andam as coisas, protestar contra transporte ruim por aqui pode significar levar borrachada da polícia militar.


Por Leonardo Sakamoto ao seu BLOG

A guerra que você não vê - The War You Don't See por John Pilger

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011





Comentário oficial: "The War You Don’t See" é uma investigação poderosa e oportuna sobre o papel da mídia na guerra, traçando a história das reportagens independentes e incorporadas da carnificina da Primeira Guerra Mundial à destruição de Hiroshima, e desde a invasão do Vietnã à atual Guerra do Afeganistão e o desastre no Iraque. Como as armas e propaganda se tornam ainda mais sofisticados, a natureza da guerra está se desenvolvendo em um "campo de batalha eletrônica", em que os jornalistas desempenham um papel fundamental, e os civis são as vítimas. Inclui uma entrevista com WikiLeaks fundador e editor-chefe Julian Assange.

Assista o documentário completo com legendas no vídeo acima. Para download acesse o site fonte.


Fonte: Docverdade (Links para Download do documentário no site)

(Grã-Bretanha, 97min - Direção:John Pilger)

What Happened? - H2O / One Life One Chance

Com musicas na maioria das vezes se tratando de situações cotidianas, a banda H2O sempre eleva seu lado critico e o questionamento do porque a nossa sociedade é do jeito que é. Abaixo segue a música What Happened? composta por Toby Morse, que além de grande compositor é o fundador do projeto social One Life One Chance cujo principal objetivo é alertar estudantes do ensino fundamental sobre os problemas que o álcool e as drogas trazem para a sociedade.



Com um corpo cheio de tatuagens, Toby Morse desafia o estereótipo de modo de vida de um músico. Em uma indústria famosa por uso de drogas, morte relacionada a drogas e comportamentos auto-destrutivo em geral, Toby escolheu um caminho diferente para andar, em seus 40 anos, ele nunca experimentou tabaco, álcool ou drogas.

Toby visita escolas e faz palestras de como ser alguém com um estilo de vida positivo, e como esquivar de situações com drogas e álcool vivendo em torno delas.

Link do site com fotos e explicação do projeto: http://www.onelifeonechance.com/



When it began, for those who don’t know
it didn’t matter how you looked or what you wore to a show
dress codes, FUCK NO! we didn’t care
about the brand of your jeans and all that shit in your hair

But now the biggest part is all about the image and not the art
Fashion before passion!
And at nights, it makes me mad that I should have to ask:
What happened to the passion? (passion!)
What happened to the reason for screaming?
What happened the music and the message that I love?
What happened to the hard work? (hard work!)
And why does everybody look the same?
What happened the music and the message that I love?

And I know, that people change
and we go through different stages in life
and I’m not here to criticize
but the reason I scream, is a feeling inside

But now the biggest part is all about the image and not the art
Fashion before passion!
And at nights, it makes me mad that I should have to ask:
What happened to the passion? (passion!)
What happened to the reason for screaming?
What happened the music and the message that I love?
What happened to the hard work? (hard work!)
And why does everybody look the same?
What happened the music and the message that I love?

Lost (1,2,3,4) lifetime ago it seems
you gave up on your wildest dreams
but i refuse to let mine go
I took an oath, you can find me here
with an open heart and ears
refusing to surrender
I can’t believe they don’t remember
what it feels like to be young

What happened to the passion? (passion!)
What the reason for screaming?
What happened the music and the message that I love?
What happened to the hard work? (hard work!)
And why does everybody look the same?
What happened the music and the message that I love?

Fusil contra Fusil - Silvio Rodriguez

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011




Abaixo a música Fusil contra Fusil, uma homenagem do músico, poeta e compositor cubano Silvio Rodriguez ao grande ídolo e inspiração de milhões de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro Ernesto CHE Guevara.

Hasta la victoria siempre!





Letra:

Fusil Contra Fusil

El silencio del monte va
preparando su adiós
la palabra que se dirá
in memoriam será la explosión.
Se perdió el nombre de este siglo allí
su nombre y su apellido son:
fusil contra fusil.

Se quebró la cáscara del viento al sur
y sobre la primera cruz
despierta la verdad.

Todo el mundo tercero va
a enterrar su dolor
con granizo de plomo harán
su agujero de honor, su canción.

Dejarán el cuerpo de la vida allí
su nombre y su apellido son:
fusil contra fusil
cantaran su luto de hombre y de animal
y en vez de lágrimas echar
con plomo lloraran
Alzará al hombre de la tumba al sol
y el nombre se repartirán
fusil contra fusil
fusil contra fusil.


A revolução por favor

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Toda mudança de paradigma civilizatório é precedido por uma revolução na cosmologia (visão do universo e da vida). O mundo atual surgiu com a extraordinária revolução que Copérnico e Galileo Galilei introduziram ao comprovarem que a Terra não era um centro estável, mas que girava ao redor do sol. Isso gerou enorme crise nas mentes e na Igreja, pois parecia que tudo perdia centralidade e valor. Mas lentamente impôs-se a nova cosmologia que fundamentalmente perdura até hoje nas escolas, nos negócios e na leitura do curso geral das coisas. Manteve-se, porém, o antropocentrismo, a ideia de que o ser humano continua sendo o centro de tudo e as coisas são destinadas ao seu bel-prazer.

