Temos um racista no congresso nacional. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) deu declarações polêmicas para o programa CQC da rede bandeirantes exibido no dia 28/03/11. O vídeo abaixo contém respostas do deputado a perguntas feitas por cidadãos. Dentre a quantidade absurda de baboseiras totalitárias ditas por esse fascista disfarçado de político, destacam-se as declarações quanto a uma possível homossexualidade de seu filho, do envolvimento de seu filho com uma garota negra, etc. É possível perceber em suas respostas, o quão retrógrado e violento é esse deputado que defende a ditadura militar e exalta torturas e penas de morte como soluções para a problemática de nosso país. É por essas e outras que nossa política continua um recanto de vermes, que subdividem-se majoritariamente em parasitas burros (não entendem e não querem entender as questões sociais); totalitários nojentos (eleitos pela burguesia elitista, prometendo solucionar crimes através da violência e da repressão); e demagogos sociais (mascarados em sua faceta populista, mostram-se propensos a fazer reformas sociais, mas ficam apenas na promessa).
O "Adolf Hitler" brasileiro, entrevista de Jair Bolsonaro no CQC
In Brasil, In impunidade, In politica, In preconceito, In repressãoterça-feira, 29 de março de 2011
Temos um racista no congresso nacional. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) deu declarações polêmicas para o programa CQC da rede bandeirantes exibido no dia 28/03/11. O vídeo abaixo contém respostas do deputado a perguntas feitas por cidadãos. Dentre a quantidade absurda de baboseiras totalitárias ditas por esse fascista disfarçado de político, destacam-se as declarações quanto a uma possível homossexualidade de seu filho, do envolvimento de seu filho com uma garota negra, etc. É possível perceber em suas respostas, o quão retrógrado e violento é esse deputado que defende a ditadura militar e exalta torturas e penas de morte como soluções para a problemática de nosso país. É por essas e outras que nossa política continua um recanto de vermes, que subdividem-se majoritariamente em parasitas burros (não entendem e não querem entender as questões sociais); totalitários nojentos (eleitos pela burguesia elitista, prometendo solucionar crimes através da violência e da repressão); e demagogos sociais (mascarados em sua faceta populista, mostram-se propensos a fazer reformas sociais, mas ficam apenas na promessa).
Eles ainda defendem a ditadura
In Brasil, In politica, In repressãoEm carta, clubes militares defendem 'revolução' de 64
A nota diz que relembrar "os acontecimentos" de 64, "sem ódio ou rancor, é, no mínimo, uma obrigação de honra". "Os clubes militares (...) homenageiam, nesta data, os integrantes das Forças Armada da época que, com sua pronta ação, impediram a tomada do poder e sua entrega a um regime ditatorial indesejado pela nação brasileira", diz o documento, assinado pelo general Renato Cesar Tibau da Costa, pelo vice-almirante Ricardo Antônio da Veiga Cabral e pelo tenente brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista.
Com data de 24 de março, o documento da Comissão Interclubes Militares afirma ainda que "as Forças Armadas insurgiram-se contra um estado de coisas patrocinado e incentivado pelo governo, no qual se identificava o inequívoco propósito de estabelecer no País um regime ditatorial comunista, atrelado a ideologias antagônicas ao modo de ser do brasileiro". Na sexta-feira passada, os três clubes organizaram o simpósio "A revolução de 31 de março de 1964 - com os olhos no futuro", na sede do Clube Militar, no Rio de Janeiro.
visto no yahoo.com.br
Inside Job - Trabalho Interno (2010)
In bestdocs, In capitalismo, In economiadomingo, 27 de março de 2011
Conheça os bastidores da maior crise financeira de nossos tempos. Depoimentos surpreendentes, que revelam como a corrupção está intimamente ligada ao fatos que levaram milhões de pessoas a perderem seus empregos e até mesmo quase tudo o que juntaram na vida. (EUA, 2010, 104min. - Direção: Charles Fergunson)
Em 11 anos, governo de SP faz sete planos de Metrô, mas só constrói "uma linha e meia"
quinta-feira, 24 de março de 2011
Abertura dos Simpsons no estilo Banksy
In Arte, In Banksy, In reflexão, In TVterça-feira, 22 de março de 2011
A ironia é desejar e nunca ter
In reflexãosábado, 19 de março de 2011
A ironia é desejar de tudo, e nunca ter o suficiente. Sempre podemos ter mais, mas isso nunca vai preencher seja lá o que estiver faltando.
