por Admin última modificação 10/12/2009 13:28 Editorial ed. 354A participação ativa, consciente e organizada dos mais distintos setores da classe trabalhadora boliviana garantiu mais uma vitória da chamada “revolução democrática e cultural”
09/12/2009
Editorial ed. 354
Para ler a noticia completa clique no link abaixo:
Entre os movimentos de trabalhadores deve sempre estar presente a pergunta: para que serve um processo eleitoral? O que as massas populares podem conquistar com as eleições burguesas? É possível transformar as eleições burguesas num processo de elevação do nível de consciência política de amplas massas populares? Em que condições, quando e como deve participar a classe trabalhadora de um processo eleitoral num país capitalista?
A participação ativa, consciente e organizada dos mais distintos setores da classe trabalhadora boliviana garantiu mais uma vitória da chamada “revolução democrática e cultural” que criou recentemente o Estado Plurinacional da Bolívia.
Apesar dos limites e das contradições presentes nesse projeto de transformação social representado por diversos partidos e movimentos que projetaram o presidente Evo Morales, é inegável que hoje o povo da Bolívia vive uma situação concreta bastante distinta da época do domínio do neoliberalismo. Resultado de um amplo processo de mobilização, que colocou o proletariado e as massas populares numa ofensiva contra a classe dominante, as vitórias eleitorais do Movimento ao Socialismo – Instrumento Político da Soberania dos Povos (MAS–IPSP) representam, de fato, a manutenção de condições mais favoráveis para que seja desencadeada naquele país uma verdadeira transição numa perspectiva antiimperialista e anticapitalista.
Evo Morales conquistou 63% dos votos válidos. Como transformar essa vitória eleitoral em parte do processo de acúmulo de forças da classe trabalhadora boliviana? Eis a questão. Se esse processo resultou em mais consciência política, mais capacidade de organização e de mobilização entre os setores operários e populares da Bolívia, então essa eleição poderá, de fato, empurrar para a esquerda o projeto em curso naquele país.
Mas não podemos alimentar ilusões diante de uma vitória política democrática, popular e antiimperialista, pois os conservadores e reacionários na Bolívia continuarão se articulando com a direita do continente e do mundo no sentido de sabotar/neutralizar reformas radicais que possam ir adquirindo no processo um conteúdo cada vez mais anticapitalista.
Além das forças pró-imperialistas, temos, nesse projeto democrático, popular e antiimperialista que segue adiante em países como Venezuela, Bolívia e Equador, os “inimigos internos”, os burocratas, oportunistas e infiltrados da classe dominante que corroem por dentro o processo de mudanças, que se caracterizam pela ineficiência, pela lentidão, pela não resolução dos problemas concretos do povo, pela completa falta de compromisso com a classe trabalhadora e pelo envolvimento em esquemas de corrupção que podem desmoralizar as forças sociais e políticas que estão no comando dessas transformações econômicas e sociais. Como disse recentemente Fidel Castro, comentando sobre o comportamento e a postura que deve ter um dirigente revolucionário: “Nossos inimigos não podem destruir nossa Revolução, mas nós podemos!”
O triunfo popular na Bolívia veio logo depois de uma vitória da coalizão de centro-esquerda no Uruguai, dirigida pela Frente Ampla, tendo como candidato presidencial o ex-guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional–Tupamaros, José “Pepe” Mujica. A conquista da centro-esquerda no Uruguai fortalece a estratégia reformista representada principalmente pelo governo brasileiro de Lula, pois entre a extrema-direita/fascismo (sob o comando dos EUA, com apoio dos governos de Colômbia, México e Peru), de um lado, e a esquerda antiimperialista/anticapitalista/bolivariana (com Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, com apoio de outros países da ALBA), de outro, temos a “estratégia brasileira”, que busca dialogar com ambos sobre os mais distintos temas.
