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Hidrelétrica a preço de cultura

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ai vai um texto de opinião que escrevi para uma aula de redação a respeito da polêmica de Belo Monte.



Durante a ditadura, foi criado um projeto de construção de uma usina hidrelétrica no Norte do país, que causaria enormes impactos ambientais. 30 anos depois, esse projeto aparece novamente, com algumas reformas e com um novo nome: Belo Monte.
            O projeto visa construir uma hidrelétrica no rio Xingu, no Pará, prometendo uma produção de 11 mil MW em energia, reduzindo a área alagada em relação ao projeto original, porém, com um desvio do rio, que causará uma seca eterna, prejudicando as populações locais e ribeirinhas da região. O orçamento do projeto é de no mínimo 30 bilhões de reais.
            Esse projeto soa muito suspeito e levanta muitas questões. Primeiramente, acredita-se que durante de 6 a 8 meses, boa parte das turbinas instaladas estarão ociosas, reduzindo o potencial da hidrelétrica. O projeto não é só ambientalmente viável, como também economicamente. Aparentemente nosso governo não conhece o conceito do custo benefício. O que nosso governo quer com esse projeto? Quem são os verdadeiros ganhadores desse empreendimento?
            A política brasileira é protegida por um sistema capitalista corrupto. Esse projeto não passa de mais um esquema sujo para lucrar. Políticos são apenas marionetes das grandes empresas. Os financiadores do projeto são empresas públicas e os fundos de pensões são de empresas estatais. As empreiteiras são quem lucram nesse esquema.
            30 bilhões de reais é uma quantia muito grande. O pior: esse dinheiro está sendo investido em nome de algum progresso supérfluo, sendo que ainda vivemos num país com condições precárias de: saúde pública, educação, saneamento básico e outros direitos fundamentais que faltam à maioria da população! O governo brasileiro só é uma pecinha querendo aparecer no meio de um cenário econômico mundial.
            Não podemos esquecer de que comunidades indígenas serão removidas de seus lugares e movidas para outros locais. O que é um absurdo! A cultura indígena é o marco cultural brasileiro. O índio estava aqui antes de o país ser colonizado. Isso é um abuso contra a própria cultura brasileira! Isso é um ato antidemocrático em nome da própria democracia!
            Mas o que é cultura para o cenário econômico quando envolve lucro? Sabemos que o projeto será aprovado e teremos que ver esse absurdo se desenvolver. A maioria de uma população tem mais consciência política devido à exatamente sua capacidade física. A população tem o dever reservado de agir contra um governo tirano. Esse caso é só um exemplo dos ataques feito pelo nosso governo contra a nossa própria cultura, a nossa própria inocência! Não merecemos isso. A ação possibilita, precisamos de conscientização e participação popular nesse tipo de decisões, caso contrário, o abuso não terá fim.

1 comentários:

Parrudo disse...

Muito bom primo! Infelizmente as empreiteiras em seus oligopólios conseguem o que querem da política, ela é apenas um instrumento para o único fim almejado em nossa sociedade, o lucro fácil e rápido. O crescimento econômico, apesar de dar uma nova qualidade de vidas a alguns afortunados, é feito de forma superficial enquanto nenhuma reforma de base acontece.

25 de abril de 2011 às 22:02

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