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Ajuda capitalista.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Neste terremoto no Haiti, assim como no furacão Katrina,
o capitalismo mostra a sua verdadeira face.

Como foi com o HIV, terrível flagelo da humanidade, simplesmente espalhou-se pelo mundo inteiro. E seria também o caso da gripe aviária e gripe suína, se estas gripes fossem reais e mortíferas. Teriam varrido a humanidade do planeta.
O capitalismo não resolve os problemas da humanidade, nem problemas ambientais. Pois fazer essas coisas significa despesas. E o objetivo do capital é o lucro, não despesas.

Morreram 250.000 pessoas neste terremoto. Predominantemente gente pobre, de pouquíssimas posses já antes do desastre. Centenas de milhares de sobreviventes estão morrendo por falta de atendimento médico, de sede, de fome e por falta de abrigo. E muitos morrerão ainda na miséria acentuada pelo desastre, doenças causadas por subnutrição, água contaminada, falta de saneamento, falta de coleta de lixo etc.
O capitalismo pode resolver isso? De jeito nenhum!
Gente que não tem posses nem dinheiro é nulidade para o capital. Zero à esquerda.


Se com a "ajuda" dos militares e armas da ONU os problemas no Haiti não foram resolvidos, em todos estes anos que o Brasil está naquele país, o que esperar agora da "ajuda" prestada por 16.000 militares estadunidenses com seus vasos de guerra, aviões militares e armamento?
A solução capitalista para resolver catástrofes é enviar militares armados. Para que os flagelados não se atrevam a pensar em algum outro sistema, na tentativa de resolver seus problemas. Problemas que o capitalismo não resolve.

Resta aos sobreviventes a ajuda humanitária. Que está sendo preterida pela prioritária "segurança" da cidade e do país. Mais do mesmo, como quando do furacão Katrina que devastou Nova Orleans em 2005.
Os haitianos dependem de caridade. Caridade sempre é uma gota d'água no oceano das necessidades. Mais para inglês ver e para ser noticiada, que qualquer outra coisa. Ajuda mesmo, muito pouco. Pois ajudar é despesa, ajudar é contrário ao capitalismo.
Infelizmente agora, o terremoto no Haiti já não é mais notícia. Como se o problema estivesse resolvido. E com isso, a já insuficiente ajuda, vai secar rapidamente.

Estamos tão vulneráveis a desastres naturais, quanto há centenas de milhares de anos, quando ainda grunhíamos, feito bichos. Apesar da imensa tecnologia disponível atualmente, no capitalismo é cada um por si e ninguém por todos.
Os "enchentados" de São Paulo, que o digam. O problema é de cada um. Kassab recebeu à cassetete os manifestantes que reclamavam providências para prevenir inundações. Dragar o Tietê é despesa, não gera lucro, é anticapitalismo fazer isso.
São Pedro leva a culpa.

Mas poderia ser diferente. Em 2008 o furacão Gustav devastou uma pequena ilha bem perto do Haiti: Cuba.
Foi o pior furacão que atingiu Cuba nos últimos cinqüenta anos. Centenas de milhares de pessoas foram removidas preventivamente para local seguro. Um país pobre com muita dificuldade de combustível e de transportes conseguiu fazer isso.
Ninguém morreu!

Os prejuízos materiais foram enormes: 5 bilhões de dólares.
Os Estados Unidos, país capitalista, o mais rico do mundo, ofereceu cem mil dólares de ajuda aos cubanos. Cem mil dólares! Menos que o valor de um automóvel de rico, e ainda impondo condições.
Cuba disse que a liberdade e soberania do país não estavam à venda. E recusou.

Diferentemente de um furacão, o terremoto é imprevisível. Mas amenizar a vida dos sobreviventes se faz ajudando e com médicos, não com militares.
Trezentos e tantos médicos cubanos estão no Haiti, em vários hospitais mantidos por Cuba, prestando atendimento gratuito aos paupérrimos haitianos, já há vários anos. Estão recebendo reforço agora, por causa do terremoto. Mas isso não é notícia. Nem nunca vai ser.
Pois ajudar, de verdade, é anticapitalista.



1 comentários:

Parrudo disse...

Um texto que nos retrata fielmente o porquê do capitalismo ser um sistema que deve ser banido de vez da sociedade, ele não pensa de forma humana, é um sistema individualista que só traz a desigualdade e foge da nossa condição auto-imposta de animais racionais.

Se realmente somos racionais, como julgamos ser, deveríamos agir de acordo. Se metade das pessoas do mundo parassem para refletir e pensar nas condições em que vivemos, ao invés de apenas seguir o que é dito e se conformar, não estaríamos vivendo num sistema tão desumano.

É realmente triste saber que o sistema que todos pregam como o que nos traz liberdade é o mesmo que prega a desigualdade e a destruição ambiental, espero que num futuro não tão distante as coisas possam mudar para a humanidade.

11 de fevereiro de 2010 às 21:32

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