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Um projeto para levar mensagens de força aos pacientes com câncer do Instituto Mário Penna.
"Be the change you want to see in the world"
Enquanto os olhos do mundo se abrem apenas para a Copa do Mundo na África, se fecham para a problemática social do mundo. Um evento que reúne músicas, danças típicas e sorrisos de diversas culturas.
A cada quatro anos o mundo tem um mês de recesso, exclusivo para a Copa do Mundo. Uma nova programação substitui a rotineira, mostrando quase 24 horas por dia detalhes desse grande evento. A mídia inteira se concentra no país sede, pronta para direcionar qualquer novidade aos seus espectadores. O comércio dos países entra em recesso pra ver sua seleção jogar. A atenção do mundo está na bola, dentro das quatro linhas do gramado, todos aguardando por aquele breve, mas, marcante momento de gol.
Apesar de todo esse contexto de união, alegria e festa, a Copa do Mundo acaba por destacar aspectos negativos também, pois essa atenção majoritária voltada para o evento tende a esquecer problemas sociais e políticos, colocando-os num patamar de importância inferior ao da Copa.
Ao se avaliar a época de Copa, nota-se um expressivo número de bandeiras e artefatos patrióticos que desaparecem com o término da Copa. Esse fato nos mostra que muitos brasileiros honram nossa nacionalidade apenas para o futebol, mas esquecem de todo esse “orgulho patriótico” quando nos vemos num contexto eleitoral, onde novamente faz-se necessário todo nosso amor pelo país. O poder alienativo desse evento pode ser comparado à política do pão e circo exercida pelos antigos imperadores romanos, a fim de controlar as massas e submete-las às suas vontades, oferecendo comida e diversão.
Diante desse quadro onde surgem políticos interessados em nos manipular através desse evento, faz-se necessário o nosso patriotismo cívico, visando amar nosso país nas horas de decisões fundamentais para o estabelecimento de uma democracia igualitária.
Seu sentimento e seu pensamento tornaram-se duas coisas diferentes e esta é a neurose básica. Aquele seu lado que pensa e aquele seu lado que sente tornaram-se dois e você se identifica com a parte que pensa e não com a parte que sente. E sentir é mais real do que pensar; sentir é mais natural do que pensar. Você nasce com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado, ele lhe é dado pela sociedade. E seu sentimento tornou-se algo suprimido. Mesmo quando você diz que sente, você apenas pensa que sente. O sentimento tornou-se morto e isto aconteceu devido a determinadas razões.
Quando uma criança nasce, ela é um ser que sente; ela sente coisas, mas ela ainda não é um ser pensante. Ele é natural, como tudo o que é natural, como uma árvore, um animal. Começamos entretanto a moldá-la a cultivá-la. Ela terá de suprimir seus sentimentos, os se isto não acontecer, estará sempre com dificuldades. Quando quiser chorar, não poderá fazê-lo, pois seus pais a censurarão. Será condenada, não será apreciada e nem amada. Não será aceita como é. Deve comportar-se de acordo com determinada ideologia, determinados ideais. Só então será amada.
Do modo como ela é, o amor não se destina a ela. Só pode ser amada se seguir determinadas regras. Tais regras são impostas, não são naturais. O ser natural dá lugar a um ser suprimido e aquilo que não é natural, o irreal lhe é imposto. Esse "irreal" é a sua mente e chega um momento em que a divisão é tão grande, que já não se pode mais ultrapassá-la. Você se esquece completamente do que sua verdadeira natureza foi ou é. Você é um falso rosto; o semblante original perdeu-se. E você também receia sentir o original, pois no momento em que o sentir toda a sociedade se voltará contra você. Você, portanto, coloca-se contra a sua natureza real.
Isto cria uma situação muito neurótica. Você não sabe o que quer; ignora quais são suas necessidades reais e autênticas, pois somente um coração que sente pode lhe dar a direção e a significação de suas necessidades reais. Quando elas são suprimidas, você passa a criar necessidades simbólicas. Por exemplo, você pode começar a comer cada vez mais, enchendo-se de alimento, e nunca sentir que está satisfeito. Você tem necessidade de amor, não de comida. A comida e o amor, entretanto, estão profundamente relacionados. Quando a necessidade de amor não é sentida, ou é suprimida, uma falsa necessidade de comida é criada. Você pode continuar comendo; posto que a necessidade é falsa, ela jamais poderá ser preenchida. E vivemos entregues a falsas necessidades. Por isso não há realizações.
Osho
Fiscalizações ocorridas no estado libertaram 102 pessoas de condições análogas à escravidão em atividades de retirada e coleta de grãos de milho para o segmento de sementes e de extração de areia para construção civil
Por Bianca Pyl
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Trabalhadores dormiam em espumas no chão, sem camas, lençóis ou cobertores (Foto: SRTE/GO) |
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Trabalhadores improvisaram alojamentos com restos de madeira e lona (Foto: SRTE/GO) |
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Barraco utilizado pelo empregado de extração de areia pelo período de 14 anos (Foto: SRTE/GO) |
Os empregados chegam a trabalhar cerca de 1h a 4h a cada mergulho, a uma profundidade de até 5 metros ou mais. Ninguém possuía curso de mergulhador ou foi submetido a exames médicos específicos para a função, conforme determina a Norma Regulamentadora 15 (NR 15).