Diante de tudo isso, as eleições ilegítimas e a continuidade do conservadorismo em Honduras prometem novas lutas sociais naquele país. No dia 13, será o primeiro turno das eleições no Chile. Entre 2010 e 2011, o debate sobre as eleições fará parte dos conflitos entre as forças políticas representantes da classe trabalhadora e da classe dominante em importantes países da nossa região, como Brasil, Colômbia, Peru, México, Nicarágua e Argentina.
O certo é que as massas participam dos processos eleitorais independente da vontade dos dirigentes e militantes dos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda. Sua participação pode ser de maneira ativa, consciente e organizada, ou pode ser de maneira pouco ativa, nada consciente e plenamente desorganizada no que diz respeito à defesa de seus interesses.
Que os recentes processos eleitorais na América Latina possam servir de lição sobre como devem se posicionar as organizações antiimperialistas/anticapitalistas diante de situações políticas tão diversas. Continuamos a aprender todos os dias um ensinamento: para alterar radicalmente a correlação de forças na luta de classes não basta uma posição justa e/ou correta diante de um processo eleitoral, principalmente em eleições controladas pela classe dominante, onde as forças democráticas e populares sempre estarão numa disputa em condições desfavoráveis. Por isso o elemento que pode trazer algum desequilíbrio num processo eleitoral burguês é a mobilização consciente e organizada das massas e suas organizações.
fonte: Brasil De Fato
por Admin última modificação 10/12/2009 13:28 Editorial ed. 354A participação ativa, consciente e organizada dos mais distintos setores da classe trabalhadora boliviana garantiu mais uma vitória da chamada “revolução democrática e cultural”
09/12/2009
Editorial ed. 354
Para ler a noticia completa clique no link abaixo:
Entre os movimentos de trabalhadores deve sempre estar presente a pergunta: para que serve um processo eleitoral? O que as massas populares podem conquistar com as eleições burguesas? É possível transformar as eleições burguesas num processo de elevação do nível de consciência política de amplas massas populares? Em que condições, quando e como deve participar a classe trabalhadora de um processo eleitoral num país capitalista?
A participação ativa, consciente e organizada dos mais distintos setores da classe trabalhadora boliviana garantiu mais uma vitória da chamada “revolução democrática e cultural” que criou recentemente o Estado Plurinacional da Bolívia.
Apesar dos limites e das contradições presentes nesse projeto de transformação social representado por diversos partidos e movimentos que projetaram o presidente Evo Morales, é inegável que hoje o povo da Bolívia vive uma situação concreta bastante distinta da época do domínio do neoliberalismo. Resultado de um amplo processo de mobilização, que colocou o proletariado e as massas populares numa ofensiva contra a classe dominante, as vitórias eleitorais do Movimento ao Socialismo – Instrumento Político da Soberania dos Povos (MAS–IPSP) representam, de fato, a manutenção de condições mais favoráveis para que seja desencadeada naquele país uma verdadeira transição numa perspectiva antiimperialista e anticapitalista.
Evo Morales conquistou 63% dos votos válidos. Como transformar essa vitória eleitoral em parte do processo de acúmulo de forças da classe trabalhadora boliviana? Eis a questão. Se esse processo resultou em mais consciência política, mais capacidade de organização e de mobilização entre os setores operários e populares da Bolívia, então essa eleição poderá, de fato, empurrar para a esquerda o projeto em curso naquele país.
Mas não podemos alimentar ilusões diante de uma vitória política democrática, popular e antiimperialista, pois os conservadores e reacionários na Bolívia continuarão se articulando com a direita do continente e do mundo no sentido de sabotar/neutralizar reformas radicais que possam ir adquirindo no processo um conteúdo cada vez mais anticapitalista.
