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Proibida, pero no mucho

domingo, 23 de maio de 2010

Eles bem que tentaram. Uma liminar emitida na sexta a tarde proíbia a livre expressão que a Constituição garante, sob a acusação de apologia ao crime e argumentos como “balbúrdia social”. Mesmo assim, centenas de pessoas se reuniram no Ibirapuera, e deram um grito alto demais para não ser escutado: “não sou anônimo, não estou armado, este debate tem que ser legalizado”. Mesmo sem poder pronunciar a palavra “maconha” – sob risco de destruirmos as balizas que mantém a ordem e o progresso – o ato seguiu em marcha pelo Parque, até terminar, pontualmente às 16:20. Confira abaixo um relato fotográfico do que foi a Marcha em SP. Amanhã vai ser maior!



(clique nas fotos para ampliá-las)



Começou como quem não quer nada. Até a polícia chegou meio atrasada, nos dando a esperança de que teriam esquecido de colar.



Pessoal foi colando meio tímido no começo, mas mostrando que o debate de alternativas está cada vez mais maduro.



O problema é que eles também chegaram, esbanjando simpatia. Constituição? Não, não, só cumprimos ordens. O acordo: vocês podem marchar, mas não podem falar “maconha”, sob risco de prisão por apologia ao crime. Gilberto Dimenstein escreve na Folha de hoje sobre os possíveis usos terapêuticos da maconha, mas no caso dele tudo bem, ninguém disse que a lei valia pra todos.



Chegava cada vez mais gente, com disposição de não aceitar tão fácil que nossas camisetas se convertessem em mordaças. A Marcha seria feita, nem que em nome da liberdade de expressão.



Né, não, bonitão?



Ah sim, camisetas também tivemos que tirar. Vai que algúem vê uma delas e sai cometendo crimes?



Artigo 5º da Constituição, XVI : “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.



A Marcha sai, em defesa da liberdade de expressão, e toma conta do Parque. É a festa da quase-democracia.



Que polícia não gosta muito de debate todo mundo sabe, mas precisava ficar pegando cartaz de manifestante? Na foto vemos uma das importantes intervenções do Deputado Federal Paulo Teixeira (PT), defensor da causa. Soninha Francine também participou.



“Onha, onha, onha – eu quero debater!”



Faixa do DAR lembrava a proibição das drogas como instrumento de criminalização da pobreza. Talvez no jornal de amanhã estará a Marcha como um movimento só de doidões, mas a causa é muito mais ampla do que o legítimo direito dos usuários.



“Quem não pula é careta!”



Growroom e Hempadão, presentes!



Renato Cinco veio do Rio pra dar uma força, junto com André de Barros, advogado de presença.



Ao final, já eram quase 500 perigosos criminosos protestando contra a moral e os bons costumes. Imagina se a moda pega e todo mundo decide pensar por si próprio, desembargador Edson Ribas [autor da liminar]?



Reparem no cartaz desse brother. Apologia ao crime?



Pois é, pode parecer inacreditável, mas ele foi o único detido, sob essa acusação. Ele foi liberado no começo da noite, mas vai responder inquérito.



Amanhã vai ser maior, amigo. E esperamos que sem censura…


Fotos de Gabriela Moncau

Vídeo feito pela equipe Growroom



Fontes: Coletivo DAR, Growroom

1 comentários:

Anônimo disse...

legalize já

23 de maio de 2010 às 22:04

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