Os empregadores Abner Jesus Moreira e Abimael Jesus Moreira, responsáveis pelo empreendimento, pagaram as verbas rescisórias aos trabalhadores, que foram embora para casas de parentes no estado.
Fonte: Repórter Brasil
Triunfalmente, deu-se ao trabalho de traduzir, publicar e comentar no seu blogue o artigo dessa Anastasia que não é nenhuma princesa, está mais para serviçal da Corte. O motivo de seu júbilo, RA trombeteou logo no título: ela, supostamente, “arrasa com a política externa de Lula”.
As pessimamente traçadas linhas de A dança de Lula com os déspotas, da Anastasia sem nobreza, não passam de descarado lobby israelense contra a posição brasileira de resistir à imposição de sanções contra o Irã.
Israel quer porque quer abortar o programa nuclear iraniano, na suposição de que servirá para fabricar bombas atômicas.
ONU, EUA e países subservientes às paranóias israelenses se desmoralizam ao punirem apenas o Irã.
Pois, enquanto o mundo não colocar sob o mais rígido controle o arsenal nuclear de Israel, nação responsável pelos recentes massacre de palestinos (2008/09) e chacina de pacifistas (2010), não pode exigir nada de país nenhum.
A pior ameaça à humanidade, o governo mais bestial em relação a outras nações e outros povos, é exatamente o israelense, em razão de suas reações apocalípticas a qualquer agressão sofrida e da sua absoluta amoralidade, a ponto de haver oferecido ármas nucleares para a África do Sul no auge do apartheid.
O artigo da pistoleira de aluguel que tanto excitou RA diz:
“O mais recente exemplo de como o Brasil ainda não está pronto para figurar no horário nobre dos círculos internacionais se deu na semana passada, quando votou contra as sanções ao Irã no Conselho de Segurança da ONU. A Turquia foi a única parceira do Brasil neste constrangedor exercício. Mas a Turquia pode ao menos usar como desculpa suas raízes muçulmanas. Lula está levando a reputação do Brasil para o brejo só para a sua satisfação política pessoal”.
Para bom entendedor, fica evidente que este é o único motivo para a peça propagandística ter sido redigida e veiculada no house organ do parasitismo financeiro, não o fato de Lula “defender e exaltar (…) alguns dos mais notórios violadores dos direitos humanos do planeta”.
Se Ahmadinejad se dedicasse apenas a exterminar oposicionistas e homossexuais, não lançando ameaças (meramente retóricas, por enquanto) contra Israel, o estado judeu não daria a mínima para essas matanças – abomináveis, sem dúvida, mas cuja escala foi muitíssimo inferior à do último pogrom israelense sobre Gaza.
É sempre bom lembrar: de uma tacada só Israel varreu 1.434 palestinos da face da Terra, enquanto os executados por denunciarem fraude eleitoral no Irã seriam, no máximo, 70.
Choca-me ver um jornalista brasileiro, por pior que seja, repercutindo panfletos estrangeiros contra o presidente e o ministro das Relações Exteriores do Brasil – o primeiro tratado como “um político esperto que veio das massas mas ama o poder e o luxo” e o segundo, como “um intelectual notoriamente antiestadunidense e anticapitalista”.
Pior ainda é o tratamento dado ao próprio Brasil, que a Anastasia publicista apresenta como “um país ressentido, um cachorrinho ranheta do 3º Mundo”.
Por Celso Lungaretti, 16.06.2010
Fonte: Fazendo Media
O candidato do PSDB-DEM à presidência da República, José Serra, disse a uma rádio carioca: “Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disto”.
Serra conseguiu, numa única declaração, ser desrespeitoso e ignorante. Desrespeitoso porque alguém que pleiteia a presidência da República não pode se referir desta forma a nenhum governo. E ignorante porque esta declaração faz parecer que a Bolívia é a grande responsável pela desgraça de quem é viciado no Brasil, o que está longe de ser verdade.
Mas para além do desrespeito e da ignorância, é possível sentir um certo sensacionalismo na declaração de Serra. Um político com tanta experiência conhece muito bem a dimensão da cadeia de produção de cocaína; sabe que entre o plantio da folha de coca e a obtenção do produto final há muito mais do que a vã filosofia do Departamento de Estado estadunidense. O jornalista José Arbex Jr. já denunciou, na Caros Amigos, que para se chegar ao produto final é preciso incorporar elementos químicos que não são produzidos nos países que cultivam a folha de coca. Muitas vezes eles chegam de laboratórios dos países ditos desenvolvidos, mas esta informação nunca é divulgada pelas corporações de mídia – o que inverteria completamente a percepção do senso comum.
Já é consenso no mundo que a política antidrogas estadunidense falhou. Não tem funcionado centrar os ataques aos países produtores. Até as Nações Unidas, em relatório divulgado em março de 2009, afirma que a campanha antidrogas teve efeito contrário ao esperado, fazendo os cartéis ficarem mais poderosos. E o governo Evo Morales expulsou de seu país a DEA e a CIA, agências responsáveis pela condução dessa política, além de ter expulsado o embaixador ianque por participar de conspiração num golpe de Estado.
