O fio da condução e um novo par de tênis
O norte do horizonte e um tabuleiro de ilusões
A confluência entre o natural e o gerado
A consciência de não ter consciência,
Não é consciência; é o trabalho alheio, alienação
Linha de produção, doces bárbaros
Festa de consumo, brutos "matutos"
Jaquetas e jeans, Tarzans e afins
Bombons, chocolates e assovios
Cigarros, goma de mascar
E o esquecido povo, mas não tão esquecido assim
Há petróleo, carros e velocidade na esquina
Mulheres de vidro fazem à moda
Há uma "linda" e decadente moral burguesa no ar!
O hálito de mostarda e o hot dog e o cabelo na testa fazem a festa
E a minha ternura anda meio deslocada
Ando meio torto e na contramão da história
Pois ainda uso ceroulas e peido azul!
Viva o way!
Viva o Life! E outras banalidades
Viva a língua inglesa
Pois por aqui nos trópicos
Só se conhece cabeça e língua de porco
Viva o mundo homogêneo e a desigualdade
Viva o homem pomba-rola e a discoteca global!
Roberto Costa Freire.
Retirado de Fantascópio Cariri
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