Além das forças pró-imperialistas, temos, nesse projeto democrático, popular e antiimperialista que segue adiante em países como Venezuela, Bolívia e Equador, os “inimigos internos”, os burocratas, oportunistas e infiltrados da classe dominante que corroem por dentro o processo de mudanças, que se caracterizam pela ineficiência, pela lentidão, pela não resolução dos problemas concretos do povo, pela completa falta de compromisso com a classe trabalhadora e pelo envolvimento em esquemas de corrupção que podem desmoralizar as forças sociais e políticas que estão no comando dessas transformações econômicas e sociais. Como disse recentemente Fidel Castro, comentando sobre o comportamento e a postura que deve ter um dirigente revolucionário: “Nossos inimigos não podem destruir nossa Revolução, mas nós podemos!”
O triunfo popular na Bolívia veio logo depois de uma vitória da coalizão de centro-esquerda no Uruguai, dirigida pela Frente Ampla, tendo como candidato presidencial o ex-guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional–Tupamaros, José “Pepe” Mujica. A conquista da centro-esquerda no Uruguai fortalece a estratégia reformista representada principalmente pelo governo brasileiro de Lula, pois entre a extrema-direita/fascismo (sob o comando dos EUA, com apoio dos governos de Colômbia, México e Peru), de um lado, e a esquerda antiimperialista/anticapitalista/bolivariana (com Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, com apoio de outros países da ALBA), de outro, temos a “estratégia brasileira”, que busca dialogar com ambos sobre os mais distintos temas.
Diante de tudo isso, as eleições ilegítimas e a continuidade do conservadorismo em Honduras prometem novas lutas sociais naquele país. No dia 13, será o primeiro turno das eleições no Chile. Entre 2010 e 2011, o debate sobre as eleições fará parte dos conflitos entre as forças políticas representantes da classe trabalhadora e da classe dominante em importantes países da nossa região, como Brasil, Colômbia, Peru, México, Nicarágua e Argentina.
O certo é que as massas participam dos processos eleitorais independente da vontade dos dirigentes e militantes dos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda. Sua participação pode ser de maneira ativa, consciente e organizada, ou pode ser de maneira pouco ativa, nada consciente e plenamente desorganizada no que diz respeito à defesa de seus interesses.
Que os recentes processos eleitorais na América Latina possam servir de lição sobre como devem se posicionar as organizações antiimperialistas/anticapitalistas diante de situações políticas tão diversas. Continuamos a aprender todos os dias um ensinamento: para alterar radicalmente a correlação de forças na luta de classes não basta uma posição justa e/ou correta diante de um processo eleitoral, principalmente em eleições controladas pela classe dominante, onde as forças democráticas e populares sempre estarão numa disputa em condições desfavoráveis. Por isso o elemento que pode trazer algum desequilíbrio num processo eleitoral burguês é a mobilização consciente e organizada das massas e suas organizações.
fonte: Brasil De Fato
por Admin última modificação 10/12/2009 13:28 Editorial ed. 354
09/12/2009
Editorial ed. 354
Para ler a noticia completa clique no link abaixo:
Entre os movimentos de trabalhadores deve sempre estar presente a pergunta: para que serve um processo eleitoral? O que as massas populares podem conquistar com as eleições burguesas? É possível transformar as eleições burguesas num processo de elevação do nível de consciência política de amplas massas populares? Em que condições, quando e como deve participar a classe trabalhadora de um processo eleitoral num país capitalista?
A participação ativa, consciente e organizada dos mais distintos setores da classe trabalhadora boliviana garantiu mais uma vitória da chamada “revolução democrática e cultural” que criou recentemente o Estado Plurinacional da Bolívia.
Apesar dos limites e das contradições presentes nesse projeto de transformação social representado por diversos partidos e movimentos que projetaram o presidente Evo Morales, é inegável que hoje o povo da Bolívia vive uma situação concreta bastante distinta da época do domínio do neoliberalismo. Resultado de um amplo processo de mobilização, que colocou o proletariado e as massas populares numa ofensiva contra a classe dominante, as vitórias eleitorais do Movimento ao Socialismo – Instrumento Político da Soberania dos Povos (MAS–IPSP) representam, de fato, a manutenção de condições mais favoráveis para que seja desencadeada naquele país uma verdadeira transição numa perspectiva antiimperialista e anticapitalista.