Parafraseando o surfista Rob Machado: Todos procuram a vida perfeita. O trabalho perfeito, a casa perfeita, o visual perfeito, o amor perfeito. Mas quando eles conseguem tudo isso, na verdade queriam outras coisas.
Discurso ou Revólver - Facção Central
In Brasil, In capitalismo, In Desigualdade, In educação, In luta popular, In Musica, In repressãoUma música crítica, que mostra a verdadeira face do sistema. Um sistema que impõe brigas entre diferentes classes sociais, faz a classe média ter medo dos mais pobres, por considerá-los todos assaltantes e bandidos enquanto os ricos se divertem às custas de impostos e caos social. Uma canção que mostra a problemática que vem dos níveis sociais menos favorecidos, onde opção é igual a sorte (que só ocorre em mínimos casos), enquanto a grande maioria desfavorecida pela lei do dinheiro passa fome. Só há uma solução para a sociedade hierárquica em que vivemos, e é a revolução.
Letra:
Sonho, só em mágica. Acredito na palavra ou na metralhadora,
Revolução verbal ou aterrorizadora. Vamos queimar constituição
Com coquetel molotov, carro bomba no congresso, tic tac explode,
Suplicar pro gambé derrubando sua porta não bater na sua mulher
Não atirar nas suas costas.
Até quando comer resto, lavar banheiro abrir o boy no meio na
Ilusão de dinheiro, ser exterminado como judeu em Auschwitz,
Mostrar pra globo o que é viver no limite. a custa atlanta
Queimando na sua frente, a SS agora veste o cinza da PM, de
Braço cruzado é só miolo espalhado no chão, discurso ou
Revólver, tá na hora da revolução.
(2x)
Tá na hora de parar de mofar no presídio, de estar no necrotério
Com uma par de tiros, de ser o analfabeto comendo resto viciado que
O denarc manda pro inferno.
Fizeram da sua rua filial do vietnã, deram rifles pras crianças
Estupraram sua irmã, exilaram na favela o cidadão na teoria
Oprimido, censurado no país da democracia. te dão crack, fuzil,
Cachaça no buteco esse é o campo de concentração moderno.
Hitler, fhc, capitão do mato, bacharelo em carnificina, mestrado
Em holocausto, chega de bater palma tomando tiro, facada, de
Prato vazio, vendo o boy suar na sauna o sistema te quer no viaduto com água na boca com a garrafa cortada na mão esperando a
Kombi trazer sopa no chiqueiro do navio negreiro consertar na
Porta, morto pelo senhor do engenho com farda e pistola, que só
Em cabeça de pobre descarrega sua munição, discurso ou revólver
Ta na hora da revolução.
Tomando pedrada, guerra civil em praça pública socorro professor
Com sangue no rosto, mordida de cachorro, sem teto, sem terra,
Sem prespectiva, sem estudo, sem emprego, sem comida, o pavil da
Dinamite ta aceso, qual será o preço pra eu ter os meus direitos.
Sequestrar, tirar, queimar pneu na avenida, invadir a fazenda
Improdutiva, só jogamo ovo por isso nada mudou, quem sabe o
Presidente na mira do atirador. Em são paulo 35 por dia chega,
Tolerância zero, ou cavar trincheira, serial killer do planalto
Continua em ação, discurso ou revólver ta na hora da revolução.
A favor do inimigo repressão desinformação, o domínio dos dois
Caminhos pra revolução. caminho um a voz do povo aqui não é a
Voz de deus, se tua casa é de caxote de feira problema seu,
Tanto faz sua filha no motel ganhando trocado, tanto faz seu
Filho com a doze matando vigia no assalto. se vier pro asfalto
Fazer passeata, aí o pm te mata, te faz engolir bandeira e
Faixa. caminho dois desconhecendo cenário político, onde jogar
Granada, quem é o nosso inimigo entendeu por que não tem, escola
Pra você toma uzi e me diz quem tem que morrer, não adianta ser
Milhões se não somos um, ação coletiva, objetivo comum, discurso
Ou revólver não interessa a opção sem união é impossível a
Revolução.
Limites da Solidariedade.