Se a Terra não é estável -pensava-se - o universo, pelo menos, é estável. Seria como uma incomensurável bolha dentro da qual se moveriam os astros celestes e todas as demais coisas.

Eis que esta cosmologia começou a ser superada quando em 1924 um astrônomo amador Edwin Hubble comprovou que o universo não é estável. Constatou que todas as galáxias bem como todos os corpos celestes estão se afastando uns dos outros. O universo, portanto, não é estacionário como ainda acreditava Einstein. Está se expandindo em todas as direções. Seu estado natural é a evolução e não a estabilidade.

Esta constatação sugere que tudo tenha começado a partir de um ponto extremamente denso de matéria e energia que, de repente, explodiu (big bang) dando origem ao atual universo em expansão. Isso foi proposto em 1927 pelo padre belga, o astrônomo George Lemaître o que foi considerado esclarecedor por Einstein e assumido como teoria comum. Em 1965 Arno Penzias e Robert Wilson demonstraram que, de todas as partes do universo, nos chega uma radiação mínima, três graus Kelvin, que seria o derradeiro eco da explosão inicial. Analisando o espectro da luz das estrelas mais distantes, a comunidade científica concluiu que esta explosão teria ocorrido há 13,7 bilhões de anos. Eis a idade do universo e a nossa própria, pois um dia estávamos, virtualmente, todos juntos lá naquele ínfimo ponto flamejante.

Ao expandir-se, o universo se autoorganiza, se autocria e gera complexidades cada vez maiores e ordens cada vez mais altas. É convicção de notáveis dos cientistas que, alcançado certo grau de complexidade, em qualquer parte, a vida emerge como imperativo cósmico. Assim também a consciência e a inteligência. Todos nós, nossa capacidade de amar e de inventar, não estamos fora da dinâmica geral do universo em cosmogênese. Somos partes deste imenso todo.

Uma energia de fundo insondável e sem margens - abismo alimentador de tudo - sustenta e perpassa todas as coisas ativando as energias fundamentais sem as quais nada existe do que existe.

A partir desta nova cosmologia, nossa vida, a Terra e todos os seres, nossas instituições, a ciência, a técnica, a educação, as artes, as filosofias e as religiões devem ser resignificadas. Tudo e tudo são emergências deste universo em evolução, dependem de suas condições iniciais e devem ser compreendidas no interior deste universo vivo, inteligente, auto-organizativo e ascendente rumo a ordens ainda mais altas.

Esta revolução não provocou ainda uma crise semelhante a do século XVI, pois não penetrou suficientemente nas mentes da maioria da humanidade, nem da inteligentzia, muito menos nos empresários e nos governantes. Mas ela está presente no pensamento ecológico, sistêmico, holístico e em muitos educadores, fundando o paradigma da nova era, o ecozóico.

Por que é urgente que se incorpore esta revolução paradigmática? Porque é ela que nos fornecerá a base teórica necessária para resolvemos os atuais problemas do sistema-Terra em processo acelerado de degradação. Ela nos permite ver nossa interdependência e mutualidade com todos os seres. Formamos junto com a Terra viva a grande comunidade cósmica e vital. Somos a expressão consciente do processo cósmico e responsáveis por esta porção dele, a Terra, sem a qual tudo o que estamos dizendo seria impossível. Porque não nos sentimos parte da Terra, a estamos destruindo. O futuro do século XXI e de todas as COPs dependerá da assunção ou não desta nova cosmologia. Na verdade só ela nos poderá salvar.


Por Leonardo Boff ao Brasil de Fato

Já é um começo de golpe

Se você faz parte dos 87% que apoiavam o governo Lula, fique alerta – no mais escondido covil de serpentes e escorpiões trama-se um golpe institucional contra o governo de Dilma, mesmo se esse governo começou com 62% de aprovação popular.

Desta vez, ao contrário do golpe de 1964 não se trama nos quartéis com o apoio declarado dos Estados Unidos. A trama é bem mais sutil – não se acena com a paranóia do perigo vermelho, mas com base em pretensos arrazoados jurídicos se quer desmoralizar e desautorizar o ex-presidente Lula e se colocar no ridículo a presidenta Dilma, que será destituída do poder de decisão.

O golpe não parece financiado só por dólares americanos, como no passado, mas igualmente por euros vindos da Itália. Aparentemente trata-se da extradição ou não extradição de um antigo militante italiano, Cesare Battisti, condenado num processo italiano fajuto à prisão perpétua, mas a verdade submersa do iceberg é bem outra.

