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Sou criança, sim, senhor!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu gosto de andar pela cidade onde eu moro. Parece que tudo tem vida. Todas as coisas têm um rosto, com olhos, bocas e narizes. A cidade tem vida e acho que isso não se deve às pessoas que circulam nela; eu olho para os prédios e para as casas e os vejo como velhos sábios que há muito tempo descansam ali e que sabem tudo. Eu olho para eles com uma expressão amigável, eles sorriem e me cumprimentam com a cabeça.

Pareço criança: piso apenas nas faixas brancas, evito os cocos com divertimento, arranco folhas de arbustos e brinco com suas texturas, olho para os lados com curiosidade, até esqueço que tem outras pessoas na rua. Devo ser o Pequeno Príncipe andando pelos planetas. Me imagino deixando um pouco de mim em cada passo que dou, será que estou derretendo? Talvez nem andando eu esteja, talvez eu esteja apenas sendo conduzido pela calçada.

Tudo isso deve soar bem poético, mas não sou poeta nenhum, nem poesia eu leio. Gosto de romances, pode até ser que seja romântico (mas deixo essa idéia de lado, pois já quebrei muito a cabeça tentando resolve - lá). Esse sou apenas eu tentando alimentar meu espírito infantil. Todos envelheceram muito rápido (falo da velhice que não se trata da quantidade de rugas no rosto ou a idade que consta na identidade), todos cederam seu espírito jovem muito cedo, ou pior: o venderam. Quando cai uma gota na consciência e eles sentem o mínimo peso que for, eles tentam olhar para trás, mas já é tarde, já são velhos.

E se enganam aqueles que dizem que juventude tem a ver com velhice. Pois eu já conversei com um senhor de 80 anos que ainda era jovem. Ele usou de livros e filmes para salvar sua juventude.

Pois sou criança sim, senhor. Devo ser até bobo às vezes, mas posso jurar que sou bom e pretendo te dar a mão quando você cair, ao invés de rir. Não vou pensar com malicia e vou responder à suas perguntas, não importa o quão fútil elas sejam.

Agora, as pessoas grandes vieram me dizer o que eu tenho que fazer na vida e que, mais cedo ou mais tarde, terei de envelhecer. Pois eu gostaria de mandar essas pessoas às favas (gosto dessa expressão, li-a num livro do Dostoiévski), só não mando porque sou criança e crianças não podem dizer esse tipo de coisa. Me dóis as pessoas me dizerem esse tipo de coisa, pois não sei o que fazer da vida, sou apenas bom em ser jovem.

Essas pessoas grandes são muito importantes mesmo: elas trabalham, cuidam de famílias e mais importante: são extremamente preocupadas com os números que circulam suas vidas. Eis o que as tornam importantes: seus números. E, meu Deus, como estão preocupadas com esses números. Querem um zero a mais ali, um zero a menos aqui. Pior, só sabem falar sobre tais números e, claro, reclamar de como suas vidas são complicadas e difíceis. Ora, os únicos culpados de terem vidas complicadas e difíceis são eles mesmos! Mas eles riem quando converso sobre isso com eles. Eu quero ajudá-los, mas não consigo uma boa brecha para isso. Os adultos vivem rindo das coisas que as crianças dizem.

De alguma forma, eu acabei virando o ateu no mundo dos cristãos, o comunista dos capitalistas, o rebelde dos corruptos. Mas aqui não falo de política, me refiro àqueles que corrompem a própria vida!

Pois bem, chego em casa e digo qualquer besteira, simplesmente porque ultimamente eu tenho gostado de dizer qualquer besteira... sou muito criança pra entender o porquê.

A LIGA - Liberdades Individuais

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Foto: Divulgação Band

A Liga desta semana traz Rafinha Bastos, Sophia Reis, Thaíde e Debora Vilalba investigando temas ligados às liberdades individuais do homem: legalização do aborto, da maconha e da união homoafetiva.

Assuntos que ainda são tratados com receio por uma parte da população, e que ontem escandalizavam a sociedade, vão se tornando mais e mais parte dela. O que antes era dito em voz baixa, hoje é debatido em âmbito público, mostrando que as liberdades de escolha permitem tomadas de decisões para toda uma vida.

Será que uma mulher tem a liberdade para fazer um aborto ou a decisão deve ser do estado? O programa vai mostrar que o que hoje é um tabu, amanhã pode se tornar um direito.

