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Contra preço da gasolina, motoristas protestam abastecendo a R$ 0,01

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Com buzinaço, tudo pacífico e bem humorado, os motoristas queriam dizer que o preço real dos combustíveis não tem graça nenhuma.


Em Brasília, a noite foi de buzinaço contra o preço dos combustíveis. O motorista inovou e protestou de uma forma curiosa. O protesto não tem nada de ilegal, mas tem dono de posto à beira de um ataque de nervos. Apesar da confusão, das filas e da demora para abastecer o carro, quase ninguém reclamou.

“Eu quero R$ 0,50 de gasolina”, pediu o vigilante Domiciano de Jesus. Isso mesmo: R$ 0,50 de gasolina com nota fiscal. Foi assim que motoristas de Brasília criaram tumulto de posto em posto. Era o que eles queriam: parar o trânsito em protesto contra o preço alto da gasolina e do álcool.

“A cada dia que passa só aumenta, só aumenta, e nosso padrão de compra continua o mesmo”, aponta o professor Guilherme Soares.

Em Brasília, este é o terceiro protesto contra o preço dos combustíveis em uma semana. Na capital federal, os motoristas reclamam também da falta de concorrência entre os postos. “Se você olhar nas bombas, em todas elas o preço é o mesmo”, disse um motorista.

Não é só uma impressão do consumidor. Um levantamento feito em 111 postos mostrou que a diferença entre o preço mais barato e o mais caro era de R$ 0,01.

Teve buzinaço também em Goiânia. Com a gasolina a R$ 3,17 em média, Goiás é o estado onde o combustível está mais caro, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Realmente está um abuso”, protestou um motorista.

Desde 2009, a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça investiga se existe cartel entre os postos de combustível do Distrito Federal. Quando empresas combinam os preços e os reajustes. O levantamento da ANP, que mostrou uma diferença de R$ 0,01 no preço da gasolina, vai ser levado em conta.

http://g1.globo.com/

Jornada de mobilização contra as alterações no Código Florestal se espalha por todo Brasil

terça-feira, 3 de maio de 2011


A mobilização nacional contra o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) - que modifica e fragiliza o Código Florestal-, realizada na quinta-feira, dia 28, nas cidades de Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Piracicaba (SP), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro e Volta Redonda (RJ), vai prosseguir com novos eventos e locais entre os dias 12 e 22 de maio. O objetivo é exercer pressão direta sobre parlamentares em seus domicílios eleitorais, com o apoio de organizações locais, para que não aprovem o substitutivo de Aldo Rebelo da forma como foi votado pela comissão especial no ano passado.

O movimento, liderado pela coalizão SOS Florestas, é formado por ONGs, entidades da sociedade civil e indivíduos contrários ao substitutivo de Rebelo, que enfraquece as leis que protegem as florestas e outras áreas naturais no país, como o Cerrado e a Caatinga. A proposta também incentiva a ocupação de áreas de risco, como encostas de morros e margens de rios, abrindo espaço para mais tragédias em centros urbanos, como enchentes e deslizamentos de terra. Na prática, essa mudança da legislação vai aumentar o desmatamento, provocando maior emissão de gases do efeito estufa e acarretando problemas no abastecimento de água nas áreas urbanas.

”Esta jornada mostra que as discussões em torno da proposta de alteração do Código Florestal não se trata de uma briga entre ruralistas e ambientalistas. A sociedade brasileira está preocupada com as consequências dessa mudança nas nossas florestas e nas nossas vidas”, afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.

Como funciona

Será lançada, no site do SOS Florestas (acesse aqui) uma plataforma online para o público aderir à iniciativa. A ferramenta disponibilizará materiais da campanha, como vídeos, cartilhas, petições e sugestões de atividades. O público-alvo são escolas, faculdades, centros comunitários e movimentos sociais.

O trabalho será feito de forma articulada com a Frente Parlamentar Ambientalista e estimulará a participação de indivíduos, descentralizando a campanha e aumentando o espaço de debate sobre o futuro das florestas e das cidades brasileiras.

Calendário de atividades

DATA – ATIVIDADE - LOCAL

5/05 – Aquecimento para Jornada nacional de mobilização –Eventos em todas as regiões do país.
11/05 – Missa ecumênica pelas florestas – São Paulo, na Catedral da Sé

12 a 21/05 – Jornada nacional de mobilização, com eventos em 24 cidades

22/05 – Grande ato no Viva a Mata – São Paulo, no Parque do Ibirapuera 25/05 Solenidade Frente Parlamentar Ambientalista – Dia da Mata Atlântica e Código Florestal, em Brasília

27/05 – Dia da Mata Atlântica – Cidades e entidades da Rede Mata Atlântica

5/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente

Para mais informações sobre como participar da mobilização e acompanhar a agenda de mobilizações acesse o site www.sosflorestas.com.br