É importante lembrar que a folha de coca é uma tradição na Bolívia, sobretudo na região andina. Ou seja: nem toda a produção do país se destina à produção de cocaína. Você encontra a folha em qualquer banquinha de esquina, do mesmo jeito que encontramos banana no Brasil. Cada saquinho pequeno custa R$ 0,70 (do tamanho de um pacote de fandangos de 30g), e o grande R$ 1,60 (fandangos de 100g). A folha é recomendada para combater os males da altitude, o cansaço, a fome. Também é usada no tratamento de cárie e os psiquiatras bolivianos já usam a folha para remediar a depressão. Isso sem falar no aspecto espiritual da coca, que é reconhecido pela nova Constituição Política de Estado. O mais comum nas ruas de La Paz é ver as pessoas mascando a folha de coca, as bochechas cheias com aquelas bolas enormes de folhas laceradas. O chá de coca é tão comum lá quanto o café aqui.
Ao declarar que o governo boliviano é cúmplice do tráfico de cocaína para o Brasil, Serra faz uma escolha arriscada. Em lugar de provocar o debate mais amplo sobre a questão das drogas, ele investe no radicalismo binário. A culpa é do índio maluco. Serra vai buscar a tese do inimigo externo justo no país vizinho, cujo PIB não chega a um décimo do brasileiro. Mas tem um governo de esquerda, que erradicou o analfabetismo e, muito importante, tem um povo que o aprova em sua grande maioria. Nada de atacar o imperialismo ianque ou seu enclave na América do Sul, a Colômbia. O grande inimigo do Brasil, para Serra, é a Bolívia. Um raciocínio que projeta a criminalização da pobreza – muito presente no modo demotucano de governar – em níveis continentais e nos lembra que a política externa que ele defende é a do atrelamento automático às grandes potências.
Eleições de outubro
Do ponto de vista eleitoral, a declaração de Serra é compreensível. É um discurso que encontra algum apelo, sem dúvida, apesar de sua amplitude ser duvidosa. Afora a classe média obtusa, tão ignorante quanto sua declaração, dificilmente Serra encontrará apoio no povão. Tanto o do Brasil quanto o da Bolívia. Os bolivianos, de modo geral, gostam tanto de Lula quanto do Evo. Uma vez ouvi na Praça Murillo, em La Paz, de um vendedor ambulante: “Com Lula finalmente vocês têm um presidente do povo”. É o mesmo sentimento que têm em relação a Evo. São dois povos que de dez anos pra cá já não votam em quem o patrão manda.
Cerca de um mês antes, o candidato do PSDB-DEM havia dito que o Mercosul é uma farsa. O que pretende o candidato tucano? Não duvido que em breve vá se insurgir contra Hugo Chávez, o alvo favorito das corporações de mídia. Em queda nas pesquisas, ele estaria partindo para o tudo ou nada? Como o time que está perdendo e se lança inteiro ao ataque. Mas será que os estrategistas tucanos pensaram bem? Vale lembrar que o time que avança por completo corre o risco de tomar o gol no contra-ataque, ainda mais num continente em que os países têm aprofundado os laços, com instituições cada vez mais sólidas e um povo cada vez mais consciente de seu papel enquanto sujeito histórico.
Por Marcelo Salles, jornalista, e colaborador da revista Caros Amigos e do jornal Fazendo Media.
Fonte: Escrevinhador
NOTA DE REPÚDIO À INVASÃO DA UDESC PELA POLÍCIA
Na noite de 31 de maio, frente a uma manifestação de estudantes na entrada principal do campus da UDESC no Itacorubi, contrária ao aumento das tarifas de ônibus urbanos na capital, uma ação da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Newton Ramlow, resultou na agressão, no espancamento e na detenção de pessoas, com invasão do campus da UDESC.
Apesar da alegação de “garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos”, o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veiculos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.
Este lamentável acontecimento foi presenciado por vários professores, que tentaram inutilmente mediar a situação, cujas consequências podiam ser visualizadas no terror dos estudantes acuados, temerosos diante da truculência dos policiais envolvidos.
A ADFAED - Associação dos Docentes da FAED e a APRUDESC – Associação dos Professores da UDESC consideram que o acontecido envolveu uma dupla violência: contra os manifestantes e seus direitos de livre expressão e associação, e contra a Universidade, cujo dever é justamente o de promover o debate, a reflexão, a crítica e o respeito aos direitos civis.
Repudiamos, portanto, a invasão do campus da UDESC pela polícia militar bem como as agressões cometidas contra os estudantes, e exigimos que as autoridades competentes atentem a seus deveres constitucionais, como requer um Estado democrático e de direito.
Ilha de Santa catarina, 1 de junho de 2010
ADFAED e APRUDESC
Abaixo, o vídeo gravada por uma estudante da invasão da polícia à UDESC:
2009 ·Axis of Justice by TNB