O vídeo pode ser visto no youtube.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Parte 6

Parte 7


CHOQUE na marcha da maconha de São Paulo

segunda-feira, 23 de maio de 2011



Um dia antes deste sábado, dia 21 de maio, um Desembargador proibiu a Marcha da Maconha de São Paulo, assim como havia acontecido no ano passado. Chegando ao pátio do MASP na hora marcada para o evento, fiquei surpreso com a grande quantidade de pessoas que já estavam ali, mais de quinhentas. Como no ano anterior, havia sido feito um acordo com a polícia e a Marcha seria realizada pela liberdade de expressão, sem cartazes ou camisas com alusões à maconha. Num dos cantos do pátio, uns quinze neo-nazistas provocavam os manifestantes pedindo a prisão dos maconheiros, enquanto a multidão cantava “eu sou maconheiro com muito orgulho, com muito amor”. Uma briga se prenunciava, já que a ilegalidade imposta por uma decisão monocrática quase a propiciou. Se a Constituição fosse respeitada, como estabelece o inciso XVI do artigo 5º, essa situação seria impossível, já que o inciso prevê a proibição de marcar outra reunião no mesmo lugar de outra anteriormente convocada : “XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;”. Como os manifestantes eram da paz, não caíram na provocação e, na empolgação, começaram a ocupar a avenida Paulista.

Saímos felizes cantando “onha, onha, onha queremos debater”, cumprindo a determinação judicial e o acordo com a polícia de que a palavra maconha estava proibida. Quando já se adiantava a Marcha, tomando a Paulista com mais de mil manifestantes, o Choque da PM se enfileirou em posição de guerra, fortemente armado, batendo os cacetetes em seus escudos e caminhando batendo também suas botas.

Quando avançaram na multidão, os quinze neo-nazistas começaram a gritar: “choque, choque, choque”, incentivando o ataque da polícia, que foi por trás com bombas de efeito moral, de gás lacrimogênio, de gás de pimenta e muita bala de borracha. Aquela violência atingia os manifestantes e crianças que passavam com seus pais e poderiam ser atingidas pela agressividade, covardia e despreparo do choque policial. Estava assim formada a tríplice aliança: a Liminar de um Desembargador, o Choque da Polícia Militar e o grupo Neo-Nazista.

Os manifestantes caminhavam rápido e continuavam a Marcha, irritando ainda mais os policiais que não conseguiam alcançá-los e jogavam todo o seu arsenal para dispersar a multidão. Mas o efeito parecia contrário, porque a Marcha crescia para todos os cantos, chegando no final da avenida Paulista, dobrando pela Consolação e se reencontrando na Praça da República. Neste momento, parecia que já tínhamos em torno de dois mil manifestantes espalhados por vários locais do centro de São Paulo. Cansada, a polícia seguia e reprimia por todas as partes com muita violência e covardia, mas a multidão já tomava várias ruas conseguindo vencer e realizar a Marcha da Maconha de São Paulo.
Muitos foram para a porta de Delegacia, onde estavam detidos alguns manifestantes. Sentaram-se na rua, em frente à DP, em torno de quinhentas pessoas e, mesmo com todo o aparato policial e ameaças, não arredaram o pé enquanto não foram libertados os heróis daquele dia histórico.
Em frente à toda a Marcha da Maconha, alguns manifestanes caminhavam com a seguinte faixa: “STF, JULGUE A NOSSA CAUSA - ADPF 187”. Trata-se de um pedido para o Supremo Tribunal Federal julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 187 proposta pela Procuradoria-Geral da República, para legalizar a Marcha da Maconha em todo o Brasil. Pois o direito à liberdade de reunião, pensamento, opinião e expressão são preceitos fundamentais para a existência da Democracia e a Procuradoria da República, órgão mais importante do Ministério Público, entende que impedir a Marcha da Maconha é CENSURA.

Enviem mensagens ao Ministro-relator Celso de Melo para colocar nossa causa na pauta do Supremo Tribunal Federal para ser reconhecida e garantida da Marcha da Maconha em todo o Brasil.


Por ANDRÉ BARROS, advogado da Marcha da Maconha

Não somos conduzidos, conduzimos!

Bruno Torturra

Tá na Constituição. Mas o juiz e a PM não sabiam

Sabem de uma coisa? Hoje eu fui na marcha da maconha e usei tóxicos. Usei mesmo! Eu e uma cambada que descia a Consolação. Ficamos com os olhos vermelhinhos, tossindo pra caramba. Como a gente descolou a parada? Ora, com a Polícia Militar de São Paulo, com quem mais? O tóxico, no caso, chama-se Clorobenzilidenemalononitrila, o gás CS, mais conhecido como gás lacrimogênio. É considerado uma “arma branca” pelas forças de segurança, e toda tropa de choque que se preza porta um belo estoque quando vai às ruas.

Hoje tive a involuntária chance de tragar o gás em quatro oportunidades. A primeira foi na frente de um abandonado cinema Belas Artes. Uma bomba de efeito moral estourou bem ao meu lado, e meu ouvido zuniu pelo resto do dia. Corri, e tive a sabedoria de não olhar para trás quando escutei os tiros de escopetas com balas de borracha. Elas não matam, mas cegam facilmente quem as toma nos olhos. Estava seguindo em frente pelo canteiro do meio da Consolação, entre os desavisados cidadãos que esperavam um ônibus no ponto do corredor. Foi ali que o gás chegou primeiro em meus olhos e narinas. Bem como nas mucosas de crianças, jovens, adultos e idosos de ambos os sexos que esperavam uma condução apenas.

