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MARCELO YUKA: “ENVOLVIMENTO DOS JOVENS COM SUSTENTABILIDADE AINDA É SUPERFICIAL”

domingo, 12 de junho de 2011

Marcelo Yuka foi baterista, letrista e um dos fundadores do grupo O Rappa. Além de músico e compositor, Yuka é ativista, palestrante, e foi um dos jurados que definiu os 20 projetos finalistas da Gincana SWU Impacto Zero.

Confira abaixo a entrevista que ele concedeu ao portal SWU:
Como você vê, hoje, o envolvimento do jovem com a sustentabilidade? Eles estão engajados, ou ainda falta muito?

Marcelo Yuka: Existe um envolvimento bom, mas ainda é superficial diante da gravidade dos fatos. Por que a sustentabilidade passa não só pela relação que a gente tem com o lixo, ou como tratamos os nossos rejeitos, mas também de como a gente vê as políticas públicas.

Por exemplo, hoje o Congresso está discutindo medidas contra violência no campo, a fim de preservar os recursos naturais e proteger quem luta pelo respeito ao equilíbrio ambiental.

Outro fato importante é a Usina de Belo Monte, que vai invadir o biossistema que deveríamos estar protegendo – assim como as terras indígenas. E tudo isso com a desculpa de ter que gerar mais energia e acelerar a economia, como se o Brasil não fosse rico de recurso naturais para gerar e utilizar outras formas de energia.

Me parece que poucos jovens ficaram sabendo da medidas que estão sendo discutidas da Câmara, e se estão sabendo não estão tendo quase nenhuma participação. O que falta é um pouco mais de iniciativa. O quanto o meio ambiente é importante nós já sabemos, agora precisamos agir mais a favor dele.

Dos projetos avaliados que você ajudou a selecionar, há algum em que você simpatizou um pouco mais?

Marcelo Yuka: Sim. Teve um da Universidade Federal do Ceará, para combater a questão da extrema pobreza, isso está totalmente interligado com a sustentabilidade. O homem quando não dispõe do mínimo para viver torna-se mais propenso a agredir o meio ambiente – até porque muitas vezes esta é a única opção de trabalho que ele possui.

Então, criar uma política eficaz de comércio justo e solidário é fundamental, ainda mais no caso do projeto em questão, na região de Cariri, que tem muitos problemas ambientais.

Outro que gostei foi o da Universidade Federal de Santa Catarina. Achei genial a idéia da construção de uma barco alimentado por energias limpas e renováveis, para pesquisa e educação ambiental.
Gostei muito também de outros projetos, como o da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que defende a educação profissional dos habitantes do local, direcionada para as questões de preservação ambiental.


Outros também chamaram muito a minha atenção, da Faculdade de direito de São Bernardo do Campo, do Centro Universitário de Formiga - UNIFOR-MG, da Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre outros.


Todos esses têm em comum o fato de serem projetos que não estão só ligados a questão de proteção, de divulgação e de conscientização dos problemas ambientais. Eles vão além de tudo isso, pois trazem a idéia de levar ações que mudem o comportamento da sociedade afim de tornar a proteção ao meio ambiente um ato comum a todos.


Na sua opinião, qual o maior benefício que um projeto como a Gincana SWU Impacto Zero pode trazer?


Marcelo Yuka: Eu acho que toda e qualquer discussão sobre este tema dentro do universo acadêmico é importante. É fundamental que qualquer área de ensino estimule em seus alunos o interesse por soluções mais limpas de geração de energia e de produção.


Uma Gincana como a SWU Impacto Zero incentiva a criatividade natural do jovem, direcionando-a para as questões sócios ambientais. Isso sim é saber utilizar o frescor e a energia dos estudantes universitários para questões realmente produtivas e de utilidade pública.


Fonte: SWU - Impacto Zero

 

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