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Os negros também são racistas?

sábado, 30 de janeiro de 2010




Uma das discussões mais recentes é sobre a entrevista da ministra Matilde Ribeiro da Secretaria de Promoção Para a Igualdade Racial (SEPPIR) para a BBC Brasil. Nesta entrevista a ministra teria dito que é natural o racismo do negro em relação ao branco.

O jornalismo brasileiro não perdeu tempo. Num momento em que se discutem políticas públicas para negros na tentativa de igualar as suas chances e diminuir o abismo social entre eles e os brancos, a imprensa caiu “de pau” encima da ministra com a intenção exclusiva de desqualificar seu discurso e destituir de importância o papel da SEPPIR no cenário político-social do país. Ora, o jornalismo brasileiro sempre foi tendencioso e é coerente que nossas elites se aproveitem dele para iludir o povo e se manterem hegemonicamente no poder. Para isso é imprescindível que o sistema que regula e organiza a nossa sociedade seja sempre o mesmo. Esse sistema é invisível, porém presente em todas as esferas da sociedade; é possível qualificá-lo pois nosso sistema social privilegia quem for branco, homem, heterossexual e católico. Isso significa que quem não tiver estas características está fora do sistema, ou seja, não tem privilégios.
Os negros são discriminados pelos brancos desde que a Europa invadiu a África. Para que os negros fossem escravizados sem pesar na consciência do branco, foi criado o RACISMO, primeiro com uma justificativa religiosa (pois eles teriam essa cor de pele por castigo de deus), mais tarde com a abolição da escravatura no mundo e com o advento do evolucionismo e do positivismo, a justificativa seria científica para a superioridade de brancos sobre negros. Este é o conceito de racismo.
Muitos pensam que racismo, preconceito e discriminação são a mesma coisa. Esse tipo de erro é que provoca interpretações confusas sobre as relações étnico-raciais. A primeira coisa que devemos compreender é que o racismo contém preconceito e discriminação, mas o inverso não. Racismo é quando integrantes de um grupo racial acredita ser superior a outro ou outros grupos. A sociedade branca há centenas de anos, convicta de sua superioridade diante dos negros, os relega a posições sempre subalternas nesta mesma sociedade. Isso é fácil de evidenciar, pois vemos muitos negros desempenhando o papel de garis, seguranças, domésticas, pedreiros, engraxates… Além de que a maioria dos desempregados são negros. Mais de 75% da população carcerária é negra… Por outro lado é mínima a participação de negros em cargos de executivos, empresários, médicos, juízes, diretores em empresas, professores universitários.
Com tudo isso agora fica fácil entender que na realidade o discurso da ministra Matilde Ribeiro é para salientar o fato que, devido ao histórico de opressão de negros pelos brancos, é compreensível que alguns desenvolvam atitudes preconceituosas e até xenófobas com relação a brancos. É importante, então, que todos nós devamos ter consciência disso, pois a luta contra o racismo é muito mais difícil do que se pode imaginar já que está inserido em nossa própria cultura – a cultura de acreditar que ser branco é melhor que ser negro.


Acesse: http://waaallisonthirteen.tumblr.com/


2 comentários:

Unknown disse...

Quer dizer que deletou meus comentários agora? Não tem capacidade nenhuma de argumentação e insiste em manipular os leitores, ein, seu fraco.

15 de novembro de 2010 às 17:28
Inácio disse...

A ministra Matilde Ribeiro, da secretária de Igualdade Racial, afirmou que acha natural negros não gostarem de brancos. Completou dizendo que não considera racismo um negro não querer conviver com um branco. Ela acredita que tal atitude é justificável pelo fato de negros terem sido "açoitados por brancos" na época da escravidão. Assim que tomaram conhecimento das frases racistas da ministra, intelectuais se apressaram em minimizar o caso. Um deles avaliou as declarações da ministra como "historicamente corretas", mas "humanamente superadas". Segundo a legislação brasileira, afirmações como as que a ministra fez constituem um crime que no Brasil é inafiançavel: o racismo. Qualquer pessoa em seu lugar seria despedida e, depois, presa por este crime, mas a ministra sairá impune, por causa de um pequeno detalhe: ela é negra.Brancos aprendem que a culpa da escravidão é somente de seus antepassados brancos, mas os livros não mostram, e os professores também não ensinam, que europeus compravam escravos de traficantes negros, que vendiam negros de tribos rivais, perdedoras de guerra, e quando não vendiam, escravizavam os negros de tribos rivais. A omissão de fatos históricos leva estudantes a presumir que os europeus adentraram o desconhecido continente africano para caçar escravos, correndo o risco de serem mortos por tribos selvagens, de enfrentarem animais de grande porte, entre outros perigos. Agora, parece bastante óbvio que, de fato, o serviço era "terceirizado"; mas tente obter a mesma conclusão de uma criança no Ensino Básico. Este é o Brasil de hoje. Quando o senador Jorge Bornhausen utilizou a figura de linguagem "raça de petista" para criticar corruptos, foi insultado, protestaram e exigiram a prisão do senador. Por quê não? Por racismo, pois o senador de Santa Catarina é branco.

9 de janeiro de 2011 às 23:58

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