A última inalada, e mais intensa, foi entre as esquinas da Consolação com Sergipe e Maria Antônia. Eu já não estava mais no miolo da manifestação, mas seguia pelo outro lado da rua, tirando fotos da tropa de choque e me juntando ao coro de manifestantes que, já meio dispersos, apontavam suas palavras contra a polícia. Foi quando duas bombas foram atiradas na pista oposta, sentido Paulista, onde não havia marcha, nem manifestantes em grande número. Apenas automóveis engarrafados, pedestres atravessando a rua e o comércio aberto. Segui em frente, protegendo minhas vias com um lenço verde (distribuído aos montes no começo da marcha como mordaça pela censura, tornou-se máscara).

Vi dezenas de pessoas levando a mão ao rosto, vi senhoras correndo com dificuldade para fugir da fumaça, um pasteleiro sufocado, encurralado pelo gás dentro de seu trailler. Queima, quimicamente falando. A pior coisa que já respirei. Ainda pior do que o gás de pimenta que sorvi ano passado, na marcha da maconha de 2010, no Parque do Ibirapuera. Com o gás lacrimogênio, a pele e os olhos sentem uma agressão corrosiva, intolerável. Prendi a respiração e corri em frente. Tentando alcançar o resto do pessoal. Eu precisava estar lá para ver o desfecho.

A foto é mais ou menos, mas mostra o momento em que o gás lacrimogênio foi atirado entre cidadãos desavisados

A Consolação foi intoxicada porque a “lei” não tolera outra fumaça. Aliás, a “lei” não tolera quemfale sobre a tal fumaça sem condená-la. Pelo entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, em uma decisão tomada menos de 24hs antes da realização da Marcha, é ilegal dizer que maconha não deveria ser ilegal. Proibido, o evento se concentrou no MASP, levantou cartazes e cantos, e acordou com o Capitão Benedito Del Vecchio, comandante da 1a companhia do 7o batalhão da PM, a realização da marcha pela liberdade de expressão, condenando a censura sofrida.

A interpretação do Tenente ao texto do TJ, foi a seguinte: qualquer um que leve cartaz, camiseta, material ou slogans que incluam a palavras maconha, ou legalização, ou qualquer referência que induza à maconha, serão punidos. Cobriu-se a maioria dos cartazes com faixas ou tinta preta, e a polícia disse que apenas iria escoltar a marcha – e seria esse o saldo do dia.

E quando o assunto é proibido?

Eu arrisco dizer que havia duas mil pessoas marchando pela Paulista. A causa não era mais a legalização da maconha, exatamente. Era um protesto pelo direito de pedir a legalização da maconha. Uma planta de inequívocas propriedades medicinais, industriais e e dona de uma amistosa psicoatividade. Eis todo o problema. Psicoatividade. Que, para mim, mostra o que está por trás dessa tarde de sábado: consciência. E o que fazer para alterá-la. Aos fatos:

Análises médicas do gás lacrimogênio indicam que ele causa danos ao fígado e ao coração. Também é indutor de anomalias genéticas em células mamárias (aka câncer de mama). Quando metabolizado, o gás CS deixa traços de cianureto no corpo humano… coisas assim. Fatos que duvido que conste nas cartilhas de formação de um PM como o Cap. Del Vacchio (no mesmo sábado, 93 novos soldados ganharam seus espadins, gaba-se o único tweet do dia do @pmesp). Ou nos calhamaços dos exmos. juízes do TJ. Duvido que a toxidade do gás lacrimogênio conste no repertório do médico Geraldo Alckmin, hoje governador de São Paulo. Mas foi essa a substância que a Força sobre seu comando atirou, em pleno sábado de sol, em gente indefesa, pelas costas, por discordar de uma lei – o que apenas circulavam por São Paulo na hora errada.

Tá aqui sua democracia. ass: Cap. Del Vecchio. (fonte AE)

A troco de que? O parecer do desembargador Teodomiro Mendes é claro: “o evento que se quer coibir não trata de um debate de ideias, apenas, mas de uma manifestação de uso público coletivo de maconha, presentes indícios de práticas delitivas no ato questionado, especialmente porque, por fim, favorecem a fomentação do tráfico ilícito de drogas (crime equiparado aos hediondos)”.

