A filosofia tem de admitir que não é nela, mas sim na vida, que o homem deve encontrar as suas maiores satisfações; não na biblioteca ou na cela monástica[1], mas na satisfação dos seus instintos mais antigos. A felicidade é inconsciente; só nos bafeja quando somos naturais; se nos detemos a analisá-la, desaparece, porque não é natural determo-nos a analisar uma coisa. Se o intelecto contribui para a felicidade não o faz como fonte primária, mas sim como meio de coordenação, como instrumento harmonizador dos desejos. Neste sentido o intelecto pode ser um precioso auxiliar; e de contrário de nada valeria realizarmos todos os nossos fins, porque os desejos cancelar-se-iam uns aos outros, dando como resultado uma triste futilidade.
[1] monástica: ato de abdicar os objetos comuns da vida cotidiana para praticar religião. Ser isolado.
Will Durant, em "Filosofia da Vida"
1 comentários:
A filosofia não é apenas estudo, e não se detem apenas em analisar a felicidade. Os filósofos são pessoas que tem amor pelo conhecimento, e sempre buscam ter mais conhecimento para alcançar a sabedoria, sabedoria essa que pode te indicar caminhos para uma vida de plena felicidade.
18 de fevereiro de 2010 às 21:31Postar um comentário