Fonte: EPC - Empresas pelo Clima

Em defesa da Marcha da Maconha

domingo, 24 de abril de 2011

A Marcha da Maconha é um movimento já conhecido nacionalmente, principalmente pelas tentativas reiteradas de proibição que alguns governos tomaram para que a Marcha não ocorresse em suas ruas. O movimento nada mais é que uma proposição à sociedade de mudança de legislação, similar às manifestações que os policiais fazem reivindicando mudança de plano decarreira, mudança salarial etc. No caso da Marcha, a proposição é a legalização do consumo e comércio da Cannabis Sativa no Brasil. Num Estado de Direito, é legítimo e desejável que os grupos sociais defendam seus interesses (e os da sociedade) de modo pacífico.


Sempre há a justificativa da apologia ao uso, e não a apologia à reforma legislativa, durante as marchas. Nunca fui a uma Marcha da Maconha, mas tenho visto materiais de campanha e textos falando sobre suas reivindicações, e até hoje não vi algo que se assemelhe a “apologia ao uso” de drogas – nada indecentecomo as propagandas de cerveja, por exemplo. Também dizem que nessas marchas “as pessoas fazem suas reivindicações fumando droga”, e tudo acaba em algazarra. Se isso de fato ocorre, lamento muito, pois os que assim fazem deixam de lutar por uma causa profundamente relevante, para igualar a marcha a eventos como o carnaval, em que pessoas morrem em decorrência do uso drogas de todos os tipos que se pode imaginar, principalmente o álcool – apesar de ninguém nunca ter sugerido seriamente o cancelamento do carnaval.


Neste contexto, me surpreende a notícia que O Globo divulgou hoje, informando que participantes da marcha da maconha foram presos e autuados por estarem distribuindo este panfleto:



Não posso ser leviano e condenar os policiais envolvidos na ocorrência. Não sei ao certo em que contexto se deu a prisão, mas se ela decorre apenas da distribuição dos panfletos por parte dos manifestantes, ela foi injusta e desnecessária, ilegal, desrespeitosa a todos aqueles que enaltecem o direito à liberdade de expressão e o próprio Estado de Direito. Se não se pode reivindicar mudança legislativa no país, estamos fadados à manutenção do status quo, e questões como nossa PEC 300, por exemplo, caros policiais, estarão condenadas eternamente à condição desonho inatingível.


A Marcha é legal e legítima, por isso faço a defesa de sua existência, que se confunde com o meu direito de propor reformas legais. Ao mesmo tempo, sou a favor do pleito defendido na Marcha: a legalização do consumo e comércio da maconha. Só espero não ser preso por causa disso.



Por DANILO FERREIRA ao ABORDAGEM POLICIAL

Trabalhadores venezuelanos saem às ruas em apoio a Chávez

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Trabalhadores de diferentes setores e estados da Venezuela marcham nesta quinta-feira (10) até a Assembleia Nacional para defender as políticas sociais implementadas pelo presidente Hugo Chávez em seus 12 anos de governo.



Além do respaldo a benefícios como o aumento do salário mínimo e o acesso a pensões, aposentadorias, saúde e contratos coletivos, a classe operária solicitará ao Parlamento a aprovação de uma nova Lei Orgânica do Trabalho à altura do processo de mudanças em curso, informam os organizadores da marcha.

De acordo com o presidente da Federação de Trabalhadores Petroleiros de Venezuela, Will Rangel, mais de 10 mil filiados a sindicatos sairão às ruas a expressar seu compromisso com a Revolução Bolivariana.

“Vamos demonstrar nossa identificação com Chávez e os avanços destes anos”, assegurou Rangel durante uma coletiva de imprensa para reiterar a convocação.

Por sua vez, o deputado socialista Francisco Torrealba conclamou a população em general a somar-se à marcha que partirá da Praça Morelos. “O objetivo é defender o processo revolucionário, o gerenciamento do presidente Chávez e suas políticas sociais”, apontou.

A mobilização acontece menos de uma semana após uma atividade realizada por sindicatos e estudantes ligados à oposição.Torrealba considerou a marcha da semana passada uma atividade da quinta coluna e dos defensores dos patronos. “Dessa vez teremos uma verdadeira mobilização operária”, afirmou.


5º ato contra o aumento da tarifa de ônibus

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


No começo do ano, nosso "ilustríssimo" prefeito Gilberto Kassab, junto ao Secretario de Transportes resolveram aumentar a tarifa de ônibus para R$ 3,00; o dobro do que a inflação monetário propunha.