Sim, eu vi gente acendendo baseados na marcha. Imediatamente reprimidos pelos próprios participantes que, em grupo, falavam que “não era a hora”. Toda a argumentação que vi na Marcha é em torno de um debate de ideias que, invariavelmente, aponta para a extinção do tráfico (“equiparado aos crimes hediondos”) através do cultivo legal de canabis (equiparado à jardinagem).

Sim, eu vi gente sendo presa na marcha. Ninguém por porte de drogas. Apenas por distribuir um jornal, e debater ideias, chamado “O Anti-proibicionista”, feito pelo coletivo DAR. A polícia não deu satisfações aos jornalistas que questionavam o motivo da prisão. Tive uma escopeta (com balas de borracha, suponho) apontada para mim quando tentei me aproximar para fotografar um dos membros do coletivo indo em cana.

Marchei até o fim, e peguei um táxi para o 78 DP na Rua Estados Unidos, para tentar entrevistar o delegado e os presos na marcha. Saber qual era, enfim, o B.O. Cheguei no primeiro grupo de pessoas, e não pude, nem como repórter, falar com o delegado ou os presos. Foi de lá que mandei meu primeiro de muitos tweets do dia, e vi chegar mais tropa de choque, um helicóptero, e vi a rua Estados Unidos ser fechada para impedir a chegada dos manifestantes mais resolutos que subiram e desceram de novo a Augusta para pedir a soltura dos dois que ainda restavam presos no 78. E foi quando entendi que aquela não era mais uma marcha da maconha. Não era sequer uma marcha pela liberdade de expressão. Era um explícito enfrentamento da consciência coletiva consigo mesma.

PMs da ROCAM sem idenficação para esculachar sem maiores problemas

Consciência era o tema de hoje, eu preveni. E o que fazer para alterá-la.

Nossa extrema e recente capacidade de obter informação e conexões redimiu os libertários. Temos a rede, os argumentos, a vontade de união. Mas como em um pesadelo Junguiano, esse despertar gera seu exato oposto… a sedimentação de preconceitos e discriminações que infla os intolerantes, os donos da verdade, os demagogos. As balas não eram contra nós, era contra nossos argumentos, contra nossa capacidade de demonstrar que o mundo que a ignorância oferece é pior do que o da tolerância. Com o twitter na mão, vi meus breves relatos sendo retransmitidos e espalhados para muitos milhares de pessoas em segundos. Assim como tantos por ali, meu telefone era só um uma sinapse de um cérebro maior, coletivo.

Não, essa briga não é pela maconha. Assim como a luta por direitos LGBT, das mulheres, dos negros… nada disso é apologia de raça, sexo ou formas de amor. São gritos por tolerância, respeito, igualdade de direitos. E uma luta da consciência por mais consciência. E pela transformação dela em grupo, em rede, em sociedade.

Repórter da Globo cobre a marcha atrás do Choque. Deu na lamentável matéria do JN

Consciência! Eu insisto. E especulo aqui, com pouco medo de errar: PMs, juízes, governadores, legisladores… devem saber tanto sobre o males do gás lacrimogênio quanto sobre os da maconha. Nada. E não serei eu o infinitésimo mártir a enumerar fatos científicos e culturais sobre a planta que provam, sem controvérsia, que ela pode conviver entre nós como uma verdadeira aliada, em vez de uma falsa ameaça. Ameaça que se tornou violentamente real com a proibição. É um mercado bilionário que flui diretamente para os cofres do crime organizado e da inevitável corrupção policial. É a base da renda da enorme malha criminosa. Tudo por causa de uma planta quase sempre benigna.

Consciência… e me lembro das pessoas não envolvidas com a marcha que viram a brutalidade da polícia, respiraram um gás trocentas vezes mais tóxico do que a mais vil das maconhas de bocada, e não se indignaram com a PM. Mas conosco, os maconheiros, os vagabundos que financiam o tráfico de drogas. “Porque vocês não vão trabalhar?”, me sugeriram no twitter enquanto eu reportava abusos da polícia. Não tiveram a chance, a boa-vontade (ou a inteligência?) de pensar um pouco além do que lhes oferece o mais ignóbil jornalismo televisivo. Ainda assim, fazem parte do mesmo cérebro em que pia meu twitter.

Hoje, sentimos na pele o que é viver no meio de um nó cego de ignorância, ideias preconcebidas e uma sórdida conveniência comercial e política. Eis a receita invariável da qual a direira (a extrema direita, eu quero dizer) se alimenta. E provo o que digo com uma uma cena, a mais importante de todo o evento para mim.

Durante a concentração no MASP, a maioria ainda nem havia chegado, uma turma de uns 20 neonazistas, facistas, ultra-nacionalitas, se colocou em fila para protestar contra a marcha. Diziam defender a família, o Brasil, o nacional-socialismo. A polícia não os molestou. Ao contrário, fez um cordão para os manter isolados das centenas de manifestantes que foram chegando. Quando as primeiras bombas voaram, o pequeno grupo nazi aplaudiu. Eu vi. Eu e muita gente viu. E você também pode ver se procurar na rede. Facistas batendo palmas para a polícia que reprimia com extrema violência um protesto pedindo liberdade de expressão.

