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Cúpula em Cancún vai debater criação de aliança latino-americana, sem EUA e Canadá

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

21/02/2010

Presidentes latino-americanos e caribenhos chegarão ao México neste domingo para discutir a criação de uma nova organização para resolver os problemas mais urgentes da região. A iniciativa mexicana é um sinal da crescente confiança da América Latina como região e exclui os Estados Unidos e o Canadá, segundo reportagem do Financial Times assinada por Adam Thomson.

Alguns analistas acreditam que o novo órgão poderia eventualmente rivalizar com a Organização dos Estados Americanos (OEA), que inclui EUA e Canadá e tem sido o principal fórum para assuntos do hemisfério durante o último meio século.

Em entrevista ao FT, Salvador Beltrán del Río, sub-secretário do México para a América Latina e Caribe, disse que a ideia foi estabelecer um organismo para substituir e ampliar significativamente o Grupo do Rio, fórum de consultas políticas dos países latino-americanos, formado em 1986.

Ele disse que houve acordo entre as principais economias latino-americanas quanto à necessidade de uma organização deste tipo – embora muitos detalhes sobre sua estrutura e seu modus operandi permaneçam indefinidos.

“A necessidade de dar este passo é um sinal da maturidade da região”, disse Beltrán del Río. “Nós precisamos nos dar este espaço”.

Beltrán del Río disse que a ideia [da organização] não era ser exclusiva ou deixar alguém de fora. “Não se trata de confronto”, afirmou.

Mas Jorge Castañeda, ex-ministro de Relações Exteriores do México, acredita que a estratégia pode ter consequências indesejáveis. “Você pode ter pessoas no Congresso dos EUA dizendo ‘OK, a América Latina pode ter sua organização, então vamos afundar a OEA’”, comentou.

Além disso, a pressão pode até acabar enviando uma mensagem destrutiva de “a região contra Obama”, na avaliação dele.

Seja qual for a reação, o movimento vem em um momento nada promissor nas relações entre EUA e América Latina – primeiro por causa das diferenças sobre a estratégia diplomática após o golpe militar em Honduras, no ano passado e, segundo, por conta das diferenças sobre a possível reeleição no próximo mês de José Miguel Insulza, atual secretário-geral da OEA.

Há dúvidas também sobre a eficácia da nova organização, pois muitos analistas acham que a América Latina é mais dividida hoje do que era 20 anos atrás, segundo o FT. O surgimento de Hugo Chávez como presidente da Venezuela contribuiu para demarcar uma divisão política, com Equador, Bolívia e Nicarágua à esquerda, Colômbia, Peru e México à direita.

Até agora, o Brasil tem feito uma ponte entre os dois grupos. Mas com as eleições presidenciais se aproximando, há dúvidas se o eventual sucessor será capaz de fazer o mesmo, na avaliação do jornal britânico.

fonte: Opera Mundi

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