In Brasil, In capitalismo, In Desigualdade, In Justiça, In reflexão, In Sociedade, In solidariedadesexta-feira, 18 de março de 2011
Eu os declaro BRASIL e SARNEY.
In Brasil, In eleições, In impunidade, In politicaquarta-feira, 16 de março de 2011
Tweets solidários. A luta por um mundo virtualmente melhor.
In Japão, In reflexão, In twitterterça-feira, 15 de março de 2011
Mas não tem problema, tá tudo certo. Hoje comprei um travesseiro da Nasa, confortável demais. Vou fazer uma oração antes de dormir. Não sei se adianta, mas vou ficar esperando Deus resolver nossos problemas.
Michael Moore: "Fomos vítimas de um golpe de Estado financeiro"
In capitalismo, In EUA, In luta popularquinta-feira, 10 de março de 2011
Para nós, admitir que deixamos um pequeno grupo roubar praticamente toda a riqueza que faz andar nossa economia, é o mesmo que admitir que aceitamos, humilhados, a ideia de que, de fato, entregamos sem luta a nossa preciosa democracia à elite endinheirada. Wall Street, os bancos, os 500 da revista Fortune governam hoje essa República – e, até o mês passado, todos nós, o resto, os milhões de norte-americanos, nos sentíamos impotentes, sem saber o que fazer. Ninguém saiu às ruas. Não houve revolta. Até que...começou! Em Wisconsin! O artigo é de Michael Moore.
Michael Moore
Discurso proferido por Michael Moore, dia 5 de março, durante manifestação em Madison, Wisconsin, contra o pacote de medidas contra o funcionalismo e o serviço público proposto pelo governador republicano Scott Walker (com cortes de US$ 1,6 bilhão no orçamento de escolas e governos locais). Intitulada "Os Estados Unidos não estão falidos", a declaração lida por Moore está disponível na íntegra no site do cineasta.
O discurso foi traduzido e publicado em português pelo site Carta Maior, acesse aqui.
Fonte: Carta Maior
Para onde vai a luta contra o aumento?
In Brasil, In luta popularquarta-feira, 9 de março de 2011
Há dois meses a população de São Paulo luta contra o aumento de tarifa. Quais são os caminhos abertos para a luta? Por Passa Palavra.
No próximo domingo, dia 12/03, completarão dois meses que alguns milhares de pessoas têm saído às ruas de São Paulo para reverter o aumento da tarifa de ônibus. Na semana passada não conseguimos escrever aqui um artigo que tanto relatasse o que ocorreu quanto avançasse na análise de perspectivas para a luta. O que nos colocaria o desafio de relatar ao menos quatro manifestações ocorridas nestas duas semanas contra o aumento, além de tentar avançar na perspectiva estratégica da luta. Não sabemos se conseguiremos fazer isto, mas apontaremos para algumas possibilidades.
Os atos regionais têm sido organizados por uma organização autônoma de grêmios secundaristas, que congrega escolas públicas e particulares, chamada Poligremia. Apesar das dificuldades enfrentadas, como a chuva e a distância entre as escolas, os atos têm acontecido e são marcados pela forte ousadia de seus participantes, que, apesar de seu número relativamente baixo, não hesitam em fechar todas as faixas das avenidas que ocupam e na quarta-feira, dia 23/02, driblaram a polícia e tomaram duas vezes o terminal da Lapa, promovendo os já conhecidos catracassos, deixando clara a disposição para radicalização destes setores. É interessante observar que, ao mesmo tempo que a organização dos estudantes fortalece a luta contra o aumento, a existência de uma luta concreta potencializou esta a organização, aumentando o número de grêmios participantes e o número de envolvidos dentro do grêmio de cada escola.
Os atos centrais foram marcados por ações que antes eram consideradas “perigosas” ou até “impossíveis” e que agora já estão inseridas no imaginário e na prática dos manifestantes. No ato do dia 24 de fevereiro, milhares de manifestantes tomaram novamente o Terminal Parque Dom Pedro II e realizaram diversos catracassos, sentaram dentro do terminal e fizeram um jogral para dialogar com a população que os aplaudia.