Neo-nazistas, ultra nacionalistas, contra a marcha. Protegidos pela polícia, aplaudiram a violência

Essa é uma cena triste? Não ainda. Ela é um sintoma, apenas, dessa bipolaridade social que estamos vivendo. E a cena diz mais sobre quem não estava lá do que sobre a PM, os nazis, ou os maconheiros. Sobre as centenas de milhares de pessoas que sabiam da marcha, e preferiram não ir, por preguiça, por medo de ridículo, por medo da polícia ou por puro descaso. Sobre os incontáveis artistas e figuras públicas que adoram um baseado, mas se escondem na hora do debate. Um silêncio que dá força às balas de borracha, às liminares de última hora, a uma política cínica sobre drogas no país. Um silêncio que abafa o eco da bombas de gás e dá mais voz aos desinformadores de plantão.

Eu saí indignado da marcha. Mas não saí triste. O protesto durou mais de seis horas. Andamos metade da Paulista, descemos toda a Consolação, voltamos até os jardins, sob porrada e abusos, para soltar nossos companheiros. Temos que nos orgulhar. A marcha de São Paulo nunca mais será a mesma. Mas viramos mais do que uma página na luta pela legalização e regulação do mercado de maconha no Brasil. Ficou evidente, em fotos, vídeos, relatos, cicatrizes e saudações integralistas que nossa democracia é tudo, menos madura.

E se isso não é motivo para lotar a Paulista no sábado que vem, então, lamento informar, mas os facistas terão muitos motivos para aplaudir a PM de São Paulo. Na esquina da Augusta com a Estados Unidos foi decidido que um novo protesto, contra a violência policial, será feito no MASP, às 14hs do dia 28. É hora de mostrar para o governo Alckmin o significado do lema da bandeira do nosso estado: Non ducor, duco. Em latim: não sou conduzido, conduzo.

Os mais resistentes esperaram sentados a libertação dos dois presos no 78 DP. Ali, combinamos nova manifestação para sábado que vem

Por isso, eu dedico esse texto a todos que fumam maconha e que não foram hoje à Marcha da Maconha. Peço, humildemente, que antes de enrolar o próximo baseado dêem uma olhada na sua erva. Tente imaginar por quais mãos ela passou. Para quem esse dinheiro foi. Pense em quantas pessoas morrem todo dia por conta desse mercado criminoso que a lei criou. E pense também nas duas mil (?) pessoas que foram às ruas por você. Para que sua maconha seja limpa, em carma e substância. E não se culpe pela ausência de hoje, digo isso com sinceridade. Apenas acenda o baseado, fume, e prometa a si mesmo que na próxima marcha você vai. E que vai levar gente consigo. E que vai fazer o impossível para aparecer sábado que vem, no MASP, às 14hs, para protestar na rua contra a violência do Estado de São Paulo. Eu vou.


Fonte: Coletivo DAR

Contra preço da gasolina, motoristas protestam abastecendo a R$ 0,01

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Com buzinaço, tudo pacífico e bem humorado, os motoristas queriam dizer que o preço real dos combustíveis não tem graça nenhuma.


Em Brasília, a noite foi de buzinaço contra o preço dos combustíveis. O motorista inovou e protestou de uma forma curiosa. O protesto não tem nada de ilegal, mas tem dono de posto à beira de um ataque de nervos. Apesar da confusão, das filas e da demora para abastecer o carro, quase ninguém reclamou.

“Eu quero R$ 0,50 de gasolina”, pediu o vigilante Domiciano de Jesus. Isso mesmo: R$ 0,50 de gasolina com nota fiscal. Foi assim que motoristas de Brasília criaram tumulto de posto em posto. Era o que eles queriam: parar o trânsito em protesto contra o preço alto da gasolina e do álcool.

“A cada dia que passa só aumenta, só aumenta, e nosso padrão de compra continua o mesmo”, aponta o professor Guilherme Soares.

Em Brasília, este é o terceiro protesto contra o preço dos combustíveis em uma semana. Na capital federal, os motoristas reclamam também da falta de concorrência entre os postos. “Se você olhar nas bombas, em todas elas o preço é o mesmo”, disse um motorista.

Não é só uma impressão do consumidor. Um levantamento feito em 111 postos mostrou que a diferença entre o preço mais barato e o mais caro era de R$ 0,01.

Teve buzinaço também em Goiânia. Com a gasolina a R$ 3,17 em média, Goiás é o estado onde o combustível está mais caro, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Realmente está um abuso”, protestou um motorista.