Quem leu as revelações do Wikileaks quanto as opiniões dos EUA sobre Lula, considerado suspeito, e Celso Amorim, considerado antiamericano, e que acompanhou a campanha contra a eleição de Dilma, sabe muito bem haver interesses de grupos internacionais em provocar uma crise institucional no Brasil.

Será também a maneira de grupos econômicos estrangeiros impedirem a atual emergência do país como potência mundial. A Itália neofascista de Berlusconi com seu desejo de recuperar um antigo militante esquerdista é apenas uma providencial pretexto para os grupos políticos e econômicos internacionais incomodados com o Brasil líder do G-20 e vitorioso contra os EUA na OMC.

O que se quer agora, com o caso Battisti, é subverter as instituições brasileiras, mergulhar-se o país numa confusão entre o poder do Executivo e o poder do Judiciário, anular-se uma decisão do ex-presidente Lula para se abrir o caminho a que governança do Brasil seja sujeita à aprovação do STF. Para isso conta-se, como em 1964, com os vendilhões da nossa soberania e com os golpistas da grande imprensa.

Simples e prático, para se evitar que a presidente Dilma governe, vai se tentar lhe por um cabresto e toda decisão sua que desagrade grupos internacionais deverá ser anulada pelo STF. Por exemplo, a questão da exploração petrolífera do pré-sal poderá ser uma das próximas ações confiadas ao STF.

Se Dilma quiser renacionalizar as comunicações, já que a telefonia é questão estratégica, o STF poderá dizer Não e também optar pela privatização da Petrobras. Delírio ? Não, os neoliberais inimigos de Lula e da política nacionalista, derrotados nas eleições, poderão subrepticiamente retirar, pouco a pouco, os poderes da presidenta e do Legislativo, para que fique apenas com o STF o governo ou o desgoverno do Brasil.

O próprio advogado de Cesare Battisti, acostumado com leis e recursos, nunca viu uma decisão presidencial ser posta em dúvida por um ministro do STF, e por isso falou em « golpe » tal como havíamos alertado.

Por sua vez, o atual governador do Rio Grande do Sul, que aceitou o pedido de refúgio de Battisti quando ministro da Justiça, não aguentou a decisão do ministro Cezar Peluso do STF de colocar em, questão a validade da decisão do presidente Lula e declarou como « ilegal » e « ditatorial » o ato do ministro Peluso, do qual decorre um « prejuízo institucional grave » para o país e um « abalo à soberania nacional ».

Faz dois anos, Tarso Genro concedeu refúgio a Battisti, que deveria estar em liberdade desde essa época. Mas o ato liberatório foi sustado pelo ministro Gilmar Mendes, que submeteu a questão ao STF, o que já consistia um ato arbitrario. Embora os ministros tenham decidido por 5 a 4 pela extradição, competia ao presidente a decisão final, o que foi reconhecido, depois de uma tentativa de reabertura do julgamento.

O presidente Lula justificando seu ato, dentro do permitido pelo Tratado mútuo de Extradição entre Brasil e Itália, com base num documento da Advocacía Geral da União, negou a extradição e a própria Itália entendeu o ato como definitivo. Ora, a decisão do ministro Cezar Peluso de pôr em dúvida a decisão do presidente Lula e reabrir a questão vai além de sua competência e fere uma decisão soberana.

É tentativa ou já é golpe, no entender do advogado Luiz Roberto Barroso, é ilegal e ditatorial segundo o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, opiniões que vão no mesmo sentido de Dalmo Dallari e de outros juristas.

O que iremos viver, quando o ministro Gilmar Mendes se dignar a colocar na agenda do STF o « julgamento da decisão do presidente Lula », se a maioria, por um voto que seja, decidir anular a decisão de Lula ? Será que a presidenta Dilma aceitará essa intromissão do STF no poder do Executivo ? Em todo caso, será o caos.

É hora de reagir, antes que seja tarde demais.


Por Rui Martins para o site DiretodaRedação

White Lion - When The Children Cry

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Encontrei essa música na coletânia Unplugged da KissFM. Nunca parei pra analisar a letra dela, mas até que tem um belo significado. Uma mensagem para todas as crianças.


Letra e Tradução

Povo de São Paulo, em qual destes Mercedes você costuma viajar? - Latuff

Arquitetos do Poder

(Brasil, 2010, 100min. - Direção:Vicente Ferraz e Alessandra Aldé)


Comentários Juliano Borges Makingoff: O documentário "Arquitetos do Poder", dirigido por Vicente Ferraz e Alessandra Aldé, traça um panorama das relações entre mídia e política no Brasil. Construído a partir de depoimentos e imagens de arquivo, o filme conta a história da comunicação política brasileira, desde as campanhas de Getúlio Vargas e JK até o presente, passando pela emblemática eleição de 1989 e ilustrando a crescente influência da comunicação na política, bem como a relação da mídia nacional com os escândalos do poder. Produzido pela Urca Filmes/IUPERJ.

Torrent (novo!)

Fonte: Docverdade
 

2009 ·Axis of Justice by TNB