Tomada essa medida, a maioria da população continuou sua rotina normalmente, despreocupados, indiferentes, seguindo suas rotinas, vestindo seus cabrestos, impotentes politicamente, pagando qualquer que seja o preço. Esse aumento abusivo passou despercebido para a maioria dos cidadãos paulistanos que curiosamente se utilizam do transporte público em grande maioria. Lesada por um governo corrupto, a população alienana pouco se importou com os absurdos TRÊS reais cobrados por algo que é de obrigação governamental assegurado por lei.

Contudo, agindo fora do senso comum, diferentemente da grande maioria usuária das redes de transporte metropolitano, um pequeno grupo de estudantes que também se utilizam das conduções resolveram protestar contra o aumento, reuniram-se e no velho centro da cidade, cerca de 800 jovens realizaram o primeiro ato que foi duramente (covardemente, para ser sincero) repreendido pela Polícia Militar, gerando tumulto, pessoas presas e feridos por tiros de borracha a queima roupa. Diferente do que a elite burguesa pensava, a ação violenta dos pm's não acovardou o movimento, que, ainda em defesa de seu direito por transporte barato e de boa qualidade, convocou o segundo ato, agora na Avenida Paulista que repercutiu de forma mais acentuada, juntando aproximados 3 mil manifestantes. (dessa vez a passeata foi pacífica, sem covardia por parte da polícia)

Ganhando forças, o movimento chegou ao seu terceiro ato, novamente no centro velho de SP, em frente ao teatro municipal, onde um incrível numero de 4,5 mil pessoas unidas se manifestaram contra a tarifa. Era evidente que aquele número, significativo para uma passeata despertou olhares e atenções, e, no final daquele dia o Presidente da Câmara Municipal conversou com o representante do MPL (Movimento Passe Livre) e discutiu a idéia de convocar uma audiência pública com o secretário dos transportes a fim de discutir o aumento.

Na semana seguinte, houve a quarta passeata, que por sua vez se concentrou no vão livre do masp e seguiu para a prefeitura. Um número de manifestantes aproximadamente igual ao do ato anterior foi atingido, mostrando a força e a vontade do jovem de fazer mudanças no que de fato está errado.

Convocamos agora, para essa quinta-feira 10/02 todos os leitores a participar do 5º ATO CONTRA O AUMENTO DA TARIFA DE ÔNIBUS. Que se fará realizado em frente ao Teatro Municipal às 17h. Compareçam, mostremos a força da juventude, nossa sede de mudanças, nossa vontade de fazer justiça e corrigir as roubalheiras frequentes por parte de nossos tão chamados "representantes políticos". Seja a mudança que deseja ver no mundo, ainda mais agora que um aumento na tarifa das linhas de metrô também foi aprovado e validará a partir de domingo (veja aqui).


"Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem". Rosa Luxemburgo

1 milhão sem preconceito

sábado, 5 de fevereiro de 2011




Faça parte da campanha para mostrar que juntos, somos mais fortes que o preconceito.

A meta:
Reunir um milhão de seguidores para o Thiago, voluntário do Grupo Vhiver, uma ONG que cuida de HIV positivos e é reconhecida pelo UNICEF.

É pensar grande?
Talvez. Mas talvez seja apenas pensar do tamanho que a causa merece.

A lógica é simples: você ajuda seguindo o Thiago no twitter @thiagovhiver. O Thiago ajuda o Grupo Vhiver, que passa por dificuldades financeiras, a conseguir mais visibilidade e recursos. E o Grupo Vhiver continua ajudando os soropositivos com apoio psicológico, alimentação e assistência básica.

Saiba mais do projeto acessando www.1milhaosempreconceito.com.br

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Segue abaixo, o vídeo da campanha:






A história da água engarrafada

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011




Video: The Story of Bottled Water
Ano: 2010
Legenda: Português
Duração: 8:04 min
Escrito por Annie Leonard, Jonah Sachs, Louis Fox
Produzido por Free Range Studios
Dirigido por Louis Fox
Traduzido por Guilherme Machado, Michèle Sato e Patrícia Fish

Um ótimo vídeo de conscientização social e ecológica, que alerta a população em relação às estratégias das grandes corporações para lucrar dinheiro, mesmo nas coisas mais simples e essenciais, como a água. Através dessa história será possível entender uma grande mensagem de responsabilidade ambiental para combater a incessante busca predatória das empresas por lucro e dominação de mercado.



Não haverá vencedores

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


MARCELO FREIXO



Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública do Rio terá de passar pela garantia dos direitos dos cidadãos da favela




Dezenas de jovens pobres, negros, armados de fuzis, marcham em fuga, pelo meio do mato. Não se trata de uma marcha revolucionária, como a cena poderia sugerir em outro tempo e lugar.


Eles estão com armas nas mãos e as cabeças vazias. Não defendem ideologia. Não disputam o Estado. Não há sequer expectativa de vida.