Desde 2009, a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça investiga se existe cartel entre os postos de combustível do Distrito Federal. Quando empresas combinam os preços e os reajustes. O levantamento da ANP, que mostrou uma diferença de R$ 0,01 no preço da gasolina, vai ser levado em conta.

http://g1.globo.com/

União Homoafetiva - Bolsonaro fala sobre decisão do STF


Mais um show de stand up comedy do grande humorista Jair Bolsonaro (PP-RJ) em que ele comenta sobre a nova decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à união estável homoafetiva.
Da mesma maneira homofóbica de sempre, o deputado expõe suas opiniões preconceituosas e cheias de ódio, além de sua clara apologia à Ditadura Militar e à censura.

Confiram abaixo a entrevista do deputado concedida à República TV:


Jornada de mobilização contra as alterações no Código Florestal se espalha por todo Brasil

terça-feira, 3 de maio de 2011


A mobilização nacional contra o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) - que modifica e fragiliza o Código Florestal-, realizada na quinta-feira, dia 28, nas cidades de Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Piracicaba (SP), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro e Volta Redonda (RJ), vai prosseguir com novos eventos e locais entre os dias 12 e 22 de maio. O objetivo é exercer pressão direta sobre parlamentares em seus domicílios eleitorais, com o apoio de organizações locais, para que não aprovem o substitutivo de Aldo Rebelo da forma como foi votado pela comissão especial no ano passado.

O movimento, liderado pela coalizão SOS Florestas, é formado por ONGs, entidades da sociedade civil e indivíduos contrários ao substitutivo de Rebelo, que enfraquece as leis que protegem as florestas e outras áreas naturais no país, como o Cerrado e a Caatinga. A proposta também incentiva a ocupação de áreas de risco, como encostas de morros e margens de rios, abrindo espaço para mais tragédias em centros urbanos, como enchentes e deslizamentos de terra. Na prática, essa mudança da legislação vai aumentar o desmatamento, provocando maior emissão de gases do efeito estufa e acarretando problemas no abastecimento de água nas áreas urbanas.

”Esta jornada mostra que as discussões em torno da proposta de alteração do Código Florestal não se trata de uma briga entre ruralistas e ambientalistas. A sociedade brasileira está preocupada com as consequências dessa mudança nas nossas florestas e nas nossas vidas”, afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.

Como funciona

Será lançada, no site do SOS Florestas (acesse aqui) uma plataforma online para o público aderir à iniciativa. A ferramenta disponibilizará materiais da campanha, como vídeos, cartilhas, petições e sugestões de atividades. O público-alvo são escolas, faculdades, centros comunitários e movimentos sociais.

O trabalho será feito de forma articulada com a Frente Parlamentar Ambientalista e estimulará a participação de indivíduos, descentralizando a campanha e aumentando o espaço de debate sobre o futuro das florestas e das cidades brasileiras.

Calendário de atividades

DATA – ATIVIDADE - LOCAL

5/05 – Aquecimento para Jornada nacional de mobilização –Eventos em todas as regiões do país.
11/05 – Missa ecumênica pelas florestas – São Paulo, na Catedral da Sé

12 a 21/05 – Jornada nacional de mobilização, com eventos em 24 cidades

22/05 – Grande ato no Viva a Mata – São Paulo, no Parque do Ibirapuera 25/05 Solenidade Frente Parlamentar Ambientalista – Dia da Mata Atlântica e Código Florestal, em Brasília

27/05 – Dia da Mata Atlântica – Cidades e entidades da Rede Mata Atlântica

5/06 – Dia Mundial do Meio Ambiente

Para mais informações sobre como participar da mobilização e acompanhar a agenda de mobilizações acesse o site www.sosflorestas.com.br


Fonte: EPC - Empresas pelo Clima

Tarifa zero, isso ainda vai ser grande no Brasil

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rugby é um esporte sobre o qual não conheço nada além de ser o primo pobre do futebol. Um esporte cuja caricatura é um inglês rude, banguela, de camisa listrada cheia de barro. Quem se lembra da propaganda de uma empresa de material esportivo que dizia “Rugby, isso ainda vai ser grande no Brasil”? Perfeita! Mas vem do rugby uma das boas novas do dia (certamente sairão outras da reunião da Frente de Luta pelo Transporte Público de Floripa). No início de novembro se iniciará a Copa do Mundo de Rugby, em Auckland, na Nova Zelândia e, pra nossa grata surpresa, o evento contará com um considerável incentivo ao uso do transporte coletivo em detrimento do individual: quem tiver um ingresso para assistir às partidas em Auckland terá também acesso ao transporte coletivo sem a necessidade de pagar a tarifa.

