Enquanto os olhos do mundo se abrem apenas para a Copa do Mundo na África, se fecham para a problemática social do mundo. Um evento que reúne músicas, danças típicas e sorrisos de diversas culturas.
A cada quatro anos o mundo tem um mês de recesso, exclusivo para a Copa do Mundo. Uma nova programação substitui a rotineira, mostrando quase 24 horas por dia detalhes desse grande evento. A mídia inteira se concentra no país sede, pronta para direcionar qualquer novidade aos seus espectadores. O comércio dos países entra em recesso pra ver sua seleção jogar. A atenção do mundo está na bola, dentro das quatro linhas do gramado, todos aguardando por aquele breve, mas, marcante momento de gol.
Apesar de todo esse contexto de união, alegria e festa, a Copa do Mundo acaba por destacar aspectos negativos também, pois essa atenção majoritária voltada para o evento tende a esquecer problemas sociais e políticos, colocando-os num patamar de importância inferior ao da Copa.
Ao se avaliar a época de Copa, nota-se um expressivo número de bandeiras e artefatos patrióticos que desaparecem com o término da Copa. Esse fato nos mostra que muitos brasileiros honram nossa nacionalidade apenas para o futebol, mas esquecem de todo esse “orgulho patriótico” quando nos vemos num contexto eleitoral, onde novamente faz-se necessário todo nosso amor pelo país. O poder alienativo desse evento pode ser comparado à política do pão e circo exercida pelos antigos imperadores romanos, a fim de controlar as massas e submete-las às suas vontades, oferecendo comida e diversão.
Diante desse quadro onde surgem políticos interessados em nos manipular através desse evento, faz-se necessário o nosso patriotismo cívico, visando amar nosso país nas horas de decisões fundamentais para o estabelecimento de uma democracia igualitária.
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