Já no ato do dia 03 de março os manifestantes sentaram e pararam o trânsito de todas as oito pistas da Avenida Paulista por dez minutos. Esta manifestação teve a presença de um carro de som; ao contrário do que alguns afirmavam “a capacidade de diálogo no ato não cresceu” e não se “cantou uma palavra de ordem na manifestação inteira”; pelo contrário, os manifestantes impediram a passagem do carro de som e vaiaram um dos que mais falavam ao microfone, até que finalmente o carro quebrou e os manifestantes comemoraram. Apesar da enorme vontade das organizações políticas tradicionais de controlar a manifestação, as pessoas mobilizadas contra o aumento não parecem aceitar que outros tomem o controle dos atos que são delas.
Neste momento da luta é cabível perguntar: quais são as possibilidades de se barrar o aumento em São Paulo?
Primeiramente, poderíamos falar que o Mandado de Segurança questionando as planilhas que justificariam o aumento ainda não foi julgado e, quando for, pode suspender o aumento em caráter liminar. Ainda sobre esta ação na justiça, podemos informar que ela deve ser julgada na quinta-feira, dia 10/03. Não nos arriscamos a dizer o que poderia acontecer a partir de uma suspensão temporária do aumento na maior cidade do Brasil.
Ainda podemos lembrar que na sexta-feira, dia 04/03, duas mil pessoas cansaram da lentidão dos ônibus na estrada do M’Boi Mirim e resolveram impedir o tráfego das sete horas da manhã ao meio-dia, reivindicando melhorias nas condições de transporte na região e protestando contra o aumento de tarifa. Isto amplia a luta, dá novo ânimo e abre expectativas de que proliferem atos locais nas periferias da cidade.
A ação ocorrida no dia 07 de março durante a visita do prefeito, Gilberto Kassab, a Paris indica que se iniciará uma perseguição ao prefeito, que é o responsável direto pelo aumento. Aqui em São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL) está convocando para quinta-feira, dia 10/03, uma visita à casa do prefeito. Será às 17h, em frente ao Shopping Iguatemi. A aposta parece ser desgastar a imagem do prefeito que, com medo da perda de votos, revogaria o aumento.
A volta às ruas será no dia 17 de março, às 17h, em frente ao teatro municipal, com a presença confirmada da Unidos da Lona Preta, a escola de Samba do MST. Neste dia os manifestantes exigem uma reunião com Kassab e para isto caminharão até à Prefeitura.
A força das manifestações de rua impulsionou o MPL em uma campanha pela Tarifa Zero. Agora o movimento tem respaldo social para avançar em suas exigências, que têm sido pautadas na sociedade nos últimos dois meses, tanto pelas manifestações, panfletagens e atividades em escola quanto pelas reportagens, artigos e documentários produzidos. Encarar o transporte como direito é uma premissa para que as pessoas tenham acesso a outros direitos como saúde, educação e cultura, pois para ter acesso às escolas, hospitais e centros culturais é necessário utilizar o transporte coletivo e, se este for pago, o acesso aos direitos está sendo negado.
O grande medo da VEJA
In mídia, In sensacionalismodomingo, 6 de março de 2011
27/01/2011
às 20:38A Revolta da Catraca - Pais, vigiem os seus filhos; eles podem ser seduzidos pelo grupo que quer acabar com o capítalismoPor Reinaldo AzevedoNo Estadão Online, podemos ler: “Milhares de manifestantes realizam desde o fim da tarde desta quinta-feira, 27, um novo protesto contra o aumento da tarifa de ônibus. O ato começou em frente ao Teatro Municipal, passou pela sede da Prefeitura e segue em direção à Câmara dos Vereadores.”
Parece que é texto feito a partir de release dos realizadores do protesto. Por quê? Os “milhares” não passavam de 500, segundo a Polícia Militar, que costuma dar números realistas sobre manifestações.
A turma se manifestava contra o aumento da passagem de ônibus, que passou a R$ 3. O protesto é promovido por um certo MPL, Movimento Passe Livre. É aquele grupo que pretende pôr fim ao capitalismo começando pela expropriação dos meios de transporte. Juro! Este é o objetivo do movimento: acabar com a propriedade privada!
Sempre aparecem um moleque ou outro falando em nome da turma. Os oportunistas maiores de idade se escondem. Escolhem a hora em que a garotada sai das escolas, dos cursinhos, do trabalho etc. para promover a bagunça. Até o Diogo Mainardi já depredou banco quando tinha 16 anos. Foi engolfado por uma passeata. Não tinha nada com aquilo. Levou uma porrada da polícia e aderiu ao outro lado. É justo quando se tem 16 anos…
O tal MPL se define como não-político, mas deixa claro não ser contra a política, entenderam? É claro que a meninada já está sendo usada como boi piranha de espertalhões. 2012 já está na ruas. Agora só falta o Oded Grajew.