A justificativa dos organizadores é fazer com que os deslocamentos para os jogos sejam rápidos, evitando engarrafamentos e filas nas estações de trem e metrô. De quebra, mesmo sem perceber, darão uma ajudinha para fazer do transporte sem tarifa algo que vire questão de lógica, algo que alguém não ouse questionar, como é lógico ter um sistema de saúde e educação públicos. A perspectiva, segundo site oficial do evento, é reduzir o uso de 60% dos carros particulares na fase de classificação e 75% nas finais. Não é a primeira vez que esta idéia é aplicada em Auckland. Em 2008, durante outro evento deste esporte verdadeiramente e quase que exclusivamente bretão, os organizadores estimam que 12 mil fãs que possuíam ingressos largaram seus carros para usar o transporte coletivo.

“Fazer do transporte público a forma mais fácil e conveniente para ir à Copa do Mundo de Rugby de 2011 é o segredo para atrair um público tão grande”. A frase do secretário de Transporte da região, Rabin Rabindran, certamente não soa como os panfletos do Movimento Passe Livre e demais apoiadores da tarifa zero, mas contribui para o desenvolvimento de uma idéia base de que transporte coletivo tem de ser a solução para os deslocamentos nas cidades mundo afora. Como nos ensinou Lúcio Gregori, para tirar parte massiva dos carros das ruas, o transporte coletivo precisa “competir” com o que os carros prometem ter de melhor: a liberdade de ir e vir independente da hora e trajeto. Juntemos isso à política do MPL de exigir transporte como aplicação do direito à mobilidade e o resultado não poderá ser outro que não o sucesso da luta.

Importante destacar: o custeio deste projeto será dividido entre a organização do evento e o poder público. Os usuários-fãs-de-rugby terão três horas antes e depois para utilizar seu ingresso-tarifa-zero. Há precedentes desta política também na Alemanha, para partidas de futebol no campeonato nacional. Agora é iniciar a contagem regressiva para que esta pauta entre na ordem do dia no Brasil. Taí um bom gancho para as torcidas brasileiras, organizadas ou não.


Fonte: TarifaZero.org

Body of War: Songs That Inspired an Iraq War Veteran


O documentário Body of War conta a história de um veterano da guerra do Iraque, o ex-soldado Tomas Young, que após ser atingido por uma bala ficou paralítico. Após o ocorrido, Tomas se tornou um ativista contra a ocupação do Iraque. A trilha sonora do filme conta com 30 canções de diferentes grupos, ela foi montada pelo próprio soldado. "De acordo com entrevista de Young à Billboard, as músicas escolhidas lhe serviram de inspiração "para continuar lutando em busca da força necessária para lidar com minhas limitações enquanto muitas partes do meu corpo e meu cérebro estão me dizendo para parar"". ¹

As músicas percorrem diferentes estilos, folk, rock, rap. Sempre com um grande significado e mensagem por trás das letras.

Informações
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Disco 1

"Hero's Song" - Brendan James
"American Terrorist" - Lupe Fiasco
"Light Up Ya Lighter" - Michael Franti e Spearhead
"Guerilla Radio" - Rage Against The Machine
"Son of a Bush" - Public Enemy
"Empty Walls" - Serj Tankian
"Let Them Eat War" - Bad Religion
"White People for Peace" - Against Me!
"Letter from Iraq" - Bouncing Souls
"War" - Dilated Peoples
"Overcome (The Recapitulation)" - RX Bandits
"Fields of Agony" - No Use For A Name
"Bushonomics" - Talib Kweli & Cornel West
"The 4th Branch - Immortal Technique
"B.Y.O.B." - System Of A Down
"No More" (ao vivo) - Eddie Vedder e Ben Harper

Disco 2

"Devils & Dust" - Bruce Springsteen
"Masters of War" (ao vivo) - Pearl Jam
"When the President Talks to God" - Bright Eyes
"Gimme Some Truth" - John Lennon
"The Restless Consumer" - Neil Young
"Battle Hymns" - The Nightwatchman
"Anthrax" - Kimya Dawson
"WMD" - Blow Up Hollywood
"State of the Union" - David Ford
"Yo George" - Tori Amos
"Love Vigilantes" - Laura Cantrell
"Black Rain" - Ben Harper
"To Kill the Child" - Roger Waters
"Day After Tomorrow" - Tom Waits



1. Trecho retirado do Site Omelete

Religulous

domingo, 1 de maio de 2011


Ator cômico e apresentador de TV, Bill Maher decidiu viajar pelo mundo entrevistando diferentes pessoas, de distintas religiões, para falar sobre Deus e religião. Conhecido por sua habilidade e astúcia analítica, além de sua graça irreverente e comprometimento em nunca perder uma piada, Maher consegue arrancar de seus entrevistados as respostas mais incomuns.

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CIA financiou redes de narcotráfico

O Governo dos EUA desclassificou 8.000 documentos, em resposta à Ata de Informação Pública, onde se mostra em detalhe como a CIA financiou o tráfico de drogas no Afeganistão e na América Latina.


