Sete médicos estadunidenses formados em Cuba começaram a atuar nesta sexta-feira (5) no socorro às vítimas do terremoto de 12 de janeiro no Haiti. "Somos egressos da Elam (Escola Latino-Americana de Medicina, em Havana); viemos partilhar com os irmãos cubanos aqui presentes nossa solidariedade ao povo do Haiti, que está sofrendo esta tremenda catástrofe", disse Elsie Walter, integrante do grupo.
Depois que os médicos norte-americanos chegaram ao hospital de campanha cubano instalado na localidade de Croix des Bouquets, 20 quilômetros a nordeste da capital haitiana, Elsie deu "graças a Cuba" por "abrir mais estas portas", desta vez para ter o privilégio de prestar sua solidariedade.
"A experiência é fantástica. Sentimo-nos privilegiados por estar aqui", disse a jovem. Sua chegada a Croix des Bouquets , na véspera, coincidiu com uma jornada de trabalho psicológico com as crianças da comunidade.
Os médicos norte-americanos procedem de Nova York, Texas e Minnesota. Eles começaram a atender pacientes pa própria sexta-feira, ao lado de médicos haitianos, também formados em Cuba.
Ao lado de Elsie Walter estão Nyla Manning, Murtine Pierre, Melissa Barber, Wing Wu, Melissa Rose e Keyshir Covington. Eles se formaram na Elam entre 2007 e 2009. Dois deles estavam estagiando para validarem seus diplomas e poderem exercer a medicina nos EUA. Mas atenderam ao apelo do reverendo Lucius Walker, da organização Pastores Pela Paz, e vieram ao Haiti.
Elsie relatou que muitos outros pretendem aotender ao chamado da Pastores Pela Paz. "Há outros que pensam em se incorporar mais adiante, pois sabemos que a brigada cubana vai ficar aqui por um bom tempo", disse ela.
O hospital de campanha de de Croix des Bouquets entrou em atividade no dia 25 último, com serviços de cirurgia, ultrassom, raios x, laboratório, consultas de ginecologia e obstetrícia, unidades de terapia intensiva e hospitalização. Apesar do nome "de campanha", tem equipamento de alta tecnologia e oferece uma medicina de excelência.
Segundo o diretor do hospital, William Alvarez, os médicos norte-americanos se incorporarão na dinâmica do estabelecimento de forma escalonada, com apoio dos profissionais haitianos, que também funcionarão como tradutores.
"Eles ficarão aqui por um mês. Viverão nas mesmas condições dos cubanos. Cada um trouxe um suprimento de água, alimentos e uma mochila com medicamentos; quando chegaram, entregaram-nos ao almoxarifado do hospital", relatou Alvarez.
Na opinião do diretor, a chegada dos médicos estadunidenses é um apoio, e ao mesmo tempo um desafio, já que eles estão em um cenário como nunca tinham visto, com enfermidades incomuns em seu país, como a doença de chagas ou a leshmaniose.
A missão médica cubana no Haiti está presente em três hospitais em Porto Príncipe e quatro hospitais de campanha instalados em outras localidades afetadas pelo terremoto. Cuba enviou também cinco Centros de Diagnóstico Integral (CDIs) e se prepara para por outros cinco em funcionamento. A ajuda médica cubana ao haiti começou em 1998, depois da passagem do furacão George.
Com informações da agência Prensa Latina
fonte: Vermelho.org
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