Ah, sim: certa imprensa confere aos manifestantes a entonação romântica dos libertários. Entendo. Afinal, por enquanto, eles querem andar de graça nos ônibus. Esse é o meio. O fim, como sempre, é o socialismo. Hobsbawm já disse por que ele gosta tanto da América Latina. Por aqui, ele se sente em pleno fim do século 19. Esses “garotos” vão aparecer muito até 2012.
Manifestação Popular MBoiMirim. Por um transporte público de qualidade!
In luta popularsábado, 5 de março de 2011
As pessoas desceram dos ônibus e começaram a ocupar as ruas, marchando até a subprefeitura do M'Boi Mirim. Lá o protesto concentrou cerca de 2 mil pessoas, que não sairiam do local enquanto não fosse aberta uma negociação com o Subprefeito da região. O pedido foi aceito e tirou-se uma comissão de 12 pessoas para conversar com o Subprefeito.
Do lado de fora a polícia tentava de todo o modo desmobilizar os manifestantes e abrir as vias da avenida. Mas o povo deu o seu recado: “Só saímos daqui depois que o Kassab aparecer!” ou começavam a gritar: “O povo na rua, Kassab a culpa é sua”.
Logo a Avenida Guido Caloi foi ocupada por barricadas e os dois sentidos da M'Boi Mirim estavam totalmente travados. Antes disso, pedaços de madeiras foram jogados ao longo do caminho para obstruir a passagem dos automóveis. Não houve depredação de ônibus ou de qualquer outro patrimônio público.
O fruto da negociação com a Comissão diante da Subprefeitura foi uma carta sem pé nem cabeça, sem prazos, sem protocolar, sem reconhecimento das pessoas que assinaram. A carta declarava que os problemas iam ser resolvidos e que o Subprefeito iria entrar em contato com o Secretário dos Transportes para negociar a melhoria do transporte, a mudança de algumas linhas que sumiram da região, a questão do metrô e a redução da tarifa.
Os manifestantes ignoraram esta carta, já tinham sido “enrolados” por outros tempos. A M'Boi Mirim já foi parada outras vezes, e a única resposta dada sempre foi a mesma: que a negociação vai ser agendada, mas sem data e sem lugar para acontecer.
O relógio marcava 11horas, havia agora no local cerca de 700 pessoas convictas de não saírem. O Choque se pôs em formação. Havia tumultos envolvendo a discussão sobre a carta, para que os manifestantes fossem embora e esperassem a tal negociação acontecer, se não acontecer, que tivesse outra manifestação. Mas a resposta foi: “negociação AGORA”.
Nessa hora, saí do protesto e fui comprar água, quando voltei motos da Rocan haviam dispersado as pessoas e conseguiram abrir a Avenida M'Boi Mirim sentido centro. Fomos para o lado da avenida sentido bairro e continuamos lá, mas a polícia começou a nos tirar sem mais nem menos. E assim o protesto terminou com 5 HORAS DE MOBILIZAÇÃO.
A situação CAÓTICA e VERGONHOSA que se encontra a região da zona sul continua.
Várias pessoas não se contentaram com a cartinha do Sr. Subprefeito Beto Mendes que acha que o povo é idiota com promessas sem data e sem lugar que não foi sequer registrada. A mobilização vai continuar, e vai ser também sem hora marcada e lugar para acontecer, a bomba tá esquentando, e a população não aguenta mais demorar 3 horas para chegar no trabalho. Não bastasse isso, são 3 horas no SUFOCO, amassado, passando mal de tanto calor, em pé e o pior DANDO LUCRO PARA EMPRESÁRIOS.
Essa manifestação é apenas o início, muitos deixaram bem claro: “SEM NEGOCIAÇÃO VOLTAREMOS A OCUPAR AS RUAS”.
Banksy, revolução em forma de grafite.