Só conhecem a barbárie. A maioria não concluiu o ensino fundamental e sabe que vai morrer ou ser presa.


As imagens aéreas na TV, em tempo real, são terríveis: exibem pessoas que tanto podem matar como se tornar cadáveres a qualquer hora. A cena ocorre após a chegada das forças policiais do Estado à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.


O ideal seria uma rendição, mas isso é difícil de acontecer. O risco de um banho de sangue, sim, é real, porque prevalece na segurança pública a lógica da guerra. O Estado cumpre, assim, o seu papel tradicional. Mas, ao final, não costuma haver vencedores.


Esse modelo de enfrentamento não parece eficaz. Prova disso é que, não faz tanto tempo assim, nesta mesma gestão do governo estadual, em 2007, no próprio Complexo do Alemão, a polícia entrou e matou 19. E eis que, agora, a polícia vê a necessidade de entrar na mesma favela de novo.


Tem sido assim no Brasil há tempos. Essa lógica da guerra prevalece no Brasil desde Canudos. E nunca proporcionou segurança de fato. Novas crises virão. E novas mortes. Até quando? Não vai ser um Dia D como esse agora anunciado que vai garantir a paz. Essa analogia à data histórica da 2ª Guerra Mundial não passa de fraude midiática.


Essa crise se explica, em parte, por uma concepção do papel da polícia que envolve o confronto armado com os bandos do varejo das drogas. Isso nunca vai acabar com o tráfico. Este existe em todo lugar, no mundo inteiro. E quem leva drogas e armas às favelas?


É preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras, aeroportos clandestinos. O lucrativo negócio das armas e drogas é máfia internacional. Ingenuidade acreditar que confrontos armados nas favelas podem acabar com o crime organizado. Ter a polícia que mais mata e que mais morre no mundo não resolve.


Falta vontade política para valorizar e preparar os policiais para enfrentar o crime onde o crime se organiza -onde há poder e dinheiro. E, na origem da crise, há ainda a desigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo no zoom das câmeras de TV. Mas são os homens armados em fuga e o aparato bélico do Estado os protagonistas do impressionante espetáculo, em narrativa estruturada pelo viés maniqueísta da eterna “guerra” entre o bem e o mal.


Como o “inimigo” mora na favela, são seus moradores que sofrem os efeitos colaterais da “guerra”, enquanto a crise parece não afetar tanto assim a vida na zona sul, onde a ação da polícia se traduziu no aumento do policiamento preventivo. A violência é desigual.


É preciso construir mais do que só a solução tópica de uma crise episódica. Nem nas UPPs se providenciou ainda algo além da ação policial. Falta saúde, creche, escola, assistência social, lazer.


O poder público não recolhe o lixo nas áreas em que a polícia é instrumento de apartheid. Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública terá de passar pela garantia dos direitos básicos dos cidadãos da favela.


Da população das favelas, 99% são pessoas honestas que saem todo dia para trabalhar na fábrica, na rua, na nossa casa, para produzir trabalho, arte e vida. E essa gente -com as suas comunidades tornadas em praças de “guerra”- não consegue exercer sequer o direito de dormir em paz.


Quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no Judiciário…



MARCELO FREIXO, professor de história, deputado estadual (PSOL-RJ), é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

retirado do blog do Juca

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O texto de Marcelo nada mais é do que a realidade, nua e crua. E toda essa problemática nos volta para a incapacidade, ou a falta de vontade, do governo de resolver tudo isso. As dificuldades que essas pessoas passam hoje, a necessidade (de algumas) de se aliar às milícias a fim de sobreviver, e a aceitação da população das comunidades ao tráfico são reflexos diretos do sistema corrupto e sujo em que vivemos, reflexos de um passado de exploração e colonização que deixou profundas marcas sociais no Brasil.


RATM, Tom Morello e Roger do Ultraje a Rigor.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Recebi o link de uma matéria muito boa, escrita e postada no blog do Marcel Bittencourt. O texto, escrito pelo próprio Marcel, retrata a posição política que Tom Morello se colocou diante do quadro eleitoral brasileiro, e a represália sofrida por Roger da banda Ultraje a Rigor. Recomendo a visita/leitura do blog, além dessa, muitas outras postagens excelentes.

Segue a matéria:

Rage Against The Machine, Tom Morello, Roger do Ultraje, Socialismo e Coerência.

"Na ultima semana houve muita polêmica envolvendo o Rage Against the Machine e o Brasil. Começou com uma reportagem da Globo onde o repórter perguntou sobre o fato de a banda só viajar de primeira classe. A pergunta foi polemista, intencional, e, na minha opinião, infundada. Na seqüência explico o porquê.

Em sua passagem pelo Brasil, a banda se encontrou com pessoas do MST, movimento que tem o apoio declarado da banda.