Evo Morales conquistou 63% dos votos válidos. Como transformar essa vitória eleitoral em parte do processo de acúmulo de forças da classe trabalhadora boliviana? Eis a questão. Se esse processo resultou em mais consciência política, mais capacidade de organização e de mobilização entre os setores operários e populares da Bolívia, então essa eleição poderá, de fato, empurrar para a esquerda o projeto em curso naquele país.
Mas não podemos alimentar ilusões diante de uma vitória política democrática, popular e antiimperialista, pois os conservadores e reacionários na Bolívia continuarão se articulando com a direita do continente e do mundo no sentido de sabotar/neutralizar reformas radicais que possam ir adquirindo no processo um conteúdo cada vez mais anticapitalista.
Além das forças pró-imperialistas, temos, nesse projeto democrático, popular e antiimperialista que segue adiante em países como Venezuela, Bolívia e Equador, os “inimigos internos”, os burocratas, oportunistas e infiltrados da classe dominante que corroem por dentro o processo de mudanças, que se caracterizam pela ineficiência, pela lentidão, pela não resolução dos problemas concretos do povo, pela completa falta de compromisso com a classe trabalhadora e pelo envolvimento em esquemas de corrupção que podem desmoralizar as forças sociais e políticas que estão no comando dessas transformações econômicas e sociais. Como disse recentemente Fidel Castro, comentando sobre o comportamento e a postura que deve ter um dirigente revolucionário: “Nossos inimigos não podem destruir nossa Revolução, mas nós podemos!”
O triunfo popular na Bolívia veio logo depois de uma vitória da coalizão de centro-esquerda no Uruguai, dirigida pela Frente Ampla, tendo como candidato presidencial o ex-guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional–Tupamaros, José “Pepe” Mujica. A conquista da centro-esquerda no Uruguai fortalece a estratégia reformista representada principalmente pelo governo brasileiro de Lula, pois entre a extrema-direita/fascismo (sob o comando dos EUA, com apoio dos governos de Colômbia, México e Peru), de um lado, e a esquerda antiimperialista/anticapitalista/bolivariana (com Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, com apoio de outros países da ALBA), de outro, temos a “estratégia brasileira”, que busca dialogar com ambos sobre os mais distintos temas.
Diante de tudo isso, as eleições ilegítimas e a continuidade do conservadorismo em Honduras prometem novas lutas sociais naquele país. No dia 13, será o primeiro turno das eleições no Chile. Entre 2010 e 2011, o debate sobre as eleições fará parte dos conflitos entre as forças políticas representantes da classe trabalhadora e da classe dominante em importantes países da nossa região, como Brasil, Colômbia, Peru, México, Nicarágua e Argentina.
O certo é que as massas participam dos processos eleitorais independente da vontade dos dirigentes e militantes dos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda. Sua participação pode ser de maneira ativa, consciente e organizada, ou pode ser de maneira pouco ativa, nada consciente e plenamente desorganizada no que diz respeito à defesa de seus interesses.
Que os recentes processos eleitorais na América Latina possam servir de lição sobre como devem se posicionar as organizações antiimperialistas/anticapitalistas diante de situações políticas tão diversas. Continuamos a aprender todos os dias um ensinamento: para alterar radicalmente a correlação de forças na luta de classes não basta uma posição justa e/ou correta diante de um processo eleitoral, principalmente em eleições controladas pela classe dominante, onde as forças democráticas e populares sempre estarão numa disputa em condições desfavoráveis. Por isso o elemento que pode trazer algum desequilíbrio num processo eleitoral burguês é a mobilização consciente e organizada das massas e suas organizações.
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