Os ideais totalitários e a propaganda nazi-fascista na sociedade atual.

Sabe-se que a longo prazo, desde os tempos mais antigos da história antrópica o pensamento igualitário nunca foi bem visto. É uma fraqueza humana a busca pelo poder centralizador e a dominação em massa. Mas como tais pensamentos retrógrados se mantêm vivos na nossa sociedade?

O controle totalitário seja ele monarca ou religioso consegue calar as massas e persuadi-las a seguirem seus ideais, foi assim na Idade Média, e assim foi nas décadas de 20 e 40 do séc XX. Fatores sócio-econômicos levaram a população a considerar o Nazismo e o Fascismo como suas únicas opções.

E ainda hoje, devido às desigualdades gritantes em todos os setores formadores da nação, jovens que se vêem prejudicados, reprimidos, asfixiados pelo enorme contingente de desempregados e famintos tomam tais ideais autoritários como sua solução definitiva para o problema. E dessa forma surgem gangues como: Carecas do Subúrbio, Carecas do ABC e os White Power. Movidos pelo ódio às minorias, elas empregam a violência como chave para a ordem nacional.

Com certos ideais que diferem, mas com maioridade nos aspectos em comum, essas gangues possuem um profundo pensamento nacionalista, utilizam-se da violência como forma de defesa e afirmação e segregam brutalmente homossexuais, drogados e alcoólatras. Ao avaliar tais traços, é possível estabelecer um parâmetro entre o fascismo de Mussolini durante a Segunda Grande Guerra. Porém, em contrapartida, os White Power, com um pensamento que vai além, adotam uma postura que, como dita em seu próprio nome, promove a força e o domínio da Raça Ariana. Eles são neonazistas que repudiam judeus, negros e nordestinos, defendem a separação do sul/sudeste do país e tem a suástica de Hitler como seu símbolo.

Tanto o Nazismo quanto o Fascismo consideravam a democracia o "regime dos fracos", talvez seja por isso que tais gangues adotem essas ideias para si, por perceberem o sistema falho e corrupto que nos cerca, talvez, por considerarem o autoritarismo como única solução para um progresso nacional que unificasse o povo (que se encaixasse dentro dos parâmetros ditos acima) e potencializasse o país.

Quem sabe se um dia o Brasil funcionar de forma honesta, dando os direitos dos cidadãos para então cobrar seus deveres, usar uma jurisdição imparcial exercida por profissionais inegociáveis, tais idéias não se façam mais necessárias e um pensamento em prol da violência e do autoritarismo seja trocado por um igualitário, racional que desfaça as minorias e nivele os homens ao que realmente são: iguais e livres.