Ontem, através do Twitter o guitarrista Tom Morello declarou apoio à candidata Dilma Rouseff, do PT, definindo-a como “candidata dos pobres, da classe trabalhadora e dos jovens”. No mesmo dia, veio uma reação extremamente imprevisível e agressiva de Roger da Rocha Moreira, do Ultraje à Rigor, que respondeu “What the fuck you know, you asshole?” (algo como “que porra tu sabe ô cuzão?”).

Hoje Morello reafirmou sua posição dizendo “O Brasil está aprendendo o que os outros sabem há anos: Rage não é apenas uma banda para bater cabeça, também temos ideias. Apoio Dilma Rousseff e o MST, convivam com isto!”

Ok. Diante de todas essas informações, aqui vai minha opinião:

O Rage Against the Machine sempre foi uma banda políticamente engajada. Quem conhece a história do Rage Against the Machine sabe que sempre foram uma banda bastante ligada aos movimentos revolucionários. A estrela vermelha (um dos símbolos do comunismo) sempre esteve presente no material gráfico e nos shows da banda (como pode ser visto no SWU). A banda relmente sempre levou a mensagem de que uma revolução é necessária para que tenhamos um mundo mais igualitario e socialmente responsável. Tom Morello é declaradamente socialista e nada mais coerente a se esperar de um socialista do que apoio à um movimento que luta pela reforma agrária em um país continental que NUNCA se preocupou em estabelecer uma política nesse sentido.

Quanto ao apoio à Dilma, não se trata de petismo. Trata-se do olhar do cara sobre as políticas que cada um representa. Um socialista pode apoiar o não Dilma e o PT. Um socialista nunca apoiaria o Serra e o PSDB. Opinião pessoal. Uma coisa que hoje em dia está muito difícil respeitar. Coisa que, aliás, demonstrou o Roger.

Sempre fui fã do Roger. E do Ultraje. Roger foi um dos primeiros caras que segui no Twitter. Sempre achei um cara inteligente e sagaz. Até ontem. A atitude dele de simplesmente ofender diante de um posicionamento político diferente do seu foi, como bem definiu meu irmão Murilo, “atitude de moleque”. Feio.

Outro amigo meu defendeu fortemente a idéia de que Morello como estrangeiro não pode tecer opiniões desse tipo e que isso seria entrar na casa dos outros cagando ditando regras. Entendo o posicionamento, mas discordo. Acho que o fato de não morarmos em um país não nos impossibilita de criticar quando discordamos de algo. O exemplo Estados Unidos x Iraque ilustra perfeitamente isso. Acho que o Rage Against na posição de uma grande banda tem sim o direito de dar sua opinião e tentar fazer sua parte seja qual for a questão.

Mas isso não é nada. Tem uma coisa que está me incomodando mais que tudo nessa história toda.

Estou vendo muita gente (como, por exemplo, o repórter que entrevistou a banda) usar o argumento de que o Rage Against the Machine não tem o direito de posicionar assim ou nem mesmo de defender o socialismo pelo fato de serem RICOS.

Pelo amor de Deus. Desde quando a pessoa que ficou rica não pode querer um mundo melhor? Ou um mundo com mais igualdade? Ou um sistema socialista? Mesmo que fosse muito rico eu ia querer um mundo mais igualitário por um motivo simples: Não me preocupo só comigo. E é assim que, provavelmente, o Rage Against the Machine pensa.

Se determinada pessoa é rica, bom pra ela que pode aproveitar sua riqueza. Doar esse dinheiro não vai mudar o problema central, que é o sistema. Mesmo que se faça muita caridade o sistema vai continuar alimentando a desigualdade. Seria paleativo. As pessoas deveriam entender que o socialismo não prega a pobreza, e sim a igualdade. Quem faz voto de pobreza é monge.

A única certeza nisso tudo é que eu sou, cada vez mais, fã do Rage Against the Machine."



http://eraoquetinha.wordpress.com/2010/10/16/rage-against-the-machine-tom-morello-roger-do-ultrage-socialismo-e-coerencia/

Agradecimento a dica do Thales.

Assine! Plebiscito Popular! Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra

segunda-feira, 6 de setembro de 2010


O Brasil é o segundo país no mundo que mais concentra terras, perde apenas para o Paraguai.As pequenas propriedades de Terra representam menos de 3% da área ocupada pelos estabelecimentos rurais, enquanto as grandes propriedades concentram mais de 43% da área.

Ao mesmo tempo as pequenas propriedades são responsáveis por mais de 70% da produção de alimentos no país.
O país também aparece no cenário Latino Americano com o terceiro pior índice de desigualdade social em toda a região, de acordo com os dados divulgados, em julho deste ano, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)

Site Oficial

Abaixo Assinado (Participe!)


fonte: DocVerdade

O Time que preferiu Morrer a Perder

terça-feira, 13 de julho de 2010

Partida da Morte


A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40. Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo.

Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.

Tudo começou em 19 de setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo. A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência. Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido goleiro do Dinamo.

Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dinamo. Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato se deu conta de que era seu ídolo: o gigante Trusevich.

Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o goleiro para que trabalhasse em sua padaria. Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo goleiro, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto. Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe.

Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma idéia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas. Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores.

O arqueiro percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo. Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra. Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou. Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma equipe completa.

Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados por seu protetor, voltar a jogar. Era, além de escapar dos nazistas, a única que bem sabiam fazer. Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores.
Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe. Assim nasceu o FC Start, que através de contatos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.

Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida. Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2. Seu seguinte rival foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2. Depois meteram 11 gols numa equipa romena. A coisa ficou séria quando em 17 de julho enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 a 2. Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles. Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tarde, ganhou de 3 a 2 na revanche.

Em seis de agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande time, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler. Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas. A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de esportividade dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.

Depois dessa escandalosa queda do time de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro. Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso. Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã.



A superioridade da raça ariana, em particular no esporte, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos. Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar o time em um jogo.

Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de agosto, no repleto estádio Zenit. Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:

- "Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado", exigindo que eles fizessem a saudação nazista.


Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: - "Heil Hitler!", gritaram - "Fizculthura!", uma expressão soviética que proclamava a cultura física.

Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro gol, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.

Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:

- "Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo". Ameaçou um outro oficial da SS. Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo. Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.

Deram um verdadeiro baile nos nazistas. E no final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão. Deu lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo. Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total. O estádio veio abaixo.

Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido. Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0. Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria.

O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro. Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz. Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o arqueiro Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start. Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em novembro de 1943. O resto da equipe foi torturada até a morte.

Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev. Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se atualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.

Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin. Ali figuram os nomes dos jogadores.

Na Ucrânia, os jogadores do FC Start hoje são heróis da pátria e seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios. No estádio Zenit uma placa diz "Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista".

Valete: Anti-Herói

segunda-feira, 28 de junho de 2010


Valete é um rapper português nascido em Lisboa, Portugal no dia 14 de Novembro de 1981. Desde cedo criou as suas opiniões políticas, influenciado por um professor de Filosofia. Chegou mesmo a pertencer à Juventude Comunista Portuguesa, mas acabou por desistir pouco tempo depois. Começou a ouvir rap no ano de 1991 mas foi a partir de 1995 que passou a encarar a música de forma mais profunda, tendo como principais referencias artistas como Nas, KRS-One ou Racionais MC's.

O nome "Valete" surgiu após ter visto num documentário de ilusionismo a ideia mítica de que a carta Valete, utilizada em truques de ilusionismo, não permitia que o truque resultasse. Se dedicou aos estudos e se formou em Ciências da Comunicação, já lançou dois álbuns: Educação Visual (2002) e Serviço Público (2006), e um terceiro álbum chega agora em outubro de 2010 (Homo Libero).

Em suas músicas, Valete mostra-se extremamente contra políticas neo-liberais, e favorável à esquerda política.

Hoje, ele divide seu tempo entre uma carreira profissional como empregado no departamento comercial de uma empresa de recursos hídricos e a gestão de uma panificadora, que em 2007 abriu em São Tomé e Príncipe.


Abaixo o clipe oficial com legendas da música do álbum Serviço Público (2006) chamada Anti-Herói:




Letra da música

Invasão da UDESC pela polícia.

domingo, 13 de junho de 2010


NOTA DE REPÚDIO À INVASÃO DA UDESC PELA POLÍCIA

Na noite de 31 de maio, frente a uma manifestação de estudantes na entrada principal do campus da UDESC no Itacorubi, contrária ao aumento das tarifas de ônibus urbanos na capital, uma ação da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Newton Ramlow, resultou na agressão, no espancamento e na detenção de pessoas, com invasão do campus da UDESC.

Apesar da alegação de “garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos”, o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veiculos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.

Este lamentável acontecimento foi presenciado por vários professores, que tentaram inutilmente mediar a situação, cujas consequências podiam ser visualizadas no terror dos estudantes acuados, temerosos diante da truculência dos policiais envolvidos.

A ADFAED - Associação dos Docentes da FAED e a APRUDESC – Associação dos Professores da UDESC consideram que o acontecido envolveu uma dupla violência: contra os manifestantes e seus direitos de livre expressão e associação, e contra a Universidade, cujo dever é justamente o de promover o debate, a reflexão, a crítica e o respeito aos direitos civis.

Repudiamos, portanto, a invasão do campus da UDESC pela polícia militar bem como as agressões cometidas contra os estudantes, e exigimos que as autoridades competentes atentem a seus deveres constitucionais, como requer um Estado democrático e de direito.

