Haiti, Chile e agora México. O terceiro grande terremoto do ano no continente americano, registrado ontem (4) na região mexicana de Baixa Califórnia, deixou até o momento dois mortos e ao menos 100 feridos. A magnitude do tremor, inicialmente identificada como 6,9 graus na escala Richter, foi elevada posteriormente para 7,2 pelo Centro de Controle Geológico americano (USGS, na sigla em inglês). O forte abalo pôde ser sentido nas cidades norte-americanas de Los Angeles e Palm Springs, no estado da Califórnia e reacendeu temores de que um terremoto de proporções inimagináveis, chamado de “Big One”, estaria para acontecer.
"Estava no deserto e o senti perfeitamente”, afirmou à AFP Matt Diaz, policial em Riverside, oeste de Los Angeles. Em San Diego, uma congregação de religiosos reunida para as celebrações no domingo de Páscoa na igreja luterana correu para as ruas na hora do tremor.
Mexicanos filmam objetos tremendo em Mexicali:
Em Los Angeles, somente uma mulher ficou presa no elevador de um arranha-céu, no oeste da capital do estado da Califórnia, segundo os bombeiros. Cerca de três mil residências ficaram no escuro nos condados de Orange e San Diego, informou Jennifer Ramp, porta-voz do San Diego & Gas Electric.
Os californianos são alvo de cerca de 15 mil abalos sísmicos por ano, a maioria muito fraca. Contudo, a população sempre está a espera do "Big One", que de acordo com certos geólogos, tem 70% de possibilidades de acontecer nos 30 próximos anos.
Os peritos acreditam que, a cada 150 anos, acontecem importantes movimentos na parte do sul da falha de San Andreas, que atravessa todo o estado. Dessa maneira, os dois últimos grandes tremores de terra na Califórnia aconteceram exatamente há 150 anos (El Tejon, 1857) e 101 anos (São Francisco, 1906), com grau 8 na escala Richter.
Tremor era esperado
De acordo com Luis Mendoza, do departamento de sismologia do Centro de Investigação Científica e Estudos Superiores de Ensenada (CICESE), na Baixa Califórnia, o terremoto de ontem era um evento esperado pelos estudiosos. “Devido às movimentações na falha ao sudeste de Mexicali, a 350 quilômetros de Tijuana, que são frequentes, registramos diversas réplicas”, comentou ao jornal mexicano El Universal.
A região da Baixa Califórnia, em especial as cidades de Mexicali e Tijuana, é considerada uma zona sísmica por se encontrar rodeadas por falhas geológicas importantes, explicou Mendoza, “por isso, sempre se espera que aconteça um sismo de magnitude considerável”.
Efe
Estrada destruída pelo terremoto em Mexicali, Baixa Califórnia
A capital do estado de Baixa Califórnia, Mexicali, foi a mais atingida. De acordo com informações do governo, há várias avenidas e estradas destruídas e a energia elétrica permanece cortada. Alguns edifícios em Mexicali pareciam ter danos estruturais e muitos tinham rachaduras no assoalho, paredes e janelas quebradas, embora nenhum grande prédio tenha desabado.
Um terminal de importação de gás natural liquefeito operado pela Sempara Energy ao sul de Tijuana não foi danificado pelo tremor, disse uma porta-voz da empresa.
fonte: Opera Mundi
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