Chega a ser deprimente ver o rumo que a corrida presidencial tomou. Enquanto muitos aguardam debates sinceros que discutam os verdadeiros problemas dos brasileiros, tem-se discussões mesquinhas e uma forte pressão de grupos religiosos obrigando candidatos a tomarem certo posicionamento.
Se os grupos religiosos querem realmente expressar sua fé, deviam pressionar os governantes a fazerem reformas estruturais no Brasil, como a garantia de investimento na educação, a qualificação da educação (porque só aumentar o número de professores e colégios técnicos não vai dar qualidade ao ensino), entre outros assuntos, como a reforma agrária e as diretrizes das relações com outros Estados - assuntos que refletem no bem comum, e não na preservação do que você acredita ser certo ou errado, não na política social de Status Quo.
Mas ao invés de tratar todos esses temas que seriam óbvios ao debate político, tratam de temas que nem são de prioridade do poder do presidente e sim do poder judiciário. Como diria Renato Russo: "É sempre mais do mesmo" e enquanto o debate se focar em temas conservadores não teremos candidatos que tragam inovação ao Brasil.
Paulo Souza, 23/10/2010
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