Ilha de Santa catarina, 1 de junho de 2010

ADFAED e APRUDESC

Abaixo, o vídeo gravada por uma estudante da invasão da polícia à UDESC:

7 crianças que fizeram diferença no mundo.

sábado, 12 de junho de 2010



7 - Anne Frank (1929 - 1945)

Annelies Marie Anne Frank era uma menina Alemã nascida judia na cidade de Frankfurt. Ela ganhou fama internacional após a publicação póstuma de seu diário onde contava suas experiências durante a ocupação alemã da Holanda na Segunda Guerra Mundial.
Anne e sua família mudou-se para Amesterdã em 1933, depois que os nazistas ganharam poder na Alemanha, e foram presos pela ocupação da Holanda, que começou em 1940. As perseguições contra a população judaica aumentou, a família se escondeu em julho de 1942 em quartos ocultos no escritório de seu pai, Otto Frank . Depois de dois anos, o grupo foi traído e transportados para campos de concentração. Sete meses após sua prisão, Anne Frank morreu de tifo em Bergen-Belsen, no dia da morte de sua irmã, Margot Frank. Seu pai, Otto, o único sobrevivente do grupo, retornou a Amsterdã, depois da guerra para descobrir que seu diário tinha sido salvo, e seus esforços levaram à sua publicação em 1947. Foi traduzido do original holandês e publicado pela primeira vez em Inglês em 1952 como O Diário de uma jovem. Anne Frank foi reconhecida pela qualidade de sua escrita, e se tornou uma das mais conhecidas e discutidas de vítimas do Holocausto.

Samantha Reed Smith foi uma estudante americana de Manchester, Maine, que se tornou famosa durante a Guerra Fria. Em novembro de 1982, quando Smith tinha 10 anos, ela escreveu ao líder soviético Yuri Andropov, buscando entender por que as relações entre a União Soviética e os Estados Unidos foram tão tensas. Sua carta foi publicada no jornal soviético Pravda. Samantha ficou feliz ao descobrir que sua carta tinha sido publicada, no entanto, ela não tinha recebido uma resposta. Ela então enviou uma carta ao embaixador da União Soviética para os Estados Unidos, perguntando se o Sr. Andropov não responde as cartas que recebe. Em 26 de abril de 1983, ela recebeu uma resposta do Andropov.
Smith atraiu a atenção da mídia extensiva em ambos os países como um "Embaixador de Boa Vontade", e ficou conhecido como "America's Youngest embaixador" que participam em ações de restabelecimento da paz no Japão. Ela escreveu um livro e co-estrelou uma série de televisão, antes de sua morte aos 13 anos em um acidente de avião .

Hector Pieterson (1964 - 16 de junho de 1976) se tornou um símbolo da revolta de Soweto na África do Sul do apartheid, quando uma fotografia de Hector sendo transportada por um colega, foi publicada em todo o mundo. Ele foi morto com a idade de 12, quando a polícia abriu fogo contra estudantes que protestavam em 16 de junho de 1976. Ficou como um símbolo de resistência à brutalidade do governo do apartheid. Hoje, é conhecido como Dia Nacional da Juventude - um dia em que os sul-africanos honra jovens e chamam a atenção para as suas necessidades.
Em 16 de junho de 2002, o Hector Pieterson Memorial e Museu foi aberto perto do lugar que ele foi baleado em Orlando West, em homenagem ao menino e os que morreram em todo o país no levantamento de 1976.

Iqbal Masih foi um menino paquistanês que foi vendido para uma indústria do tapete como um escravo na idade de 4 anos. Iqbal trabalhava com uma corda a um tapete tear em uma pequena cidade chamada Muridke perto de Lahore. Ele trabalhava doze horas por dia. Devido às longas horas de trabalho e a falta de alimentos e cuidados, Iqbal foi subdimensionado. Aos doze anos de idade, Iqbal era do tamanho de um menino de seis anos de idade. Na idade de 10, ele escapou da escravidão brutal e mais tarde se juntou a um Bonded Labor Liberation Front do Paquistão para ajudar a parar o trabalho infantil em todo o mundo, e Iqbal ajudou mais de 3.000 crianças paquistanesas que estavam em trabalho forçado. Iqbal deu palestras sobre o trabalho infantil em todo o mundo.
Ele foi assassinado no domingo de Páscoa de 1995. Assume-se por muitos de que ele foi assassinado por membros da "Máfia do tapete" por causa da publicidade que ele trouxe para a indústria do trabalho infantil. Alguns moradores foram acusados do crime, no entanto.
Em 1994, Iqbal foi agraciado com o Prêmio Reebok de Direitos Humanos. Em 2000, quando The World's Children's Prize para os Direitos da Criança foi criado, ele foi postumamente agraciado com este prêmio como um dos festejados em primeiro lugar.

