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Ministro alemão defende posição brasileira sobre Irã e pede desarmamento nuclear

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Alemanha concorda com a posição brasileira em relalção ao Irã, baseada no princípio de que o sucesso das negociações de não-proliferação nuclear depende também de movimentos de desarmamento dos países que têm armas atômicas.

Em entrevista coletiva hoje (10) em Brasília com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o ministro do Exterior alemão, Guido Westerwelle, disse que a questão do desarmamento nuclear foi um principais temas da sua conversa mais cedo com Amorim.

“Há um elevadíssimo grau de concordância entre Brasil e Alemanha nessa área, e o desarmamento nuclear depende muito de movimentos das potências nucleares. Sem dúvida é difícil, mas uma maratona começa com o primeiro passo. Temos que continuar negociando nesse sentido”, disse o ministro alemão.

ABr

Ministro alemão concorda que países nucleares devem se desarmar, mas defende sanções contra o Irã

A declaração dada por Westerwelle veio três meses depois de fala semelhante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel. Em visita a Berlim no início de dezembro, Lula disse que "o melhor é não haver armas nucleares no Irã e em nenhum país do mundo, e que os Estados Unidos e a Rússia desativem as suas. A autoridade moral para pedir aos outros para não terem é a gente também não ter”.

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Na época, a declaração de Lula sofreu várias críticas por parte da oposição e da imprensa brasileiras.

Ficou entre eles, porém, a divergência em relação às sanções ao Irã por conta do programa nuclear do país asiático. Enquanto Amorim repetiu a posição brasileira de que ainda é possível negociar e que a punições atrapalham o processo, Westerwelle defendeu as sanções.

“O Irã tem o direito a ter um programa nuclear para fins pacíficos, mas eles também têm a obrigação de demonstrar isso claramente", argumentou o ministro alemão. "Há dois anos, estamos negociando e sentimos que a nossa mão estendida não está sendo retribuída pelo governo iraniano”.

A postura da Alemanha nesse ponto foi muito próxima da defendida na semana passada pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, também em visita a Brasília.

Questão palestina

Já outro ponto de convergência foi a condenação conjunta à retomada da construção de casas nas colônias judaicas em Jerusalém Oriental e em territórios palestinos, justamente no instante em que os dois lados concordaram em retomar negociações mediadas pelos Estados Unidos.

“A decisão de aumentar o colonato é o movimento errado, no momento errado, e concordamos inteiramente com o com Brasil nessa questão", disse Westerwelle. "Queremos muito que o processo de paz entre israelenses e palestinos seja retomado, e isso passa pelo congelamento das construções. Trata-se de uma posição defendida pela maioria da comunidade internacional”.

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“Fica muito mais difícil manter a negociação", disse Amorim. "Sabemos que o presidente Shimon Peres quer a paz, mas parece que há gente que não quer a paz e, assim, as coisas não andam”, acrescentou, lembrando que os EUA e a ONU (Organização das Nações Unidas) igualmente condenaram o anúncio de Israel.

Acordo UE-Mercosul

Os ministros também falaram sobre a retomada das negociações de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. As negociações ficaram paradas por mais de dois anos, mas negociadores dos dois blocos voltaram a conversar há alguns meses. O ministro brasileiro disse acreditar na possibilidade de um esboço do acordo ainda em 2010. Para ele, o tema ganha importância ainda maior com a paralisia da Rodada de Doha, da OMC (Organização Mundial do Comércio).

“Acho que é possível negociarmos um bom acordo com acesso a mercados, desde que seja equilibrado. Discutimos muito sobre isso, ambos temos muito interesse nesse acordo, temos muito a ganhar”, afirmou Amorim.

Já Westerwelle foi mais otimista, dizendo acreditar na possibilidade de se fechar um acordo ainda este ano. “Estou contente por ter um colega tão competente e que quer a conclusão de um acordo em breve, talvez até o final do ano. Não há garantias, mas há muita boa vontade”, disse.


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