Leitura, mais do que um processo de transformação da escrita para a oralidade, é a evolução do homem e sua concretização plena como um indivíduo social, cidadão.
Enriquecimento de vocabulário, dinamização do raciocínio, desenvoltura de um senso social crítico e interpretação de mundo são características que a leitura nos oferece.
O ato de ler deve ser praticado desde cedo, porém, numa sociedade cada vez mais tecnológica, rápida e globalizada, a leitura torna-se algo descartável, perde seu espaço para meios de transmissão de idéias mais simples, como a televisão e o computador.
Atualmente, em nossa sociedade, existem cada vez menos leitores críticos, e proporcionalmente cada vez mais alienados pela mídia, o que reforça o fato de que o conhecimento adquirido pela leitura nos permite estabelecer nossa própria visão angular e combater a alienação em massa imposta pelos grandes centros midiáticos.
Ao se ler um livro, somos transportados para uma dimensão completamente nova, entramos numa mirabolante ficção arquitetada para nos fazer refletir, imaginar e sonhar. Infelizmente, com o acréscimo de idade, a leitura se torna cada vez mais rara, até deixar de fazer parte do cotidiano das pessoas ainda jovens. Esse problema pode ser atribuído à ineficácia da escola em formar leitores, e a descartável importância dada atualmente a um rascunho literário. A literatura é hoje recurso de todos, mas só é explorada adequadamente pelos detentores de maior poder aquisitivo, enquanto os pobres não desfrutam dessa ferramenta de conhecimento.
Chega a ser chocante a comparação entre o ensino público e o ensino privado em nosso país, e esse fator acentua cada vez mais as disparidades sociais no Brasil. Porém, uma, senão a principal solução para a melhoria de vida de todos os brasileiros está bem diante de nossos olhos, é a leitura. A pergunta a ser feita é: como despertar o interesse por livros nas populações mais carentes? Como educa-las e faze-las conhecer seus direitos?
Para fazer com que o jovem carente tenha afinidade por livros, é preciso que os livros atinjam a realidade dele, é necessário que o jovem entenda que essa ferramenta pode proporcioná-lo no futuro uma vida digna. E para isso, faz-se essencial a presença de uma instituição de ensino com bons professores, que consigam abrir os olhos de seu estudante e fazê-lo almejar a justiça e a igualdade social. Através desse processo de formação educacional poderíamos presenciar enfim uma sociedade ciente de suas obrigações, informada de seus direitos e pronta para acertar democraticamente a situação do país.
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história” Bill Gates.
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