Nkosi, nascido Xolani Nkosi, nasceu em Nonthlanthla Daphne Nkosi, um município a leste de Joanesburgo, em 1989. Ele nunca conheceu seu pai. Nkosi era soropositivo desde o nascimento, e foi legalmente adotado por Gail Johnson, uma profissional de Relações Públicas de Joanesburgo, quando sua própria mãe, debilitado pela doença, já não era capaz de cuidar dele. O jovem Nkosi Johnson primeiro veio a público em 1997, quando uma escola primária no subúrbio de Joanesburgo Melville se recusou a aceitá-lo como um aluno por causa de seu status de HIV-positivos. O incidente causou um furor ao mais alto nível político da África do Sul, que proíbe a discriminação em razão do estado de saúde e mais tarde a escola voltou atrás em sua decisão.
Nkosi foi o orador principal na 13th International AIDS Conference, onde incentivou a vítimas da Aids falar abertamente sobre a doença e buscar a igualdade de tratamento. Nkosi terminou seu discurso com as palavras.
"Cuidado para nós e nos aceitar - somos todos seres humanos. Somos normais. Temos as mãos. Temos os pés. Podemos ir a pé, podemos falar, temos necessidades como todos os outros - não tenham medo de nós - somos todos iguais! "
Ele se tornou um ícone da luta pela vida."
Junto com sua mãe adotiva, Nkosi fundou um refúgio para as mães HIV positivo e seus filhos, Nkosi's Haven, em Joanesburgo. Em Novembro de 2005, Gail representado Nkosi, quando ele recebeu postumamente a Paz Internacional da Criança prêmio das mãos de Mikhail Gorbachev. Nkosi's Haven recebeu dos E.U. um prêmio em dinheiro $ 100.000 da Fundação KidsRights, bem como uma estatueta, que foi nomeado em honra a Nkosi Nkosi Johnson.A vida de Nkosi é o tema do livro We Are All the Same por Jim Wooten.

Na idade de cinco anos, ele foi tirado de seus pais e por três anos trabalhou no campo. Depois que ele foi resgatado por ativistas de Bachpan Bachao Andolan, Om luta pela educação gratuita em sua terra natal. Em seguida, ele ajudou a criar uma rede que são conhecidas como aldeias "para crianças", lugares onde os direitos das crianças sejam respeitados e do trabalho infantil não é permitido. Ele também estabeleceu uma rede que visa dar a todas as crianças, uma certidão de nascimento como uma forma de ajudar a protegê-los da exploração. Ele diz que esse registo é o primeiro passo para a consagração dos direitos da criança, comprovando a sua idade, e ajudando a protegê-los da escravidão, o tráfico, o casamento forçado ou servir como crianças-soldados.
Ele foi premiado com a Paz Internacional da Criança Prêmio Sul Africano pelo ex-presidente FW de Klerk, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993.

Em 1999, quando tinha apenas oito anos de idade, sua escola foi fechada porque não havia professores. Thandiwe se recusou a aceitar isso e levou 60 outras crianças a pé para encontrar outra escola. Como resultado, todas as crianças foram levadas para o Cecup Jack School. Fortalecidos por esta conquista, Thandiwe vem lutando desde então para o direito à educação para todas as crianças. Thandiwe continua a impressionar, por exemplo, falando na igreja sobre crianças e aids - uma questão nem sempre facilmente discutidas nas igrejas. Com um amigo, ela escreveu e ilustrou um livro chamado "O Frango com AIDS", dizendo crianças jovens sobre os perigos da AIDS.
"É muito importante saber que uma criança também tem direitos. Na escola eu aprendi sobre direitos humanos. E então eu sabia que isso era algo que eu queria lutar. Porque se as crianças têm a oportunidade, eles com certeza podem contribuir para tornar este mundo um lugar melhor. "- Thandiwe Chama


Também conhecido como Kim Phúc (nascida em 1963), é embaixatriz da Boa Vontade da UNESCO. Entretanto, é conhecida como a garota que apareceu numa foto da Guerra do Vietnã.
Ela possuia cerca de nove anos na época da imagem, em que fugia de seu povoado, que estava sofrendo um bombardeiro de napalm. Até hoje, esta imagem, tirada em 8 de junho de 1972, é lembrada como uma das mais terríveis da Guerra do Vietnã. A fotografia foi tirada por Huynh Cong Ut da agência Associated Press e recebeu o Prêmio Pulitzer de 1973.
Hoje, Kim Phuc é Embaixatriz da Boa Vontade da UNESCO. Reside no Canadá e possui dois filhos.


Adaptado e Baseado na matéria do blog: Curiosa e Desocupada
 

2009 ·Axis of Justice by TNB