In Ativismo, In chargeUm exemplo dado em quadrinhos feito pelo grafiteiro britânico Banksy, de como os trabalhadores asiáticos sao superexplorados e como são expostos a condições vergonhosas. Banksy é grafiteiro desde 1980, e traz consigo temas de denuncia social, e propõe formas de se colocar contra o capitalismo, como diz em seu livro Wall and Piece: "Não podemos fazer nada para mudar o mundo até que o capitalismo desmorone. O consolo é fazer compras". Há também seu documentário feito recentemente: "Exit Through the Gift Shop". Não há muito do que se falar do artista, pois ele mantém sua identidade oculta, por motivos que nem mesmo a impressa sabe. Ele espalha suas obras por todo o mundo, ate mesmo no muro que separa a Palestina de Israel, pintando uma perspectiva de um mundo perfeito do outro lado do muro; mas suas ideias nao se resultam somente em pintura e sim atos, em 2006, Banksy entra na Disneylândia, burlando a segurança e colocando um boneco inflável vestido com o uniforme dos detentos da prisão de Guantánamo no parque.
Esses exemplos fazem parte de muitos outros que ele espalha por mundo afora e disseminando suas ideias. Há uma interessante reportagem do artista no site da revista superinteressante feito por Marcos Nogueira:
AQUELE ABRAÇO
O grafite da menina abraçando um míssil é um dos trabalhos mais conhecidos de Banksy, que é avesso a aparecer em público (para evitar ser preso, segundo ele mesmo). Até o nome do artista é um mistério: alguns dizem que é Robert Banks; outros, mais amigos de um bom trocadilho, preferem a forma Robin Banks (que em inglês soa como “roubando bancos”).
MURO DA IRONIA
Banksy diz que começou aos 14 anos, como um reles pichador. Em 2005, ele levou suas latas de tinta e sua ironia para o muro erguido por Israel para isolar a Cisjordânia. “Todo grafiteiro precisa fazer uma peregrinação ao maior muro do mundo em algum momento de sua vida”, afirmou à revista inglesa Zoo.
GUERRILHEIRO, MAS NEM TANTO
Banksy criou para si mesmo a imagem de um artista antiguerra e contrário ao sistema capitalista. Mas o caráter marginal de seu trabalho não exclui mostras em galerias finas e contratos de publicação de livros. Só as obras compradas por celebridades lhe renderam o equivalente a R$ 12 milhões.
PASSADO OBSCURO
Na adolescência, Banksy teria sido expulso da escola e passado uma temporada na cadeia. Isso é o que ele diz. Na única vez em que um jornalista o entrevistou pessoalmente, o repórter do The Guardian lhe perguntou: “Como posso saber se você é Banksy?” A resposta do entrevistado: “Você não tem garantia alguma”.
INSPIRAÇÃO POLICIAL
A polícia que persegue Banksy é um tema recorrente de seu trabalho. Ele diz que, aos 18 anos, quase foi pego enquanto grafitava um vagão de trem. A pichação ficou inacabada e Banksy, para agilizar o serviço, teve a idéia de trabalhar com estêncil – molde vazado com a figura a ser pintada.
RUPESTRE DE ARAQUE
Uma das pegadinhas freqüentes de Banksy é deixar, clandestinamente, obras suas em galerias e museus. Esta peça, chamada Homem Primitivo Vai ao Mercado, fez tanto sucesso que acabou sendo incorporada ao acervo do Museu Britânico, em Londres, que tem uma das maiores coleções de relíquias arqueológicas.
CACHORRA
Paris Hilton também foi vítima do artista: ele invadiu lojas para trocar cds autênticos por outros “banksyzados”.
ESGOTO
“Se você é sujo, insignificante e mal-amado, ratos são o modelo perfeito para você”, diz Banksy no livro Wall and Piece.
ONDE ESTÁ JACKO?
Banksy avacalha obras célebres e cenas de fábulas, como João e Maria na casa de doces da bruxa má.
É O BICHO
Seja para passar mensagens de protesto ou simplesmente criar uma cena bizarra, Banksy adora pintar animais.
