Quinta greve geral realizada este ano paralisa o país. Mais de 20 mil manifestam-se em Atenas e denunciam que o plano de austeridade vai agravar o desemprego, que já está em 12%. No dia em que a Grécia realiza mais uma greve geral, Stathis Kouvélakis, professor grego de filosofia política, alerta para que este país é o elo mais fraco, porque o seu capitalismo é mais frágil, mas também destaca que é na Grécia que o nível de resistência social é maior. A matéria é do Esquerda.Net
Mais de 20 mil pessoas manifestaram-se esta quinta-feira diante do Parlamento grego em Atenas para protestar contra o plano de austeridade do governo, durante a quinta greve geral realizada este ano no país.
"Ladrões! Ladrões!", gritavam os manifestantes, segundo a agência de notícias AP. Os transportes públicos, paralisados pela greve, funcionaram para levar os manifestantes ao centro da cidade. A polícia prendeu 36 pessoas.
A greve fechou escolas, paralisou os transportes públicos e os ferries que fazem os trajectos inter-ilhas, e deixou os hospitais apenas com os serviços de urgência. A Acrópole e outros monumentos turísticos também fecharam.
Spyros Papaspyros, líder do sindicato dos funcionários públicos Adedi, disse que os trabalhadores de mais baixos rendimentos são os mais prejudicados pelas medidas do governo.
O governo do Partido Socialista (Pasok) pretende poupar 30 bilhões de euros em três anos, como contrapartida do empréstimo que recebeu da União Européia e do FMI. Os sindicatos rejeitam as medidas "extremas que afectam os trabalhadores, os reformados e em especial a nova geração" e denunciam que o plano de austeridade vai agravar o desemprego, que já está em 12%.
No dia em que a Grécia realiza mais uma greve geral, Stathis Kouvélakis, professor grego de filosofia política, alerta para que este país é o elo mais fraco, porque o seu capitalismo é mais frágil, mas também destaca que é na Grécia que o nível de resistência social é maior. Veja a entrevista:
Fonte: CartaMaior
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