Embora para muitos a notícia de que a CIA está envolvida em redes de narcotráfico não é novidade, o certo é que não deixa de ser relevante a confirmação desta “teoria” através de documentos oficiais. Forçado pela Ata de Informação Pública, o governo federal dos EUA desclassificou um arquivo com mais de oito mil documentos onde se detalha, entre outras coisas, a participação da CIA em organizações de narcotráfico. A relação entre a Agencia Central de Inteligência e o narcotráfico começou na década de setenta (ou talvez antes, mas naquela época já estava consolidada) e foi se intensificando até a década de noventa, em que, supostamente, cessou essas atividades (teremos que esperar até 2030 para saber que em 2010 ela continuava com suas sóbrias práticas).

Uma das operações específicas em que a CIA apoiou o narcotráfico foi nos anos oitenta no Afeganistão. Durante a Guerra Fria, mantida entre os EUA e União Soviética, ocorreu a invasão do Afeganistão pelos soviéticos. Naquele tempo, constata-se que a CIA utilizou pelo menos dois bilhões de dólares para financiar a resistência afegã através dos cartéis de drogas locais, que dedicavam-se principalmente ao cultivo de papoula e maconha e controlavam, como até hoje, o mercado de heroína ao redor do mundo. Curiosamente, estes mesmos rebeldes são conhecidos hoje como membros do Talibã e a quem os EUA simula combater fervorosamente, argumento principal para justificar a invasão dos EUA ao Afeganistão.

Mas não só no Afeganistão se estreitaram laços entre a CIA e narcotraficantes. O mesmo aconteceu na América Latina, onde a agência de inteligência norteamericana apelou para organizações dedicadas ao narcotráfico para financiar movimentos de desestabilização contra governos latinoamericanos que se recusaram a alinhar-se com a agenda dos EUA. “No cenário norteamericano, o dinheiro da droga vinha desde o Cone Sul e se transformava em dinheiro legítimo em Wall Street. No cenário latinoamericano, esse mesmo dinheiro, uma vez lavado, voltava para a região na forma de fundos para o paramilitarismo”, afirma o ex-agente federal Michael Ruppert. Por outro lado, a CIA também se vinculou ao narcotráfico para deslegitimar movimentos sociais dentro dos próprios Estados Unidos e de organizações voltadas para a luta pelos direitos civis da população ou grupos com ideologias que ameaçavam a hegemonia psicocultural promovida pelo governo com a ajuda do mainstream média.

E tendo em conta esse contexto, chama a atenção como a épica cruzada rotulada de “luta contra as drogas”, política iniciada por Ronald Reagan e alimentada pelos subsequentes presidentes estadunidenses que na realidade poderia ser uma farsa espetacular com uma clara agenda escondida por trás: a capitalização financeira e geopolítica aproveitando o fenômeno do narcotráfico. Não deixa de ser curioso também que, após três décadas de iniciada a luta contra o narcotráfico, os resultados estatísticos tem sido deploráveis: nunca na história se consumiu tanta droga como na atualidade e a rentabilidade deste negocio nos nossos dias é de longe o maior da história. O nível de consumo de cocaína aumentou nos EUA de 80 toneladas em 1979 para 600 toneladas em 1987 e que, de acordo com Ruppert, a CIA sabia que ia ocorrer. A razão pela qual a CIA vende drogas, de acordo com o mesmo ex-agente, é para apoiar a economia dos EUA, o que pode ser relacionado com as evidências existentes de bancos como o Wells Fargo que lavavam dinheiro do tráfico. Curiosamente, os fundadores e diretores subsequentes da CIA têm fortes laços com Wall Street.

A Comissão de Juristas para a publicação de relatórios sobre o narcotráfico calcula que nos EUA lavam-se quantidades de dinheiro, provenientes de atividades ligadas ao narcotráfico, que superam os 100 bilhões de dólares (uma estimativa bastante conservadora, pois há versões que asseguram que esse montante é de pelo menos 600 bilhões de dólares). Enquanto que relatórios desta mesma entidade asseguram que a elite financeira norte-americana, assim como em geral as da América Latina, beneficiam-se indireta, mas palpavelmente, do monumental negocio que é gerado a partir do tráfico de entorpecentes. E, considerando que Wall Street, Hollywood, os grandes bancos, a maioria dos governos e até mesmo as classes altas, no fim das contas, obtém lucros com esse fenômeno, podemos acreditar que há alguém, dentro da esfera de poder, que genuinamente quer o fim desta prática? E mesmo além: a CIA é o maior cartel de drogas do mundo?

Fonte: http://pijamasurf.com/2011/04/documentos-desclasificados-revelan-financiamiento-del-narcotrafico-por-parte-de-la-cia/

Retirado do Coletivo DAR

 

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