Site de Banksy: http://www.banksy.co.uk
Waiting for Superman
In bestdocs, In educação, In EUAsexta-feira, 4 de março de 2011
Informações
Tamanho: 700 MB
Áudio: Inglês
Legenda: Português (Download aqui)
Kansas - Dust in the Wind
In Musica, In reflexãoLíbia é centro de disputa geopolítica
In politica, In Relações InternacionaisRazão pela qual saudamos o fato da Assembleia Geral das Nações Unidas ter suspendido por unanimidade a Líbia como país membro do Conselho de Direitos Humanos da entidade devido ao uso da violência pelo governo líbio na repressão aos protestos antigoverno. A resolução foi adotada pelos 192 países-membros da Assembleia, seguindo a recomendação feita pelo próprio conselho, sediado em Genebra.
Essas ações enviam uma poderosa mensagem de que não há impunidade e que aqueles que cometem crimes contra a humanidade serão punidos, e que os princípios fundamentais de justiça e responsabilidade devem prevalecer. Espera-se agora que atentados semelhantes praticados por nações hegemônicas no mundo, como os Estados Unidos e seus militares, e da região, como Israel e suas tropas, levados a cabo contra populações alheias, mereçam o mesmo castigo e sejam levados a responder perante o Tribunal Penal Internacional, ainda que tenham retirado suas assinaturas do Tratado de Roma.
As revoltas maciças que vêm ocorrendo nos países árabes do Norte da África e no Oriente Médio demonstraram que seus povos não mais suportam décadas de opressão e humilhação, saem às ruas erguendo as bandeiras de pão, emprego, justiça social, progresso, liberdade e democracia. E conscientes, no exercício de sua autodeterminação, sabem que os problemas acumulados devem ser resolvidos pela população dos seus respectivos países.
A geoestratégia desenvolvida pelos EUA, Inglaterra e França no Oriente Médio e Norte da África, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, entrou em crise. A política de dividir os países, jogá-los uns contra os outros, o fornecimento de bilhões de dólares anualmente em forma de armamentos militares como que a fundo perdido ou de assistência comercial a fim de obter vantagens econômicas e garantir a necessária estabilidade, não importando se favoreciam ditaduras opressoras ou monarquias absolutas, está deixando de funcionar.
Apesar dos vultosos recursos petrolíferos, que só beneficiam internamente os setores privilegiados, a pobreza alastrou-se. Não sobrou às massas da região, ante a abusiva elevação do preço dos alimentos, da falta de empregos e demais mazelas, outra saída que não a rebeldia em busca da dignidade e do respeito aos seus direitos. Parodiando Aladim e a Lâmpada Maravilhosa das 1001 Noites Árabes, o gênio escapou da garrafa e os EUA e seus parceiros da OTAN se vêem em palpos de aranha para dominá-lo, se é que vão conseguir.
A Líbia ocupa um território equivalente ao estado do Amazonas. Mais de 90% é deserto. Sua população gira em torno de seis milhões que vive na orla do mar Mediterrâneo. Produz cerca de dois milhões de barris/dia de petróleo de alta qualidade e detém abundantes reservas de gás natural. Esse petróleo se destina basicamente aos países europeus e dada à proximidade, o frete sai barato.
Estrutura das tribos
Seu principal dirigente, Muamar Kadafi, militar de origem beduína, na sua juventude se inspirou nas idéias do líder nacionalista egípcio Gamal Abdel Nasser. Os habitantes desse país, porém, têm milenárias tradições guerreiras. Diz-se que os antigos líbios fizeram parte do exército de Aníbal quando esteve a ponto de liquidar a Antiga Roma com as tropas que cruzaram os Alpes. A tribo – com seus clãs e subdivisões – é a única instituição que, ao longo de séculos, organiza a sociedade dos árabes que habitam as regiões colonizadas por italianos, no início do século 20, chamadas Tripolitânia, Cirenaica e Fezzan e que compões a atual Líbia.
Depois da independência da Líbia, em 1951, jamais se formaram partidos políticos. Durante a monarquia, toda a política girou em torno das tribos. Quando a revolução de Kadafi reformulou em 1969 o papel político das tribos, elas se tornaram apenas guardiãs avalistas dos valores culturais e religiosos. Entraram em cena os comitês populares e o congresso popular. Contudo, a tradição das tribos e sua força social acabaram prevalecendo.
As notícias provenientes da Líbia e transmitida pelos grandes meios de comunicação têm sido em alguma medida contraditórias. Com enviados especiais à região, reportagens in loco da CNN e daTeleSur, por exemplo, mostraram-se conflitantes. É necessário esperar algo mais para se saber com precisão o que ocorre na realidade em meio ao caos que se produziu.
