No dia 23 de maio acontece a Marcha da Maconha em São Paulo. O evento faz parte de uma grande manifestação que acontece em pelo menos outras dez cidades brasileiras e 300 ao redor do mundo ao longo do mês de maio, com o objetivo de levantar o debate por mudanças na lei de drogas e pela regulamentação do plantio, comércio e uso da cannabis em todo o território nacional, como alternativa à violência do crime e do Estado, e a intromissão deste sob condutas privadas dos cidadãos.
A Marcha já aconteceu nas cidades do Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba, e está prevista ainda para Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Natal e Salvador. Chico de Oliveira, Fábio Mesquita, Luiz Eduardo Soares, Marcelo Yuka, Maria Lucia Karam, Orlando Zaccone, Paulo Arantes, Paulo Teixeira, Plínio de Arruda Sampaio, Ricardo Antunes, Soninha Francine, Vera Malaguti, e Fernando Henrique Cardoso são algumas das pessoas que já se manifestaram a favor ou assinaram manifesto de apoio à realização da Marcha da Maconha. Defender sua realização vai muito além da defesa de outro modelo jurídico para o trato com psicoativos, garantir a realização da Marcha é garantir liberdade de expressão e manifestação previstas na Constituição.
A Marcha está programada para domingo, dia 23 de maio, às 14h, na Marquise do Parque do Ibirapuera. Nos dois anos anteriores, o Ministério Público de São Paulo impediu a realização da Marcha, com liminares pedidas no dia anterior à realização do evento e prontamente acatadas pelo Tribunal de Justiça, cerceando o direito de defesa, o debate democrático e a liberdade de expressão. Os organizadores do evento esperam que essa péssima interpretação do artigo de apologia ao crime não seja novamente realizada, para que se façam valer premissas básicas do Estado de Direito.
Legitimidade
As manifestações da Marcha da Maconha não fazem apologia ao crime, tampouco ao tráfico ou ao uso de cannabis. A manifestação pública e pacífica é um direito garantido pela Constituição Federal. O Coletivo Marcha da Maconha não incentiva ou provoca infrações às leis vigentes no país.
A organização recomenda insistentemente a todos os manifestantes que, diante do caráter pacifico e político da Marcha da Maconha, não seja consumida cannabis. O uso estará sujeito à aplicação da lei pela autoridade presente.
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