Fica evidente, no entanto, que a cobertura que a grande mídia internacional dá agora à Líbia e deu anteriormente à Tunísia e ao Egito tem natureza absolutamente distinta. A hipocrisia predomina. Afinal de contas, as ditaduras desses últimos eram amigas, a de Kadafi, apesar da aproximação dos últimos anos com as potências hegemônicas, sempre foi considerada politicamente inimiga.
Intervenção militar
Salta à vista que a voracidade pelo petróleo e gás líbio e não uma solução pacífica e justa para a guerra civil que se está estabelecendo é que motiva as forças políticas, essencialmente conservadoras, a conclamar nos EUA e em algumas nações européias por uma intervenção militar imediata da OTAN.
Notícias recentes de Washington informam que 40 neoconservadores, à frente o ‘falcão’ Paul Wolfowitz, enviaram uma carta ao presidente Obama pedindo que intervenha militarmente na Líbia para derrubar Kadafi e “acabar com a violência”. Os signatários são analistas políticos e ex-altos funcionários do governo de George W. Bush.
A organização neoconservadora Foreign Policy Initiative (FPI), considerada a sucessora do Project for the New American Century (Pnac), coordenou a medida e divulgou o texto. Alertando que a Líbia está “no umbral de uma catástrofe moral e humanitária”, a carta, divulgada no dia 25 de fevereiro, exige a adoção imediata de medidas de força.
De outra parte, Obama depois de se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, declarou que "estamos trabalhando com a ONU, com a Cruz Vermelha e outras organizações para buscar uma solução humanitária para a crise líbia, mas ao mesmo tempo seguimos explorando outras ações.”
Durante sua intervenção no Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, a secretária de Estado, Hillary Clinton, ressaltou a necessidade de abordar os problemas da Líbia de dentro. “O presidente Obama e eu acreditamos que podemos fazer diferença trabalhando desde o interior da Líbia em vez de ficar de fora atuando simplesmente como críticos ou observadores.” E Phillip Cownley, porta-voz da Casa Branca, acrescentou: “Estamos tratando de nos pôr em contacto com indivíduos na Líbia que são ativos opositores ao governo.”
Por sua vez, o coronel Dave Lapan, porta-voz do Pentágono declarou à imprensa que as Forças Armadas dos EUA estão posicionando navios e aviões em torno da Líbia e que o exército norte-americano estuda vários planos de contingência. "Nós estamos reposicionando forças, em caso de necessidade para que ofereçam essa flexibilidade uma vez que as decisões forem tomadas".
O reposicionamento das tropas, navios e aviões ao redor da Líbia significa o início de uma escalada militar na crise. A intenção é que uma ofensiva sobre a Líbia seja executada pelas forças da OTAN, sob mandato da ONU e comandada pelos EUA. Discretamente Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Itália despacharam para a área navios de guerra sob o pretexto de retirada de cidadãos. Para os EUA, é estrategicamente fundamental a ocupação da Líbia a fim de exercer pressão sobre o vizinho oriental, o Egito, caso Cairo decida, em decorrência de nova correlação interna de forças, denunciar o Acordo de Camp David entre Israel e Egito, conhecido como Acordo Béguin-Sadat.
Os milhares de manifestantes que há 15 dias vêm se manifestando nas ruas de Benghazi, Trípoli e outras cidades, contra e a favor do governo Kadafi, continuam reafirmando sua rejeição a qualquer intervenção estrangeira porque asseguram que isto ameaça sua soberania. Uma ação militar externa provocaria mortes, migrações forçadas maciças e enormes danos à população civil, além de precipitar um novo e perigoso cenário – provavelmente bélico - em toda a região. Incumbe aos cidadãos líbios e só a eles a busca de uma decisão, seja de que caráter for, sem qualquer ingerência estrangeira. Os fatos não podem evoluir para a busca de uma justificativa de intervenção militar, lembrando-se o que ocorreu e ocorre no Iraque e no Afeganistão.
O governo brasileiro afirmou que não vai abrir mão de sua posição na defesa de que as soluções para crises sejam encontradas de forma multilateral e em fóruns internacionais. Mas isto não basta. É preciso acrescentar que vai lutar por uma solução pacífica que preserve os direitos humanos da população líbia, mas também sua autodeterminação sem que a soberania da nação líbia seja violentada.